Criado pela avó até aos oito anos, sem nunca ter conhecido o pai, antes ou depois de a mãe dar às de Vila Diogo lá de Gainesville, na Florida, onde viviam, e assentar em Brooklin, Nova Iorque; cidade onde, depois de um acesso de culpa maternal ou coisa parecida, se juntou aos irmãos, por pouco tempo, pois aos 14 anos foge do lado da mãe, que temia, e foi à sua vida. Viveu na rua algum tempo, vagueou pelos mais diversos trabalhos, de alguma maneira continuando a viver a sua fascinação pela música e a forma de interpretação de Brown treinando a voz e os movimentos do corpo do seu ídolo usando uma vassoura como microfone. E, aos 18 anos, incentivado pelos colegas de emprego no Jobs Corp., um centro de formação profissional no estado do Maine, e a contribuição de uns goles de gin, fez uma imitação do seu involuntário mentor que arrebatou. Estava encontrado o seu talento, ou melhor, uma forma de, se não ganhar a vida, pelo menos inflacionar um pouco os seus parcos salários de trabalhador braçal. Em 1977, depois de 10 anos a trabalhar como cozinheiro num hospital do estado, Bradley resolveu viajar através da América e, ao fim de um tempo, via Canadá, Alasca e a cidade de Seattle, chegou à Califórnia para duas décadas em que fez de tudo e mais alguma coisa e teve as mais variadas profissões, sempre arredondando o ordenado com actuações onde, a bem dizer, mimava o seu santo padroeiro sob designações como Screaming Eagle of Soul, Black Velvet e, até, James Brown Jr.