Franz (Ferenc, em húngaro) Liszt nasceu a 22 de Outubro de 1811, em Raiding (Doborján, em húngaro), no reino da Hungria, que fazia parte do Império Austro-Húngaro. Começou a aprender piano aos sete anos e aos nove já se apresentava em concertos públicos. Em Viena, recebeu aulas de piano Carl Czerny e aulas de composição de Antonio Salieri (sim, o suposto rival de Mozart) e aos 12 publicou a sua primeira obra, numa colecção em que surgia ao lado de Beethoven e Schubert. Tornou-se num dos maiores virtuosos do piano de todos os tempos e percorreu a Europa em frenéticas tournées – passou por Lisboa em 1845 – suscitando uma idolatria similar à das estrelas rock de hoje e fazendo palpitar muitos corações femininos com as longas melenas e a pose estudada para causar sensação. Em 1847, instigado pela sua nova paixão, a princesa polaca Carolyne zu Sayn-Wittgenstein, abandonou a carreira de concertista para se concentrar na composição. Foi um pedagogo incansável e alguns dos maiores pianistas dos séculos XIX e XX passaram pelas suas mãos. Foi também de grande generosidade para com muitos colegas, usando a sua celebridade para promover a música daqueles, nomeadamente transcrevendo-a para piano e incluindo-a no seu repertório. Faleceu em Bayreuth a 31 de Julho de 1886, com 74 anos.
A Orquestra Metropolitana de Lisboa celebra 25 anos de existência com um programa que combina os dois concertos para piano de Liszt com a abertura da ópera Béatrice et Bénédict (1862), de Berlioz, e o poema sinfónico Idílio de Siegfried (1869), de Wagner. O solista nos concertos será Artur Pizarro, cuja premiada discografia inclui registos de Liszt para a Collins e para a Brilliant Classics e tem tocado com maestros como Simon Rattle, Yannick Nézet-Séguin ou Esa-Pekka Salonen. A direcção será de Adrian Leaper.
CCB, sexta-feira 9 de Junho, 21.00, 5-20€