No final dos anos 40, houve músicos que descobriram que se se baixasse a temperatura do jazz este ganhava novas propriedades. E o jazz assumiu tempos mais lentos, opôs a descontracção e o distanciamento à tensão e frenesi do bebop, ganhou arranjos elaborados por influência da música clássica (que depois levariam à chamada Third Stream). Privilegiou a elegância e a contenção.
Com as principais orquestras clássicas a gozar de merecidas férias (será que os contrabaixistas levam consigo o seu instrumento quando vão a banhos para o Algarve?), a oferta de concertos gratuitos é dominada pelo jazz. Os destaques vão para o Festival Sommersby OutJazz, que, todos os domingos, sempre às 17.00, vai animando o Verão com concertos em espaços ao ar livre (que rodam mensalmente: em Agosto é na Ribeira das Naus); e para as Noites de Verão no Museu do Chiado, que apostam na música improvisada, exploratória e que foge a classificações: este ano, a propota mais próxima do jazz é o prodigioso trompetista norte-americano Peter Evans, que veio engrossar a lista de artistas de renome internacional que chama a Lisboa a sua casa.
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