1. Os imperdíveis da vila
É a mais curta, com cerca de 2 km, e oferece uma viagem rápida mas intensa pela história de Sintra. Tem o inconveniente de passar por todo o santo ponto turístico da vila e, por isso, talvez não seja o ideal para quem procura paz e sossego. Ainda assim, é uma boa desculpa para dar um saltinho à Piriquita e trazer uma dúzia de queijadas para o lanche. Mas adiante. O percurso tem início no largo Rainha D. Amélia, junto ao Palácio Nacional de Sintra (que pode aproveitar para revisitar) e segue, depois, em direcção ao Castelo dos Mouros. O caminho é a subir mas quando chegar lá ao ponto mais alto do maciço rochoso e receber a primeira golfada de ar puro, vai perceber que valeu a pena o esforço. Do cimo das muralhas consegue-se uma panorâmica desafogada da vila, do verde que a envolve, e do mar. Depois de uma pequena pausa para recuperar o fôlego, são só mais 20 minutos de percurso pela floresta que abraça a Estrada da Pena e chegará ao destino: o Palácio da Pena, o mais notável exemplar da arquitectura do Romantismo no século XIX e, vá, um dos sítios mais instagramáveis do distrito de Lisboa. Pode ser que tenha sorte e que o nevoeiro tenha dado tréguas, caso contrário esqueça lá as fotos.
Pelo caminho, e prestando contas ao nome desta rota, há uma visita à Igreja de Santa Maria, um edifício discreto, singelo até, eleito Monumento Nacional, que conta a história da conquista de Sintra por Afonso I. Foi mandada erguer no século XIV mas a construção só ficou concluída cerca de duzentos anos mais tarde – obras de Santa Engrácia, está a ver? –, tendo sido praticamente refeita depois de sofrer o abalo do terramoto de 1755.
O trilho faz-se, sobretudo, por caminhos pavimentados e de piso regular, com algumas inclinações abruptas, mas nada que não se faça. É para todas as idades e para todos os níveis, mesmo os de sedentarismo grave.