Não se deixe enganar pela montra – os salames que estão presos na loja da Lx Factory não são salgados, são bem doces. A Salamaria abriu no Verão de 2019, pelas mãos de Pedro Mouzinho e Pedro Barros e a seguir juntou-se Carolina Henke, que trouxe a sua experiência com a Brigadeirando para o negócio. É uma “charcutaria doce”, explicam, que parte do tradicional salame, feito com bolacha Maria e chocolate belga Callebaut, e cria outros sabores, como o de figo ou vinho do Porto, com recheio de doce de ovos, de coco e lima, de goiabada e até de red velvet. Consoante a época, vão criando uns sabores especiais. Desde 2020 tem também uma loja online.
A origem do salame de chocolate é polémica – há quem diga que foi na nossa capital, mas os italianos reclamam a invenção. A verdade é que crescemos a ver fatias deste doce em pastelarias e snack-bars e é raro quem não o punha na mesa dos doces das festas de anos, especialmente dos miúdos. Também serão muitos os que já arregaçaram as mangas e experimentaram fazer, até porque é dos doces mais simples e rápidos de confeccionar, sem sequer precisar de forno. Precisa apenas, na versão clássica, de bolacha Maria, manteiga, açúcar, chocolate em pó e um ovo batido. É enrolado em formato cilíndrico e aparenta ser um salame de carne, devendo depois ser fatiado. Em Itália acrescentam-lhe frutos secos e no Brasil há uma versão chamada palha italiana. Num artigo do jornal Público, é referido que a primeira receita terá surgido na extinta revista de culinária Banquete, em 1962, com o nome de paio de chocolate. Na versão mais clássica ou com novos ingredientes para renovar o paladar, eis cinco marcas, umas que se dedicam em exclusivo ao doce, outras que são especialistas em sobremesas e não falham essa tradição.
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