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Seis cervejas artesanais portuguesas que tem de provar

Há cada vez mais e melhor cerveja artesanal portuguesa. E não se vai arrepender de beber esta meia dúzia

Luís Filipe Rodrigues
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Abra horizontes, abandone o conforto refrigerante das marcas com que cresceu e aventure-se pelo mundo da cerveja artesanal. Sem medos. Afinal, há cada vez mais e melhores cervejas em Portugal, bem como sítios onde bebê-las (em Lisboa e não só) – ou de onde encomendá-las.

Escolhemos meia dúzia de garrafas, de diferentes cervejeiras portuguesas, que não se vai arrepender de beber. Há desde referências alfacinhas, como a já clássica Urraca Vendaval da Oitava Colina, a cervejas com pronúncia do norte, como uma Imperial Stout da Lupum, passando pelo centro do país, onde mora a Luzia. Ordenadas por teor alcoólico, para saber com o que contar.

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Seis cervejas artesanais portuguesas que tem de provar

1. Luzia In The Sky (Musa, Luzia)

Berliner Weisse. 4,5%

O leitão e o espumante não são as únicas coisas que a Mealhada tem para nos oferecer. A Luzia é de lá e anda a fazer boas cervejas há vários anos. Esta é a mais recente, produzida em colaboração com a Musa (o trocadilho melómano no nome não engana). Eles chamam-lhe tangerine ale, mas é um berliner weisse frutada, ácida e leve, fácil de beber e com a tangerina muito destacada. Perfeita para o Verão.

2. Wild Wilde Oeste

Sour Ale. 4,7%

Mais uma sour, feita por quem percebe do assunto. Neste caso, feita com leveduras saccharomyces, lactobacillus e brettanomyces, infusão de pêra-rocha, e envelhecimento em barricas de vinho alentejano. Uma cerveja pálida, com um sabor ácido e floral e a pêra-rocha muito presente. Já não é fácil encontrá-la à venda, mas ainda há umas quantas garrafas espalhadas por bares e lojas online. Podendo, é beber.

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3. Urraca Vendaval (8ª Colina)

India Pale Ale. 6%

Não é uma IPA turva e sumarenta, como é moda. É antes uma IPA americana à antiga, e ainda hoje a melhor de Portugal nesse campeonato. De cor alaranjada e espuma marfim, com notas de pinho, frutos cítricos e tropicais no aroma, que se repetem na boca, juntamente com algum caramelo. O amargor é considerável (sem ser muito excessivo), como se espera de uma cerveja com estas características.

4. Polite Society (Dois Corvos)

Brett Saison. 7,3%

A Polite Society, realmente, é uma saison. Mas, também realmente, é mais e melhor do que uma saison. Feita com quatro cereais (aveia, espelta e trigo, além da cevada maltada), fermentada com brettanomyces e envelhecida em barricas de Moscatel, é uma poção mágica. Cheira a cavalariças e madeira, com o Moscatel em segundo plano, e tem um sabor azedo e complexo, com notas de madeira, especiarias e limão.

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5. Eisbock (Vandoma)

Eisbock. 12,5%

Ninguém em Portugal faz tão boas cervejas de inspiração alemã como a Vandoma. Esta Eisbock é o melhor exemplo disso. Uma eisbock encorpada, forte e ligeiramente viscosa, com 12,5% de álcool. O corpo é negro, a espuma castanha, o aroma tostado e o sabor riquíssimo, com notas de chocolate, caramelo e passas. Impecável.

6. Imperial Stout – Dark Maple & Pecan (Lupum)

Imperial Stout. 14%

Há boas imperial stouts em Portugal, mas nenhumas são tão boas como as da Lupum. Das que hoje se encontram à venda, esta é a melhor. Apesar de não ser tão perfeitinha como a primeira e saudosa imperial stout com maple syrup da cervejeira, continua a ser uma bomba. O corpo é negro e opaco, a espuma é castanha, e o aroma e o sabor são deliciosos e decadentes; um misto de chocolate negro com xarope de ácer e nozes pecan.

Barriga de cerveja

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