A autorreferência é um mecanismo relativamente banal na arte. Por exemplo, poemas que se queixam de como as palavras não lhes bastam para dizerem tudo o que precisam dizer, é mato. Nos textos cantados é especialmente frequente encontrar esse tipo de truque estilístico, em particular em canções que se põem a falar sobre canções de amor para, de forma mais ou menos discreta, fingirem que não são elas próprias canções de amor, bajoujas e piegas como todas as canções de amor devem ser.
Há muitos festivais a lutarem pela nossa atenção durante o mês de Julho – na cidade, mas não só. Os maiores trazem veteranos de peso e artistas emergentes a Lisboa e arredores, dos Pearl Jam ao rapper 21 Savage, passando pelos Air e Patti Smith. Mas também há grandes espectáculos em nome próprio, incluindo um par de datas de Karol G, uma das mais populares cantoras do reggaetón e da música urbana latina de agora, na MEO Arena. Para quem não gosta de confusões, há concertos mais pequenos, como a reunião de Cansei de Ser Sexy no Lisboa Ao Vivo. É só escolher.
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