Griffehairstyle
© Francisco Nogueira
© Francisco Nogueira

Cortar ou pintar? Decida-se e tome nota dos melhores cabeleireiros em Lisboa

Antes de tomar aquela decisão radical, que desde já apoiamos, espreite a nossa lista. São quase 20 e representam a nata dos cabeleireiros lisboetas.

Mauro Gonçalves
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Preparado para se livrar de vários centímetros de cabelo? É hoje que faz aquela madeixa azul ou aquele pente zero? Mesmo que tenha respondido não às questões anteriores, recomendamos alguns dos melhores cabeleireiros em Lisboa para que se possa entregar aos cuidados de quem percebe do assunto. Sabemos que o roteiro de beleza é bem mais vasto – inclui barbearias cheias de pinta, os sítios da moda para fazer as unhas ou até os tatuadores que estão a dar cartas em Lisboa – mas encontrar um bom cabeleireiro continua a ser uma aventura. Fizemos uma lista com quase 20 sugestões – há nomes de referência na cidade (dos mestres do corte aos ases da cor), espaços dignos de Instagram, catálogos com produtos naturais e orgânicos e conceitos originais.

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Os melhores cabeleireiros em Lisboa

  • Saúde e beleza
  • Cabeleireiros
  • São Sebastião

Visto de fora, pode parecer só mais um salão nas Avenidas Novas. Lá dentro, há uma espécie de santuário dos rituais de beleza. Mas antes de lá chegarmos, há que fazer a clientela sentir-se em casa – nada que um bom sofá à entrada, um café acabado de tirar e, com sorte, uma bandeja de pão de queijo não resolva em três tempos. O Artz abriu em Junho de 2020, quando o nível de incerteza em relação ao futuro era alto o suficiente para fazer recuar esta empreendedora e o seu sócio, Luís Zamban, esse sim, cabeleireiro de profissão e actual director criativo do espaço. E espaço é o que não falta, dos recantos para um atendimento mais recatado à zona de manicure e pedicure, passando pelos gabinetes de estética e depilação e até por um photo booth com um baloiço, a piscar o olho às redes sociais (isso e os light rings de serviço).

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  • Bairro Alto

A história do Facto confunde-se com a de Antony Millard, o seu director criativo e actual proprietário. O conceito deste cabeleireiro estreou-se em Lisboa no espaço de um antigo talho, na Rua da Rosa (corria o ano de 1999), saltando depois para a Rua do Norte. Chegou a fazer escala em Santa Apolónia, salão que já não existe, para se tornar hoje numa verdadeira instituição do Bairro Alto. Entretanto, há um novo salão a pentear uma outra zona da cidade – o Facto também está no Saldanha, no número 16D da Avenida 5 de Outubro.

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  • Saúde e beleza
  • Cabeleireiros
  • Cais do Sodré

Ao fim de quase 20 anos a manusear tesouras e secadores, Hugo Offerman aventurou-se num espaço próprio. Foi no Verão de 2021 que este profissional experiente abriu portas ao Ferragial, um sério candidato a salão mais bonito de Lisboa. O interior, em forma de túnel, assume paredes e tecto em estado bruto, mas não sem adocicar devidamente o ambiente com mobiliário cor-de-rosa, a cor favorita de Hugo, apontamentos verde menta e uma legião de plantas colocadas no centro do salão. Sem que o género seja um critério, a tabela de preços trata homens e mulheres por igual.

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  • Cabeleireiros
  • Bairro Alto

Esqueçamos o típico salão caótico, repleto de estímulos visuais e musicado por secadores e conversas de fundo. Aqui, o branco predomina, num espaço pensado para ser amplo, limpo e minimal. Os detalhes industriais – o tecto em cimento e os candeeiros metálicos – dão-lhe ares de modernidade, o lustre sobre a recepção dá o toque boémio que faltava ao Fiero. É atrás do balcão que encontramos Flávio Passos e Micael Dourado, dois mestres da cor, que também dominam a arte do corte. Desde Dezembro que os clientes de há anos vêm aqui – são mulheres, na maioria, embora Flávio tenha mais clientes homens. Do trabalho quase científico de uma balayage ou de um efeito sunkissed aos igualmente exigentes desafios de cor, que envolvem rosas e amarelos, o Fiero é uma espécie de atelier de pintura, onde também começam a chegar algumas figuras públicas, entre elas Gisela João, Joana Gama, Sérgio Praia ou Cláudia Pascoal.

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  • Saúde e beleza
  • Cabeleireiros
  • Bairro Alto

Ao fim de muitos anos na Rua das Flores, a Griffehairstyle disse adeus à velha morada para ganhar nova casa na Rua da Atalaia, onde Helena Vaz Pereira continua a liderar a equipa como ninguém. Este é um novo capítulo na história deste salão, que abriu a sua primeira vez em 1993 no Saldanha – mas é um capítulo que perpetua a fama (e o proveito) que a Griffehairstyle continua a ter sempre de tesouras e secadores em punho. De actrizes a modelos, de bloggers a músicos, o toque da Griffe alastra-se por todo o lado, e se adora namorar o corte de cabelo alheio, vai certamente tirar daqui muitas ideias. 

  • Saúde e beleza
  • Chiado

Joana e Alexandre criaram o Hair Fusion em 2013, com aquele toque urbano e aspecto industrial. E vendo bem, um espaço dedicado ao hair styling em muito se associa a uma sofisticada fábrica de penteados, com cortes e cores à medida da fauna que se passeia pelo fabuloso Chiado. Por aqui aposta-se no conceito shabby chic, assim qualquer coisa como um chique falsamente gasto e desleixado, porque nada é deixado ao acaso.

