Renee Fisher/Unsplash
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As 25 melhores canções de amor

Porque música e amor são sinónimos, derreta ao som das melhores músicas de amor.

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Escrever uma música sobre a temática do amor está longe de ser tarefa fácil. A abundância de clichés, o risco da mensagem demasiado dramática, o resvalo à depressão ou a queda na mesma forma melódica são crimes imperdoáveis a ecoar na eternidade. Claro que nem todos temos o génio de Ian Curtis para fugir à palavra baby infinitamente e, ainda assim, escrever pedaços de música que são tudo. Mas bom, o mundo não é perfeito. Por isso, e porque os baby, os lover, os sweetheart ou os honey desta vida também se fazem acompanhar de grandes arranjos, nós damos-lhe o guia das melhores músicas de amor de sempre para amar sem limites. 

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As melhores canções de amor de sempre

"Love On Top", Beyoncé

Abrimos jogo com o amor no topo. Retirada do álbum 4, de 2011, "Love On Top" traz-nos tudo o que é preciso para dar início a uma playlist romântica: ritmo, lamechice q.b. e um alcance vocal digno de tentar acompanhar, ainda que de forma inútil. Ame. Ame intensamente.

"Love You Deep or Not At All", Frank Thomas

Não se sabe grande coisa sobre Frank Thomas. O cantor e compositor sulista editou um par de singles de sete polegadas pela Dailey Records no início dos anos 70, e depois perdemos-lhe o rasto. Uma pena, tendo em conta que esta "Love You Deep or Not At All" é uma obra-prima, uma balada country fantasmagórica e obsessiva, capaz de derreter o coração mais empedernido.

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"You Send Me", Aretha Franklin

É um original de Sam Cooke, certo, mas esta versão de "You Send Me" não fica minimamente aquém, ou não estivéssemos a falar de Aretha Franklin. Sem cair em exageros, é o som perfeito para descrever aqueles começos em que tudo nos faz flutuar.

"Ain't That a Kick In The Head", Dean Martin

"That's Amore" é provavelmente o hino mais reconhecido ao crooner, mas Dean tinha jeito para esta temática de amor e "Ain't That a Kick In The Head" é, em tudo, uma declaração cantada à cara-metade.

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"My Kind Of Woman", Mac DeMarco

É fácil perdermo-nos na figura de Mac DeMarco e relativizar o trabalho empregue em cada música. Errado. O canadiano pode parecer o palhaço de serviço da indústria mas a escrita desta "My Kind Of Woman" — e de muitas outras — é a condensação perfeita do que uma música de amor deve ser.

"Never Too Much", Luther Vandross

Directamente do álbum de estreia, em 1982, "Never Too Much" catapultou a suavidade e génio de Luther Vandross até ao mercado dos corações. E, sejamos honestos, o refrão é das obras de arte mais catchy da estranha década de 80.

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"505", Arctic Monkeys

Amor, raiva, desejo, saudade, nostalgia. Cabe tudo num dos melhores temas que alguma vez saiu da caneta de Alex Turner, frontman dos britânicos Arctic Monkeys. A faixa de Favourite Worst Nightmare já serviu de cura a muito coração partido e de hino comum a muito casal. E ainda bem.

"I Love You For Sentimental Reasons", Sam Cooke

A letra diz tudo: "I love you, I love you, I love you, I love you...". Portanto, estamos a falar de amor à séria, daquele que se quer debaixo de mantas no Inverno a ver filmes. Daquele que pede lareira e copos de vinho. Daquele que faz desesperar quem assiste. E tem assinatura de Sam Cooke. Não há que enganar.

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"I Will Always Love You", Whitney Houston

Não estava à espera desta? Claro que estava. Sim, os lugares-comuns existem por uma razão: resultam. E Whitney Houston é um nome demasiado obrigatório em qualquer lista que possa fazer menção à palavra das quatro letras. Só não aconselhamos a cantoria a plenos pulmões porque segurar agudos não é tão fácil como pode parecer.

"Angels", The xx

Foi em 2012 que os xx deram Coexist, o segundo disco, ao mundo. Tema atrás de tema, a história do primeiro repetiu-se, tudo funcionou, crítica, público, letras, arranjos, surpresa. "Angels", a faixa de abertura, indica o caminho na perfeição e faz-nos perceber o quão doce pode ser gostar de alguém.

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"I Walk The Line", Johnny Cash

"I Walk The Line" versa sobre o amor, a redenção e o poder que uma pessoa pode ter sobre a forma como nos comportamos. E foi a carta em forma de canção que Johnny Cash deixou a Vivian Liberto, a sua primeira mulher, em 1956.

"There Is a Light That Never Goes Out", The Smiths

Morrissey pode não ser o nome mais consensual, mas é inegável que The Smiths fizeram algumas das canções mais marcantes da história. Retirada do álbum The Queen Is Dead, "There Is a Light That Never Goes Out" tem a dose certa de romance sem nunca melar.

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"Let's Stay Together", Al Green

Seria difícil evitar esta escolha. Aliás, seria difícil evitar Al Green no geral, seja qual for a playlist, e nem Barack Obama lhe resistiu num discurso em 2012 no Apollo Theater. O norte americano é um dos nomes maiores da soul e "Let's Stay Together" é só mais um argumento para perceber o porquê. 

"Sea of Love", Cat Power

A simplicidade é assombrosa. A voz, as cordas, tudo funciona com o expresso objectivo de fazer vibrar o peito. É por isso que "Sea of Love" deve ser ouvida nas circunstâncias certas. De preferência se a cara-metade fizer parte da fan base da norte-americana Chan Marshall. 

