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As melhores escapadinhas para o fim-de-semana de Carnaval

Começou a contagem decrescente para a data mais amada/odiada do ano. De Torres ao Funchal, traçamos-lhe um roteiro pelas melhores festas de Carnaval do país e dos hotéis para onde vai querer fugir da folia

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Ou se ama ou se odeia. Não há cá meio termo para o Carnaval. Ou se vai para o meio da festa
ou se foge para bem longe. Este ano calha a 5 de Março e se não houver nada em contrário, espera- se muita cor, barulho, brilho e alegria um pouco por todo o lado. Um inquérito rápido à família e amigos elegeu unanimemente
as melhores festas do país, aquelas que juntam samba com matrafonas, carros alegóricos com música pimba, desfiles dançados, enfim... No Carnaval cabe quase tudo desde que seja feito com vontade e entusiasmo. Vai ficar em casa?

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Ovar

Em Ovar o Carnaval é uma espécie de Queimas das Fitas em ácidos. Muito além dos tradicionais desfiles de máscaras, dos cortejos sénior e infantil, é no Espaço Folião que a festa verdadeiramente acontece. Espectáculos de Samba, Pagode, Axê, Dj Sets até de madrugada, Nelson Freitas e Quim Barreiros são algumas das propostas musicais que animam a semana mais louca da cidade. O rei do Carnaval já foi apresentado a 16 de Fevereiro e promete voltar no dia 1 de Março aquando da abertura oficial das festas e depois outra vez durante os Grandes Corsos Carnavalescos de 3 e 5 de Março, aos quais se juntam na Avenida Sá Carneiro dois mil figurantes, 14 grupos de foliões e respectivos carros alegóricos. Embora haja muita coisa a acontecer na rua, este é um Carnaval organizado e mais ou menos à porta fechada, o que implica a compra de bilhetes para cada uma das actividades do programa. O desfile nocturno das escolas de Samba e o baile de máscaras ficam por 5€; um lugar de bancada para o Grande Corso de domingo por 13€ e a pulseira de acesso livre ao Espaço Folião por 10€.

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Funchal

Pensar no Carnaval da Madeira é ter imediatamente na cabeça a imagem de Alberto João Jardim de fraque de lantejoulas púrpuras e verdes a tocar tambor no meio da multidão. O antigo presidente do governo regional da Madeira já não preside às festas mas a festa continua com a euforia do costume. Ele é carros alegóricos, escolas de samba, porta-bandeiras, arruadas, bailes de máscaras e actividades tradicionais que recriam os antigos assaltos em que grupos de mascarados entravam pela casa dos amigos à espera de comida e bebida para dar início à noite. No fundo é uma espécie de Páscoa na aldeia sem a vertente religiosa. A 5 de Março, dia de Carnaval, o cortejo tem um carácter universal e está aberto a quem se quiser juntar desde que devidamente vestido a rigor. Na escolha do disfarce vale tudo, o importante é participar. Por ser tipicamente uma festa de rua, as actividades relacionadas com o Carnaval do Funchal são de acesso gratuito. Começam oficialmente dia 1 de Março e prolongam-se até ao fogo de artifício de encerramento no dia 10.

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  • Grande Lisboa

À excepção do clima radicalmente diferente, o Carnaval de Torres (Vedras) não fica nada atrás do do país irmão em qualidade ou empenho. Tal é que mesmo sendo uma efeméride com data marcada no calendário, em Torres o Carnaval acontece quando tem de ser e este ano decidiu-se que seria a 9 de Fevereiro com a inauguração de uma estátua em homenagem... ora adivinhe!... isso mesmo, ao Carnaval. Festa rija só mesmo a partir de 1 de Março, dia dos primeiros desfiles e bailes de máscaras, da entronização dos reis e do primeiro bailarico. Depois a partir daí e até dia 6 o disco vai girando e tocando mais ou menos o mesmo – com o hino oficial, o Samba da Matrafona, em loop infinito. A parte boa da festa acontece na rua mas para ter acesso ao recinto dos corsos o bilhete geral fica por 12€ e o passe diário por 6€.

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  • Grande Lisboa

Sesimbra

O Carnaval de Sesimbra está para Portugal como a Marquês de Sapucaí para o Brasil. Desde Janeiro que as escolas de samba e axê andam na rua a acertar os passos para o grande dia, o que faz com que seja perfeitamente normal a pessoa ir na sua vida de todos os dias e dar de cara com meia dúzia de bailarinas com penas na cabeça bamboleando- -se a um ritmo frenético e alheias aquempassa. É só no dia 5 de Março que tomam conta da Avenida 25 de Abril mas até lá tem de estar tudo bem ensaiado e o material bem testado. O Carnaval em Sesimbra é sagrado e quem não fizer parte do grupo de foliões que troca o disfarce todos os dias (nem que seja só para ir ao café) está fora do jogo. Então e se chover? Não muda nada. O frio é um estado de espírito e não há memória de alguma vez ter impedido uma festa de acontecer. A diferença é que em Sesimbra, faça chuva ou faça sol, as ruas enchem-se de gente, muita vinda de fora, a dizer adeus, a mandar beijinhos e a tentar segurar os miúdos para não os perder entre os ursos e as Elsas e os piratas, e é bonito de ver. Mas para perceber o espírito terá de se juntar à festa e partilhar da euforia geral, condição que apenas exige que se divirta como se não houvesse amanhã, até de manhã e durante uma semana seguida. Parece fácil. Não é. Mas vale a pena tentar.

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Odeia o Carnaval?

Calma. Se para si o Carnaval só funciona lá longe a uma distância de segurança que garante a ausência de balões, confétis, serpentinas e foliões, a nossa sugestão é que se afaste o mais possível das cidades costeiras e que fuja para o interior do país. E já que é para ser, suba até à Serra da Estrela e dirija-se à Casa das Penhas Douradas Hotel Design & Spa. A 1200 metros de altitude é pouco provável que tenha de se cruzar com a euforia do Entrudo, mais não seja porque a neve não oferece grandes condições para festas ao ar livre. Aproveite a piscina interior panorâmica, as mantas de burel queaquecemassalaseosquartos,o lanchinho que todos os dias é servido na sala de jantar e a lareira que se acende ao fim do dia para acompanhar um copo de vinho ou um gin. Para jantar não tem de se mexer, basta dirigir-se à recepção, consultar a ementa do dia e escolher uma das modalidades de menu de autor desenhadas pelo chef Luís Baena.

 

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Diz-se escapadinha de uma viagem de curta duração, normalmente assente nos alicerces de uma ponte de feriado ou construída sobre uns dias subtraídos às férias grandes – mas  não negamos que também podem ser as férias uma grande escapadinha. O que interessa aqui é que passámos em revista o último ano e escolhemos as melhores novidades de hotéis, turismos rurais e guesthouses de norte a sul do país, ilhas incluídas. Deixamos-lhe assim uma sugestão de 19 novos turismos que valem a viagem. Já escolheu a sua escapadinha de Lisboa? Agora faça o favor de ir dar uma volta e diga que vai daqui. 

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Seis escapadinhas no interior de Portugal
Seis escapadinhas no interior de Portugal

Aproveite que está toda a gente a caminho da praia para fazer o percurso no sentido contrário: viajar para o interior. Passeios pelas serras, trilhos para seguir (ou por descobrir), doses individuais servidas para saciar uma família de quatro pessoas e até praias fluviais para quem não consegue viver sem água, há de tudo na faixa do território nacional que mais se encosta a Espanha.  Sugerimos seis escapadinhas que passam por Viseu, Travancinha, Portalegre, Vouzela, Sabugueiro e Elvas, entre turismos rurais, hotéis de charme, pousadas seculares ou casas no meio do nada.  

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  • Coisas para fazer

É sobretudo na planície dourada (mais seca e quente), mas também nos declives das serras (mais húmidos) que crescem as vinhas alentejanas — e cada terroir garante um sabor distinto aos vinhos. Em Portalegre, por exemplo, as vinhas estão plantadas nas encostas graníticas da Serra de São Mamede, criando uma espécie de microclima que torna as temperaturas mais baixas que o habitual. Dividida em oito principais sub-regiões vinícolas — Borba, Évora, Moura, Redondo, Granja/Amareleja, Portalegre, Reguengos e Vidigueira — a vinicultura no Alentejo esteve até tarde em segundo plano, por causa da produção de cereais, tendo apenas começado a desenvolver-se nos anos 50 do século passado. Com a região a ser demarcada em 1988, o Alentejo tornou-se numa das zonas mais ricas e interessantes em enoturismo. Conheça as nossas sugestões de enoturismo no Alentejo.

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