Consta que Vincent Youmans teve a ideia para a melodia de “Tea For Two” quando prestava serviço na marinha, durante a I Guerra Mundial. E achou esta banalidade tão excepcional que se deu ao trabalho de andar com ela na cabeça durante seis anos até que, em 1924, a apresentou ao letrista Irving Caesar, com quem estava a preparar o musical No, No, Nannette, e insistiu para ele lhe enxertasse uma letra logo ali. Pressionado, Caesar alinhavou uma versalhada inane, com a intenção de, mais tarde, escrever uma letra a sério, mas Youmans, dando novamente provas de fraco critério, entendeu que a canção estava perfeita assim mesmo.
O público adorou No, No, Nannette e, para empregar um termo hoje em voga, “Tea For Two” tornou-se “viral”. Em Janeiro de 1925, pouco depois da pré-estreia do musical, em Chicago, já havia gente a registar a canção: a primeira gravação, pela Benson Orchestra of Chicago chegou ao n.º 5 do top, e a segunda, por Marion Harris, chegou a n.º 1 (e ficou pelo top 11 semanas). Entretanto, a estreia do musical em Londres (Março de 1925) e na Broadway (Setembro de 1925) consolidou a popularidade da cançoneta.
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