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"L-O-V-E", Nat King Cole

Tudo aqui é num andamento happy-go-lucky que nos faz querer descer uma rua a assobiar de felicidade. O tema de Nat King Cole já teve várias covers ao longo das décadas mas nunca foi superado. Só precisa de deixar o aviso: "Take my heart but please don't break it".

"Você e Eu", João Gilberto

Samba no pé também vale para mostrar o que é amor. Falar de João Gilberto é falar de uma das bandeiras mais altas do Brasil, e existência dourada de uma era que já não volta. Basta perceber que a letra tem mão de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra para nos aquecer o coração.

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"You're The Best Thing", The Style Council

Casamentos, bodas de papel, de prata, ouro, baptizados — bom, talvez a letra não seja assim tão apropriada ao último, mas — há muito pouco que não possa servir um refrão como "You're the best thing that ever happened/to me or my world". É sucesso garantido. E dá pontos extra se souber a letra.

"I Love You More Than You'll Ever Know", Donny Hathaway

Nem todas as cartas precisam de ser escritas. Donny Hathaway sabia-o quando fez chegar esta "I Love You More Than You'll Ever Know" aos ouvidos do mundo. Pouca luz, cigarro, copo, um sofá. O mundo abranda, tudo o que não foi dito ganha espaço para o ser. O mundo é dos que amam.

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"Just The Two Of Us", Grover Washington Jr.

Bill Withers, William Salter e Ralph MacDonald escreveram o tema que viria a ser um dos mais famosos de Grover Washington Jr. Vencedora de um grammy, a faixa é bastante explícita na temática, que se quer que seja unicamente a dois.

"Japanese Denim", Daniel Caesar

Uma analogia entre calças de ganga e uma relação pode não ser um bom ponto de partida mas, em "Japanese Denim", tudo parece ter funcionado em nome do romantismo. Quem nunca imaginou um par de calças que aguentasse o desgaste da vida e que durasse "all my life" como Caesar aqui o canta? É o amor nos tempos modernos. Embarque nisto.

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"Maps", Yeah Yeah Yeahs

Falamos de amor contemporâneo? Então "Maps" é uma entrada obrigatória. A faixa saltou do disco de estreia Fever To Tell, de 2003, e rapidamente levou corações a palpitar graças à guitarra constante e bateria pungente. E ainda que o rock possa não ser a paragem mais óbvia, esta é a prova de que boas canções de amor não precisam de todo o mel do mundo.

"Orange Color Queen", Ty Segall

Estamos habituados à guitarrada desmedida, às vozes trazidas da cave, à distorção e ao lo-fi, mas Ty Segall é multifacetado o suficiente para compôr obras de cariz romântico. "Orange Color Queen", escrita para a namorada, é, por isso, um diamante na discografia do californiano.

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"Into My Arms", Nick Cave & The Bad Seeds

Chegou ao décimo disco de Nick Cave — The Boatman's Call — e o agradecimento não podia ser maior. Um tema à medida de Nick Cave, sem alaridos e todo o sentimento.

"It Had To Be You", Harry Connick Jr.

Isto é classe. Muita classe. É possível que consiga sentir o cheiro de palmeiras de plástico e de veludo e — criminosamente errado, mas estamos a caminhar para o sítio certo — das teclas de marfim deste piano ao imaginar-se no espaço em que o podia ouvir. Ainda assim, o single de Harry Connick Jr. tem tudo o que uma canção de amor deve ter. Entregue-se.

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"My Girl", The Temptations

Clássico. Clássico. Clássico. Se existir um tema mais tocado que este no planeta, devolvemos a diferença. Ok, não devolvemos, mas a ideia está lá. O tema dos The Temptations está em 88º lugar na lista das 500 melhores músicas de sempre da Rolling Stone e o reconhecimento é mais do que justificado. Que o digam os que o aproveitaram para dançar em grande proximidade.

Mais músicas

  • Música

A autorreferência é um mecanismo relativamente banal na arte. Por exemplo, poemas que se queixam de como as palavras não lhes bastam para dizerem tudo o que precisam dizer, é mato. Nos textos cantados é especialmente frequente encontrar esse tipo de truque estilístico, em particular em canções que se põem a falar sobre canções de amor para, de forma mais ou menos discreta, fingirem que não são elas próprias canções de amor, bajoujas e piegas como todas as canções de amor devem ser.

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A história da música popular está recheada de versões de canções que já tinham alcançado sucesso noutra vida. Genericamente, é disso que falamos quando falamos em covers. Mas a coisa torna-se bem mais surpreendente quando o factor sucesso sai da equação – ou, melhor ainda, quando ele está virado ao contrário e descobrimos versões que triunfaram sobre originais obscuros. A lista que se segue reúne uma dúzia de covers que eclipsaram por completo as versões primitivas, mesmo em casos onde elas tinham gozado já de relativo êxito. Mas foram estas interpretações que se impuseram na memória colectiva, a ponto de a maioria de nós as tomar hoje por originais.

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  • Música

No tempo em que não havia Internet e a globalização ainda se fazia ouvir com delay, era comum uma canção fazer sucesso numa língua, sem que a maioria do público alguma vez percebesse que estava a trautear uma toada estrangeira. O caso mais frequente, como se adivinha, é o de uma canção que se celebriza em inglês apesar de ter sido composta em italiano, francês ou outra língua que não gruda bem nos ouvidos americanos. Mas não só. Por exemplo, “Les Champs Élysées”, que foi popularizada por Joe Dassin, fez o percurso contrário.

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