No Museu das Ilusões, ver e crer não tem nada a ver. Logo à entrada deste projecto de entretenimento mas também educativo, para todas as idades, um colorido Fernando Pessoa dá as boas-vindas, sem nunca tirar os olhos dos visitantes, estejam eles em que ponto da sala estiverem. Num espaço com mais de 20 propostas, que pedem cerca de 45 minutos para explorar, sucedem-se miragens, quadros sem vida que se mexem, salas que desafiam a gravidade, cubos que se transformam em pirâmides ao virar da esquina, discos hipnotizantes e muitas outras ilusões ópticas, geométricas ou de perspectiva. Pensado para despertar a curiosidade e explicar fenómenos científicos, o espaço é também altamente instagramável, com instalações a pedir fotografias como o Infinity Portal, que desafia a posar como o Super-Homem e depois rodar a imagem a 180 graus; ou o Eléctrico Invertido, para fingir que está no tecto do 28. No final da visita, as famílias encontram um ginásio para o cérebro, com vários jogos que pais e filhos podem usar à-vontade.
Nem todos são grandes fãs de visitar um museu que apresente a sua colecção apenas com a ajuda de pequenas legendas ou escritos nas paredes. Ir a um museu não tem de ser assim tão monótono e há cada vez mais espaço para a interactividade no roteiro museológico nacional. Não substituem a riqueza analógica de um Museu Nacional de Arte Antiga ou de uma Fundação Calouste Gulbenkian, mas piscam o olho à modernidade e ao crescente hábito de metermos a mão em tudo o que é ecrã. Está na hora de conhecer estes museus interactivos em Lisboa e arredores.
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