“All Is Full of Love”, de Björk
Ano: 1999
Realizador: Chris Cunningham
Álbum: Homogenic
O amor pode surgir quando menos se espera e de onde menos se espera, avisa-nos esta canção do terceiro álbum de Björk, surgido em 1997. É também uma canção sobre o renascimento da vida na Primavera, algo que está profundamente entranhado na mitologia e no imaginário dos islandeses e de outros povos nórdicos (e que aqui, neste cantinho soalheiro do mundo, poderá não ser devidamente valorizado).
O videoclip concebido dois anos depois pelo artista vídeo Chris Cunningham – que antes já realizara videoclips para os Aphex Twin – leva o conceito da omnipresença do amor mais longe do que estaríamos preparados para conceber, dando-nos a ver o amor robótico. E com tamanha sensibilidade e sofisticação o faz que não nos parece menos admirável do que o amor humano – foi com justiça que o videoclip foi premiado pelos Brit Awards 2000.
A versão de “All Is Full of Love” utilizada no videoclip é a primeira versão gravada por Björk, não a que surge no alinhamento de Homogenic, que é uma remix realizada por Howie B. e que suprime o groove trip hop. A recuperação da versão original para o videoclip sugere que Björk se terá arrependido de tal decisão – e com efeito, a versão original é bem mais encantatória.