A Festa do Japão – que ocupa o Jardim Vasco da Gama, em Belém, nesta sexta-feira – pretende mostrar aos lisboetas a cultura japonesa e faz desfilar ao longo do dia demonstrações de karate, grupos de tambores tradicionais, um recital de shamisen e canto, danças tradicionais bon-odori, workshops de ikebana, origami, haiku e furoshiki.
São venerandas e nobres artes, profundamente enraizadas na história do Japão, mas existe outro Japão cujos ecos raramente chegam ao Ocidente: o país alberga uma das mais fervilhantes cenas musicais do planeta, alicerçada numa constelação de salas de concertos e num mercado musical que só fica atrás do dos EUA e supera o britânico (3.º) e o alemão (4.º) juntos e em que os discos – com 72% de quota de mercado – ainda imperam sobre a música desmaterializada (que, nos EUA, já representa 75%). Um dos géneros mais florescentes é o punk (e os géneros limítrofes, como a power pop e o melodic hardcore), que há muito entrou em coma no Ocidente, mas no Japão é realimentado por um incessante borbulhar de novas bandas. Tóquio, com os seus 13,8 milhões de habitantes (38 milhões no total da área metropolitana), é o fulcro da música indie japonesa, mas Osaka, com 2,7 milhões de habitantes (19 milhões na área metropolitana), orgulha-se da sua tradição punk.
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