O confinamento abalou a indústria musical. Os palcos vazios, as datas adiadas, canceladas; os músicos e as equipas técnicas em suspenso, na incerteza do regresso e de tudo o que estaria por vir. Ou de como viria. O futuro transformou-se num lugar estranho.
A Sons Em Trânsito, a Audiogest, associação que representa os produtores musicais, e a GDA, a cooperativa Gestão dos Direitos dos Artistas, decidiram pegar nessa dúvida e fazer dela o mote para o Festival Regresso ao Futuro, que nos devolve a música e, paralelamente, ajuda todos aqueles que nela trabalham.
Este sábado, dia 20, às 21.30, 22 cidades recebem 24 concertos de 24 artistas nacionais. Um evento que une e mobiliza os teatros municipais, os artistas, as equipas técnicas e o público numa frente comum, e cujo lucro reverterá para o Fundo de Solidariedade para a Cultura, criado pela Audiogest, que se destina a todos os profissionais do sector das artes a quem os apoios públicos não chegaram.
Há muita música para ser ouvida. De Fafe a Faro, de Albergaria-a-Velha a Almada, artistas como Clã, Salvador Sobral, Miguel Araújo ou Pedro Abrunhosa ocupam os palcos, em simultâneo, e convidam o público a levar alimentos não perecíveis para entrega nos teatros, que serão recolhidos e distribuídos pela União Audiovisual junto dos profissionais das artes.
Abaixo, destacamos os cinco concertos que se realizam em Lisboa e arredores. Mas há mais para ver ao vivo: Agir (Leiria), Ana Moura (Oliveira do Bairro), António Zambujo (Torres Novas), Aurea (Figueira da Foz), Bárbara Tinoco (Albergaria-a-Velha), Black Mamba (Aveiro), Camané (Cascais), Carlão (Rio Maior), Carolina Deslandes (Bragança), Diogo Piçarra (Faro), Fernando Daniel (Estarreja), Gisela João (Fafe), Herman José (Ílhavo), Miguel Araújo (Caminha), Pedro Abrunhosa (Ovar), Tiago Bettencourt (Castelo Branco), Tiago Nacarato (Matosinhos) ou The Gift (Loulé).