Junho em Lisboa é uma festa. Ou melhor, é um mês de festa. É muito bem capaz de ser a altura do ano em que os lisboetas menos dormem (ai os arraiais, os arraiais), mas para compensar também é provável que seja a altura em que as olheiras são mais bem toleradas no local trabalho. Portanto aproveite a maratona de arraiais, exposições, festas, concertos e outras iniciativas que se multiplicam um pouco por toda a cidade até ao final do mês.
“Os dias de verão vastos como um reino/ Cintilantes de areia e maré lisa/ Os quartos apuram seu fresco de penumbra/ Irmão do lírio e da concha é nosso corpo// Tempo é de repouso e festa/ O instante é completo como um fruto/ Irmão do universo é nosso corpo// O destino torna-se próximo e legível/ Enquanto no terraço fitamos o alto enigma familiar dos astros/ Que em sua imóvel mobilidade nos conduzem”. É assim o poema Dias de Verão, de Sophia de Mello Breyner Andresen, cujo centenário de nascimento é assinalado com um concerto no CCB pela Orquestra Sinfónica Juvenil, que estreará uma obra de Christoper Bochmann, sobre o poema de Sophia Um Leve Tremor.
O início do Verão será marcado por dois eventos internacionais protagonizados por jovens músicos: o Festival Kids Can, no Hot Clube, e a 5.ª edição do Lisbon International Youth Music Festival, que traz a Lisboa coros, orquestras e ensembles juvenis de todo o mundo e cujo concerto inaugural tem lugar dia 24 no Museu do Oriente. E também pela estreia de um festival de jazz no Barreiro, o Jazz no Parque, que alia um program de alto coturno com entradas gratuitas.
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