Gisela João
©Estelle ValenteGisela João
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7 concertos imperdíveis na Festa do Avante!

A Festa do Avante! é uma instituição nacional. Sete boas razões para ir ao grande festival da rentrée. Vote em quem votar

Luís Filipe Rodrigues
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É a grande festa da rentrée política. E um dos mais antigos festivais de Verão portugueses. Com um cartaz abrangente onde política, cinema, teatro e uma oferta gastronómica vasta coexistem com dezenas de concertos. Estes são sete dos melhores.

7 concertos imperdíveis na Festa do Avante!

Bruno Pernadas

Ouvem-se muitas músicas na música de Bruno Pernadas. Os melhores discos do compositor e guitarrista português (How Can We Be Joyful In A World Full Of Knowledge e Those Who Throw Objects At The Crocodiles Will Be Asked to Retrieve Them) são objectos caleidoscópicos onde pop, jazz, indie rock, electrónica, exotismo, krautrock, freak-folk, soul e funk coexistem, sem se atropelarem. Também faz jazz mais ortodoxo, como se ouve em Worst Summer Ever, mas é a sua faceta mais experimental que se vai escutar este fim-de-semana.

Auditório 1º de Maio, Sáb 15.30

Newen Afrobeat

Pode não se perceber pelo nome, mas os Newen Afrobeat são chilenos. A estrela que os guia, no entanto, é a de Fela Kuti, lendário músico nigeriano e pioneiro do afrobeat. Têm no currículo um álbum de originais, homónimo, e um EP de versões de Fela Muti, intitulado Newen Plays Felapara toda a gente saber ao que vai. E é a tocar ao vivo que se sentem em casa.

Palco 25 de Abril, Sáb 16.00

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João Afonso

João Afonso faz justiça ao apelido. Sobrinho de Zeca, deu-se a conhecer em 1994, com Maio Maduro Maio, homenagem ao tio José Afonso gravada com José Mário Branco e Amélia Muge. A estreia em nome próprio, com Missangas, aconteceu em 1997 e confirmou as pistas lançadas em Maio Maduro Maio, adicionando algo seu ao léxico na música popular portuguesa. O disco foi reeditado este ano, por ocasião do vigésimo aniversário, e são precisamente essas canções que se vão ouvir na Quinta da Atalaia.

Auditório 1º de Maio, Sáb 21.30

Fast Eddie Nelson

É um veterano da cena rock barreirense, no activo desde os anos 90 e com obra feita em projectos como Gasoline, The Sullens ou Los Santeros. A solo, ou acompanhado por The Riverside Monkeys, exorciza os fantasmas dos blues, do garage-rock e da folk. Com a entrega e a força de quem acredita e sabe o que está a fazer.

Palco Setúbal, Sáb 23.00

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Pedro Jóia Trio

O trio do guitarrista Pedro Jóia, com João Frade (acordeão) e o brasileiro Norton Daiello (baixo), reconfigura as formas e as memórias da música popular portuguesa. Continuam a levantar o véu sobre os temas de Vendaval, a editar em breve. Em jeito de antevisão.

Auditório 1º de Maio, Dom 16.00

Mão Morta

Poucas bandas de rock portuguesas chegam aos calcanhares dos Mão Morta. Nunca foram um nome consensual, mas ao fim de mais de três décadas continuam a dar tudo e a fazer música que merece ser ouvida e fala para o presente. No entanto, por estes dias, estão a olhar para o passado, para assinalar os 25 anos do clássico álbum Mutantes S.21.

Palco 25 de Abril, 20.30

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Gisela João

Há poucas fadistas como Gisela João. Desde que estampou o seu nome no primeiro álbum homónimo, em 2013, a cantora barcelense vem a conquistar tudo e todos, expandindo o alcance do seu fado. As suas armas são a voz, emocionalmente complexa; a maneira como se apresenta, a postura popular e acessível; e sobretudo a forma como transforma e se apropria de tudo o que cantar. Sim, pode interpretar poemas de Capicua ou emprestar a voz a músicas da América latina, mas com ela tudo isso é fado.

Auditório 1º de Maio, Dom 21.30

O som do Verão

  • Música
  • Jazz

“Summertime” é um objecto de difícil classificação. É uma ária de ópera, tem raízes nos espirituais negros e no blues, um musicólogo viu nela influências de Dvorák, Wayne Shorter filia-a no acorde de Tristão, de Wagner, e foi entusiasticamente adoptada pelo jazz.

  • Música
  • Pop

O Verão tem inspirado resmas de músicas e muitas são sobre surf, festas na piscina e “dolls by a palm tree on the sand” (Beach Boys dixit). Mas há canções pop de Verão que não se ficam pelo elogio das “cutest girls in the world” (as californianas, claro).

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