“Se il Cor Guerriero”, de Tito Manlio
Estreia: Teatro Arquiducal, Mântua, 1719
Libreto: Matteo Noris
Personagem: Tito Manlio, cônsul romano
O libreto inspira-se nos conflitos entre romanos e latinos nos primórdios da República Romana, antes de esta ter conquistado a hegemonia na Península Itálica, e adiciona-lhe uma enredada intriga amorosa com amores cruzados, entre gente que está em lados opostos do campo de batalha. O cônsul romano Tito Mânlio Torquato (Titus Manlius Torquatus), que foi chamado a chefiar os destinos de Roma, confia o comando das tropas ao seu filho Manlio com a ária “Se il Cor Guerriero”, em que o adverte para não se deixar levar pelas emoções e conduzir o combate de cabeça fria: “Se o coração guerreiro/ Te incita ao combate/ Pensa na lei/ E no teu dever// Evita a prova/ Da batalha/ E não te deixes seduzir/ Pelo vão prazer”.
A recomendação cairá em saco roto, o que terá funestas consequências para Manlio.
[Por Sergio Foresti (barítono) e o ensemble Modo Antiquo, em instrumentos de época, dirigido por Federico Maria Sardelli (Naïve/Opus 111)]