Joseph Haydn (1732-1809) chegou à maioridade no ano em que Bach faleceu, foi amigo de Mozart, professor de Beethoven e morreu no ano em que Mendelssohn nasceu. É conhecido do grande público sobretudo pelas sinfonias, mas consagrou-se a todos os géneros correntes no seu tempo – tendo nalguns deles uma produção copiosa – e ainda arranjou tempo para compor peças para instrumentos pouco comuns, como o “baryton”, uma espécie de viola da gamba baixo com cordas metálicas adicionais, que era o instrumento predilecto do seu “patrão” Nikolaus Esterházy e para o qual escreveu 120 trios.
Haydn nasceu numa modesta família em Rohrau, na Áustria, foi menino de coro na Catedral de St.º Estêvão, em Viena, agarrou-se, na juventude, a várias tarefas humildes para ganhar a vida – a mais profícua foi a de assistente/criado do compositor italiano Nicola Porpora, com quem disse muito ter aprendido – e foi subindo na “cadeia alimentar” até, que, em 1761, com 31 anos, assumiu o posto de vice-mestre de capela da poderosa família Esterházy, ao serviço da qual iria passar três décadas, parte delas em condições de semi-isolamento, no magnífico palácio que o príncipe Nikolaus I Esterházy fez construir em Esterháza. Nikolaus mudou-se para lá com a sua corte em 1766 e aí permaneceu até à morte em 1790. Embora Haydn, promovido a mestre de capela em 1766, não tivesse mãos a medir para assegurar a intensíssima vida musical da corte, a partir de 1780 a sua fama foi difundindo-se pela Europa e as encomendas de obras iam chegando-lhe um pouco de todo o lado.
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