No Três Marias o staff parece transparente. Aparece para dar o bom dia e avisar que o bolo do pequeno-almoço (sempre delicioso) está quase a sair, aparece à hora do jantar, a servir refeições alentejanas a quem escolhe jantar por ali, e aparece na despedida, na infeliz hora de fazer o check-out, a desejar um “até breve”. Tudo o que precisar de bebidas, como água, sumos, cafés ou copos de vinho, funciona no regime honesty bar, isto é, tudo o que consumir deve ser anotado numa folha ao lado do bar e é descontado na conta final.
A zona comum podia ser a sala de uma casa. Forrada a sofás cómodos, prateleiras cheias de livros e revistas estrangeiras, com uma zona para jogos de tabuleiro (também os há), é aqui que vai querer estar de manhã a encher-se da luz que entra das janelas ou ao fim da tarde, depois de um dia de passeios ou de praia. Já a sala de refeições fica numa espécie de telheiro, virado para o campo e uma zona onde vários animais se costumam encontrar para comer. Bichos comuns como burros e ovelhas, ou mais raros como avestruzes [a ligação de Baltasar ao negócio das avestruzes, e respectivos ovos, razão pela qual está aqui, ficará para outras núpcias]. É aqui que é servido o pequeno-almoço, uma completa mesa de queijos, carnes frias, ovos mexidos, frutas, compotas caseiras e bom pão, sempre a ser reposta ao longo da manhã.