Ajitama ramen bistro
©Manuel MansoRamen do Ajitama
©Manuel Manso

Os melhores sítios para comer ramen em Lisboa

Nestes restaurantes, o caldinho é um assunto sério e o ramen nunca desilude.

Cláudia Lima Carvalho
Publicidade

Cura para constipações e ressacas, aconchego em dias frios, comida de conforto. O ramen ganhou espaço na cena gastronómica lisboeta e há cada vez mais sítios na cidade que o fazem bem – tenha atenção às armadilhas e não se deixe iludir pela decoração animada. O ramen ancestral é um trabalho de muita dedicação e horas. É feito com um caldo consistente, com carne de porco, vaca ou peixe, ao qual se juntam vegetais, ovos, legumes e claro, os noodles (se forem caseiros, ainda melhor). Conheça os melhores sítios para comer ramen em Lisboa.

 Recomendado: Os melhores restaurantes japoneses em Lisboa

Os melhores sítios para comer ramen em Lisboa

  • Asiático contemporâneo
  • Grande Lisboa
  • preço 2 de 4

Estávamos em 2019 quando António Carvalhão e João Azevedo Ferreira abriram o Ajitama, na Avenida Duque de Loulé, depois do sucesso instantâneo do seu supperclub que somava já quase duas mil pessoas em lista de espera. Quase quatro anos depois, ainda sem dar vazão, e uma febre de ramen na cidade, abriram um segundo restaurante, apostaram em caldos mais complexos e voltaram até fazer os noodles em casa, tal como acontecia quando o Ajitama era ainda uma espécie de segredo. O motivo de romaria, esse, mantém-se: um ramen que é aconchego.

  • Marvila

Chefiado por Rui Rosário (ex-Praia no Parque, ao lado de Lucas Azevedo), o SUGOI! abriu no 8 Marvila e no menu combina uma cozinha de frios e ramen. Com um pequeno balcão e umas quantas mesas, a ideia é prestar uma homenagem à gastronomia japonesa. O crítico Alfredo Lacerda passou por lá há pouco tempo e deu-lhe quatro estrelas. Sobre o ramen, "a cargo de um ninja dos caldos", escreveu: "Nuno Gonçalves é um apaixonado e estudioso dos noodles caldosos japoneses. Antes de entrar no projecto, passou pelo Afuri e foi dando uns workshops do métier. Os seus ramens são sempre saborosos, muitas vezes autorais, e mudam de acordo com as experiências que Nuno vai fazendo."

Publicidade
  • Japonês
  • Chiado
  • preço 2 de 4

O Afuri é uma marca forte na sua terra natal. Nasceu há uma década nas imediações da montanha com o mesmo nome, no Japão, e hoje tem uma dúzia de restaurantes em Tóquio, onde é referência, bem como outros dois em Portland, nos EUA, com um conceito mais sofisticado. No Chiado ou no Parque das Nações, apesar de a experiência ser diferente, são os ramens o grande destaque.

  • Grande Lisboa

Alfredo Lacerda foi a este Ramen Joe a medo, mas acabou a sair convencido de que este "é uma excelente opção para quem quer um ramen a sério, por menos de 15€". "Tem umami a rodos, tem massa boa, e, não menos importante, chega à mesa a fumegar, quentíssimo, como só os melhores", destacou, revelando que Joé é o cozinheiro-pai com técnica aprendida em Tóquio, "mais concretamente no restaurante Taishouken". "Fui confirmar e o Taishouken existe e é especializado em ramen. Shotaro, o homem por trás do Ramen Guide Japan, grande conhecedor do que acontece dentro de uma tigela fumegante de caldos de ossos, considera-o um clássico e um dos seus preferidos, desde criança." O Ramen Joe abriu também no Campo Pequeno. 

Publicidade
  • Lisboa

Tem sido agitada (ou atribulada) a vida de Honda – "um homem grosso como um boxeur, fita turca branca na cabeça e óculos Ray Ban de massa" – desde que Alfredo Lacerda primeiro escreveu sobre o seu ramen, ainda num minúsculo restaurante na zona da Estefânia quando lhe deu quatro estrelas. Dali mudou-se para uns números ao lado, numa troca de espaço pouco amistosa, e no último ano acabou a estabelecer-se na Rua de São Lázaro. O Honda’s Ramen chama-se hoje Hachiko Ramen by Honda com um aviso de que este é o "real Honda's Ramen". Nepalês de origem, foi no Japão que Honda aprendeu a arte do ramen. E não vacila, como prova o tonkotsu. "O caldo é espumoso e denso, a barriga de porco (chasu) desfaz-se, a massa estica sem partir. Coisa rara", garante o crítico da Time Out.

  • Benfica/Monsanto

Não era para ter sido assim, mas o espaço fez a ocasião. “A base de tudo isto é um laboratório de ramen. By the way, temos aqui uma ramen station acoplada”, resume António Carvalhão, que com João Azevedo Ferreira, acabou a escolher precisamente esse nome para a nova marca, irmã do Ajitama. Ao contrário dos restaurantes da Avenida Duque de Loulé e na Rua do Alecrim, no Ramen Station o serviço é rápido e menos personalizado e o menu é curto, tal como acontece numa estação de comboios japoneses. Entre as novidades está a produção própria de noodles. Há duas entradas apenas: uma combinação de gyozas e edamame. Nos ramens, são três as opções: o mais simples shio, a pensar nos principiantes e o miso, mais intenso e com níveis de picante que podem ser adicionados, além do vegan. Para sobremesa, a frescura dos mochis.

Publicidade
  • Japonês
  • Grande Lisboa

O nome é mesmo o que poderá estar a pensar: uma referência a um estilo japonês de anime e manga de teor pornográfico. Mas o Hen.tai, na Amadora, quer ser mais do que isso. Quer ser um restaurante de bom sushi, mas também de bom ramen. Neste caso, há três: o tradicional tonkotsu (12€), o tonkotsu miso e o picante one punch ramen. 

  • Chinês
  • Baixa Pombalina

O Panda Cantina é um pedaço da região de Sichuan, na China, plantado no centro de Lisboa – já tem quatro moradas (Príncipe Real, Amoreiras, Rua Joaquim António de Aguiar, além desta casa na Baixa). O menu é simples, apenas com três variedades de ramen chinês a provar: porco, vaca e tofu, com opção de escolha do nível de picante, de 1 a 5 (o três é o meio termo aceitável). Também é possível pedir uma tigela de ramen em tamanho grande.

Publicidade
  • Chinês
  • Martim Moniz

O Dawanmian é uma autêntica cantina chinesa no Martim Moniz. Aqui, a clientela procura noodles e alguns petiscos, a preços que já quase não se praticam em lado nenhum. Não se deixe enganar pela entrada pouco convidativa nem pelo serviço pouco amistoso: o que interessa é o que está dentro das enormes taças de noodles. Alfredo Lacerda, conta que "há várias hipóteses de sopa de noodles, como a agri-picante ou a de marisco, mas a que mais sai é a de massa-fita caseira, tipo tagliatelle, com entrecosto assado no forno". "O caldo é saborosíssimo, extraído de ossos, e está cheio de vegetais frescos." Dez euros chegam e sobram, com bebida e tudo.

Novidades gastronómicas

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade