Quinta da Chocapalha
Fabrice DemoulinQuinta da Chocapalha
Fabrice Demoulin

Conheça os vinhos da Quinta da Chocapalha

A família Tavares da Silva trocou Oeiras por Alenquer e brindou-nos com a Quinta da Chocapalha. Guarita é o seu mais recente vinho

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30 anos mantiveram o pai, Paulo Tavares da Silva, no mar, enquanto oficial da Marinha. Quando decidiu ir para terra trocou Oeiras pela Aldeia Galega da Merceana, em Alenquer, onde provou e experimentou muito, até decidir o que plantar na Quinta da Chocapalha. É ele quem vai tratando da produção (da vindima e da poda). A filha Sandra e o enólogo Miguel Cavaco trabalham na adega. A mãe, Alice,  toma conta do enoturismo com ajuda de Zé Maria, ao passo que Andrea, a filha mais velha a quem chamam Becas, “bate umas bolas”, como a própria brinca, e trata da parte financeira e do marketing – há uma terceira filha, Sofia, que não está ligada aos vinhos.

“É um projecto que sai muito do coração”, diz Andrea enquanto apresenta os vinhos da Chocapalha, entre os quais o mais recente, o Guarita, 100% Alicante Bouschet, pensado durante muitos anos e do qual fizeram 1000 garrafas. “A quinta foi construída por um escocês que veio ajudar Portugal a defender-se das invasões francesas.

A casa tem uma muralha ao redor e uma guarita construída no século XVII”, explica Sandra a propósito do nome escolhido. Mas a guarita não é o único símbolo da quinta. ”O pai é o guardião deste lugar”, acrescenta a filha. “Só o temos desta forma graças ao amor, dedicação e teimosia dele, que vai todos os dias para o campo, quer faça chuva, quer faça sol. Queremos que os vinhos transpareçam esse amor pela vinha”. A família tem a quinta há 31 anos – na altura, Paulo e Alice mudaram-se de saco-cama – e começou a fazer vinho em 2000, por desafio de Sandra.

Nesse ano fizeram 15 mil garrafas e cresceram tanto que tiveram de alargar a adega em 2013. A ideia foi incorporá-la no terreno e para isso tiraram terra, criaram uma estrutura em betão e voltaram a colocar terra por cima. Por estar bem integrada tem uma grande estabilidade térmica. Desde 2008 que o foco está no Arinto, mas também têm outras castas nacionais, como o Verdelho, o Viosinho, o Touriga-Nacional e o Roriz, espalhados por 45 hectares de terra.

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A quinta, que fica a pouco mais de meia hora de Lisboa, integra a Lisbon Family Vineyards juntamente com a Quinta de Sant’Ana e Quinta do Monte d’Oiro, um projecto comum de valorização dos vinhos da região de Lisboa, e organiza visitas à adega, às vinhas e provas de vinho, a partir dos 36€, por marcação (através do site www.chocapalha.pt/enoturismo).

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É sobretudo na planície dourada (mais seca e quente), mas também nos declives das serras (mais húmidos) que crescem as vinhas alentejanas — e cada terroir garante um sabor distinto aos vinhos. Em Portalegre, por exemplo, as vinhas estão plantadas nas encostas graníticas da Serra de São Mamede, criando uma espécie de microclima que torna as temperaturas mais baixas que o habitual.

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Com uma área demarcada que se estende de Colares à Lourinhã, a região de Lisboa produz os mais variados vinhos, fruto dos diferentes tipos de clima, solos e castas. Fortemente influenciada pelo Atlântico, esta zona que se estende por 40 quilómetros foi delineada em 1993 como Extremadura, ganhando, mais tarde, o nome de Vinho Regional de Lisboa e é actualmente formada por nove denominações de origem.

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