1. Mário Laginha
O longo curriculum de Mário Laginha (n. 1960) inclui uma prolífica e variada parceria com Maria João (em duo, em quarteto, com orquestra sinfónica...), o trio com Bernardo Moreira e Alexandre Frazão, o Novo Trio, com Moreira e a guitarra portuguesa de Miguel Amaral, várias colaborações com o saxofonista britânico Julian Argüelles (cujo fruto mais recente é o CD Setembro, de 2017) e o piano solo, que pode ser ouvido em Canções & Fugas, de 2006.
Laginha está pouco preocupado com ideais de pureza, pelo que é frequente encontrá-lo na terra-de-ninguém, como acontece em Mongrel, disco que reexamina o legado de Chopin por um prisma jazzístico, ou com o seu duo com Pedro Burmester (em tempos alargado a trio pela parceria com Bernardo Sassetti), ou nas suas composições para formações orquestrais “clássicas” (uma produção que inclui um concerto para piano e outro para clarinete).
[A Valsa op.34 n.º 2, de Chopin, ganha um travo jazzístico e uma melancolia de bossa nova na versão do Mário Laginha Trio, com Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria), ao vivo no Hot Clube, Lisboa, 23.12.17]