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Capitão Fausto, Autechre e mais concertos em Lisboa em Abril

Uma proposta com o melhor que há para ver e ouvir este mês em Lisboa.

Luís Filipe Rodrigues
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Com a chegada da Primavera, os dias crescem enquanto o tempo passado em casa diminui. E ainda bem, porque há concertos lá fora à nossa espera. Para os mais aguardados, como as apresentações do novo álbum dos nossos Capitão Fausto ou a estreia dos incomparáveis Autechre, na Culturgest, já não há bilhetes. Mas há mais por onde escolher, dos regressos dos Yes e de Lloyd Cole a Portugal ao ciclo Sons de Liberdade do Teatro Tivoli BBVA, em que JP Simões, Gisela João e B Fachada revisitam velhas canções de protesto e os seus autores, para comemorar os 50 anos da revolução.

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Mais música

  • Música

A autorreferência é um mecanismo relativamente banal na arte. Por exemplo, poemas que se queixam de como as palavras não lhes bastam para dizerem tudo o que precisam dizer, é mato. Nos textos cantados é especialmente frequente encontrar esse tipo de truque estilístico, em particular em canções que se põem a falar sobre canções de amor para, de forma mais ou menos discreta, fingirem que não são elas próprias canções de amor, bajoujas e piegas como todas as canções de amor devem ser.

  • Música

A história da música popular está recheada de versões de canções que já tinham alcançado sucesso noutra vida. Genericamente, é disso que falamos quando falamos em covers. Mas a coisa torna-se bem mais surpreendente quando o factor sucesso sai da equação – ou, melhor ainda, quando ele está virado ao contrário e descobrimos versões que triunfaram sobre originais obscuros. A lista que se segue reúne uma dúzia de covers que eclipsaram por completo as versões primitivas, mesmo em casos onde elas tinham gozado já de relativo êxito. Mas foram estas interpretações que se impuseram na memória colectiva, a ponto de a maioria de nós as tomar hoje por originais.

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  • Música

No tempo em que não havia Internet e a globalização ainda se fazia ouvir com delay, era comum uma canção fazer sucesso numa língua, sem que a maioria do público alguma vez percebesse que estava a trautear uma toada estrangeira. O caso mais frequente, como se adivinha, é o de uma canção que se celebriza em inglês apesar de ter sido composta em italiano, francês ou outra língua que não gruda bem nos ouvidos americanos. Mas não só. Por exemplo, “Les Champs Élysées”, que foi popularizada por Joe Dassin, fez o percurso contrário.

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