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A reunião dos Da Weasel e outros concertos a não perder no NOS Alive

O NOS Alive está de volta, três anos depois da última edição. Estes são os concertos a não perder entre quarta-feira, 6, e sábado, 9 de Julho, no Passeio Marítimo de Algés.

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O NOS Alive está de regresso. E já não era sem tempo. O cartaz pode não ser tão bom como era o da edição cancelada em 2020 – sente-se a falta de Billie Eilish, Kendrick Lamar, Taylor Swift ou Faith No More – mas retém alguns argumentos de peso para levar o público ao Passeio Marítimo de Algés. Há bandas e artistas para todos os gostos, do fado ao indie rock, passando pela electrónica e a pop, pelo que duas pessoas podem ter experiências diametralmente opostas. E ainda bem que assim é. No entanto, há uns quantos concertos que toda a gente devia ver. Ei-los.

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Os concertos a não perder no NOS Alive

Clairo

A cantora americana começou a dar nas vistas em 2017, à boleia de “Pretty Girl”, três minutos de pop doméstica e confessional que viraram sucesso viral. Seguiu-se, em 2018, um EP, com essa e outras canções pop oníricas com vapores de r&b; depois Immunity, álbum de estreia de 2019, a meio caminho entre o electropop e o soft rock; e há um ano lançou Sling, segundo e adulto álbum de folk barroca, que agora traz a Algés.

Palco Heineken. Qua 20.00

The Strokes

Is This It, o primeiro álbum de The Strokes é um dos mais marcantes dos anos zero. Um disco de rock cuidadosamente descuidado e quase perfeito, que ajudou a definir a década que tinha acabado de começar e cuja influência demorou muitos anos a deixar de se ouvir. Nunca conseguiram superá-lo, mas têm lutado para não perder a relevância, como se ouve em The New Abnormal, o elogiado disco de 2020 que agora apresentam em Portugal.

Palco NOS. Qua 22.30

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Modest Mouse

São veteranos do indie rock americano, com três décadas de carreira e obra editada por instituições indie como a K Records e a Up. Os CDs e EPs que lá lançaram nos anos 90 são marcos da música de guitarras norte-americana, mas são mais conhecidos pelas canções que fizeram depois de assinarem pela multinacional Epic e lançarem The Moon & Antarctica, em 2000, e sobretudo Good News for People Who Love Bad News (2003), o disco que os aproximou do mainstream.

Palco Heineken. Qua 01.00

Florence + the Machine

A britânica Florence Welch e os músicos que a acompanham desde 2007 são um sério caso de popularidade. E, de disco para disco, a sua pop-rock absorve novas influências. O álbum Dance Fever, lançado em Maio, é a mais recente prova de vida, mas apenas uma pequena parte daquilo que se vai ouvir no Passeio Marítimo de Algés – na actual digressão têm tocado quase tantas canções do primeiro álbum como do último.

Palco NOS. Qui 22.45

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Soluna

É um dos nomes que vale a pena descobrir neste NOS Alive. Nascida na Argentina, mas criada em Espanha e radicada em Portugal há uns anos, a cantora, compositora e produtora afro-latina lançou recentemente o EP Gano, uma fusão futurista de tarraxo e reggaeton com r&b e outras músicas urbanas. Seiji, Dotorado Pro e Toty Sa’Med são os seus produtores.

Coreto. Qui 00.45

St. Vincent

Anne Clark, a mulher que conhecemos como St. Vincent, já vestiu muitas peles. Tocou com os Polyphonic Spree e com a banda de Sufjan Stevens, moveu-se entre o indie rock, a pop de câmara e a electropop. No último disco, Daddy’s Home (2021), continua a reinventar-se, inspirada pela Nova Iorque dos 70s e influenciada pelo soft rock, a soul e o psicadelismo.

Palco Heineken. Sex 21.50

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Metallica

Nunca houve – e dificilmente voltará a haver – uma banda de metal (e muito menos de thrash) tão popular como os Metallica. Não lançam um álbum desde Hardwired... to Self-Destruct, de 2016, que pode não fazer sequer parte do alinhamento, mas não faz mal. Foi para ouvir os temas do álbum homónimo de 1991 e os clássicos da década de 80 que as pessoas esgotaram os bilhetes para o terceiro dia do festival, e esses não vão faltar.

Palco NOS. Sex 23.00

Da Weasel

É o concerto mais aguardado desta edição do NOS Alive. E um dos mais esperados do ano. Muita gente estava a contar os dias para ele desde que foi anunciado, há quase três anos. Ou, nalguns casos, desde que a popular banda de hip-hop portuguesa (a roçar o nu-metal, nalguns momentos da sua discografia) se separou, em 2010. Amor, Escárnio e Maldizer, o último disco de originais, saiu há 15 anos. E não se sabe se este encontro é um episódio isolado, ou o início de algo maior.

Palco NOS. Sáb 21.00

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Phoebe Bridgers

É uma das melhores escritoras de canções saídas dos Estados Unidos em muitos anos. Seja a solo, ao lado de Julien Baker e Lucy Dacus nos boygenius, ou acompanhada por Conor Oberst (cuja influência atravessa a sua música) nos Better Oblivion Community Center, é autora de canções pessoais e devastadoras, enformadas pela folk, o emo e o indie rock. Não grava um álbum inteiro desde Punisher, de 2020, o segundo em nome próprio, mas tem estado a escrever e a lançar online novas canções.

Palco Heineken. Sáb 21.50

Mais música

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A autorreferência é um mecanismo relativamente banal na arte. Por exemplo, poemas que se queixam de como as palavras não lhes bastam para dizerem tudo o que precisam dizer, é mato. Nos textos cantados é especialmente frequente encontrar esse tipo de truque estilístico, em particular em canções que se põem a falar sobre canções de amor para, de forma mais ou menos discreta, fingirem que não são elas próprias canções de amor, bajoujas e piegas como todas as canções de amor devem ser.

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A história da música popular está recheada de versões de canções que já tinham alcançado sucesso noutra vida. Genericamente, é disso que falamos quando falamos em covers. Mas a coisa torna-se bem mais surpreendente quando o factor sucesso sai da equação – ou, melhor ainda, quando ele está virado ao contrário e descobrimos versões que triunfaram sobre originais obscuros. A lista que se segue reúne uma dúzia de covers que eclipsaram por completo as versões primitivas, mesmo em casos onde elas tinham gozado já de relativo êxito. Mas foram estas interpretações que se impuseram na memória colectiva, a ponto de a maioria de nós as tomar hoje por originais.

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No tempo em que não havia Internet e a globalização ainda se fazia ouvir com delay, era comum uma canção fazer sucesso numa língua, sem que a maioria do público alguma vez percebesse que estava a trautear uma toada estrangeira. O caso mais frequente, como se adivinha, é o de uma canção que se celebriza em inglês apesar de ter sido composta em italiano, francês ou outra língua que não gruda bem nos ouvidos americanos. Mas não só. Por exemplo, “Les Champs Élysées”, que foi popularizada por Joe Dassin, fez o percurso contrário.

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