Alexandre Silva
37 anos. Loco, Time Out Market
O que já fez?
Abri o Bocca e fechei, depois fiz o Top Chef [programa da RTP1 do qual foi vencedor], depois saí de Lisboa [esteve no Alentejo Marmoris Hotel, em Vila Viçosa], depois voltei para a Bica do Sapato. E depois lembrei-me ‘se faço para os outros, porque não fazer para mim?’. Então abri, a convite da Time Out, o restaurante no Mercado da Ribeira, e o Loco.
O que faz?
Estou no Loco e agora tenho I+D - Inovação e Desenvolvimento [um laboratório de testes]. Era um projecto que já estava agregado ao Loco quando o restaurante foi pensado e se não fosse aqui era para ser noutro sítio qualquer. Tivemos a sorte de este espaço ficar vago. No início deste ano começámos as obras e abrimos há quatro meses uma cozinha de testes. O Loco sem aquele espaço não consegue evoluir. O restaurante é muito pequeno e para podermos evoluir temos de ter um sítio onde só se pense o Loco. Temos de estar preocupados com o serviço e não com a parte criativa. Essa parte tem de ser outra equipa.
O que vai fazer?
Gostava de, no próximo ano, ter um novo espaço, um novo conceito, com aquilo que eu acredito ser o futuro da gastronomia (...). Que é o restaurante perfeito, onde irias almoçar e jantar todos os dias se fosse possível. É isso que eu quero fazer.
O que acha que deu a Lisboa?
Acho que com a abertura do Loco fiz com que outros jovens cozinheiros não tivessem medo de arriscar. Se eu consigo sem investidores, outros também conseguem. Acho que trouxe essa coragem, essa vontade de querer fazer. O que é certo é que viemos dar uma pedrada no charco, um ‘não tenhas medo de fazer aquilo em que acreditas’.
O que gostava de estar a comer agora?
Um prato russo, porque vim da Rússia há pouco [eram 17.00 e o chef tinha acabado de aterrar] e não consegui experimentar a gastronomia. Foi só trabalhar, trabalhar, trabalhar. E os dois restaurantes a que fui eram de cozinha italiana.
Onde gosta de ir quando está de folga?
Tento ir a restaurantes de colegas meus. Não vou dizer o meu preferido, mas tenho um preferido, claro que tenho.