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  • Saúde e beleza
  • Cabeleireiros
  • Avenida da Liberdade

Não há montra para a rua nem nada que anuncie o que está para lá do número 31 da Rua Rodrigues Sampaio, a dois passos da Avenida da Liberdade. Mas quem lá vai sabe ao que vai e a discrição é propositada. É João Gaspar o hair stylist que agora ocupa o antigo espaço do cabeleireiro Miguel Viana em Lisboa. Além da recepção, desvendam-se três salas: uma para o corte e styling, outra dedicada à coloração e ainda uma sala de tratamento – divisões para percorrer sozinho, já que aqui só há espaço para um cliente de cada vez.

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  • Chiado/Cais do Sodré

Ricardo e Peter dão a cara pelo Kooa Hair, que abriu de fininho pouco antes da quarentena, e regressou em força para mudar o visual de muito boa gente. O salão fica em São Bento e, apesar de não ser muito grande, o minimalismo do espaço faz parecer tudo mais amplo e luminoso. No Kooa, orgulham-se de apostar cada vez mais num estilo de vida sustentável usando maioritariamente marcas naturais como a Organic Way (OWAY), aprovada pela PETA. Mas se há coisa em que estes dois são especialistas  além do corte e styling, claro – é na coloração, e não dizem que não a um bom desafio. Um arco-íris na cabeça? É para já. Cabelo azul céu? Sim, senhora. É só ter vontade de mudar, a dupla trata do resto. 

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  • Chiado
  • preço 2 de 4

Este cabeleireiro do Chiado é uma espécie de manifesto anti-salão convencional. Pelo menos, foi sempre esse o tipo de espaço que Mathieu Dubet quis evitar. Depois de passar por alguns dos cabeleireiros mais concorridos de Lisboa, entre eles o Facto (ainda em Santa Apolónia) e o &SoWhat (no Chiado), decidiu lançar-se sozinho. Clientes não faltam e entram onde for preciso para entregarem as suas cabeleiras, umas mais fartas do que outras, nas mãos do jovem mestre coiffeur. Felizmente, entrar no Lisbaeta não é sacrifício nenhum, conheçam-se ou não as habilidades do dono da casa.

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  • Chiado

A disposição do Lodge Hair Lab é a de um pequeno apartamento – um pequeno hall, três salas para tender clientes, um color bar e uma pequena sala de espera. Cortar, pentear e pintar – faz-se de tudo neste salão e com uma atenção especial aos detalhes, nomeadamente à decoração. Os achados vintage espreitam aqui e ali – uma velha cómoda de madeira convertida em color bar, um candeeiro em vidro sobre o balcão da recepção, também ele recuperado, e um carrinho de chá, apoio indispensável para acondicionar o material. O espaço é de David Simão, que nos últimos 18 anos, passou por alguns salões da Baixa, trabalhou em cinema e publicidade e entrou nos bastidores da ModaLisboa e do Portugal Fashion, colaborações esporádicas que mantém até hoje.

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  • Coisas para fazer
  • Grande Lisboa
Lúcia Piloto Avenida – Luxury Concept Store
Lúcia Piloto Avenida – Luxury Concept Store

Cabeleireiro, color bar, spa, maquilhagem, pedicure, manicure e um salão para os senhores: está tudo concentrado em dois pisos na Avenida da Liberdade. Desligar-se do mundo exterior e viver uma experiência de luxo é a bandeira da Lúcia Piloto Avenida – Luxury Concept Store. O nome é extenso, mas o conceito é simples. Sob o mote disconnect to connect, o espaço convida a deixar o stress e a agitação citadina fora da porta 25 da Rua Rosa Araújo. Aqui a tecnologia dá as mãos à natureza para criar uma nova experiência de bem-estar. Além do serviço habitual de cabeleireiro, há uma zona de relaxamento com um jardim vertical. O piso de baixo divide-se entre o cabeleireiro de homem, os tratamentos de manicure e pedicure e depois o spa, com cinco salas de tratamento de rosto e corpo. Mas se há massagem que só pode fazer aqui é a The Mindful Touch, um tratamento que o leva numa experiência imersiva que requer a utilização de uns óculos de realidade virtual – uma forma de entrar num modo zen total.

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  • Santa Maria Maior

Imagine que chega à Baixa-Chiado via metro, escolhe efectuar a saída pela Rua do Crucifixo, e nisto apetece-lhe dar uma volta de 180 graus à sua vida – e já se sabe como nestas coisas há que começar pelo cabelo. Pois bem, não pense mais (aliás, não pensar muito nas coisas faz parte do projecto de mudança). Dê um pulo ao Metrostudio, um dos salões de cabeleireiro de referência na cidade.

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  • Saúde e beleza
  • Cabeleireiros
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A sensação de conforto é imediata nesta antiga loja de chapéus convertida em muito mais do que um simples cabeleireiro. O Minds & More é um clube de membros, onde os profissionais usam o espaço como um cowork, podem trazer os seus próprios produtos e atendem os seus clientes, explica Kasia Kosiarska, a proprietária. As paredes revestidas a madeira e o acabamento do tecto fazem deste o sítio perfeito, não só para mudar de visual como também para ouvir música – além de hair stylist experiente, Kasia tem carreira feita como DJ. As marcações são feitas online, a recepção é calorosa e a sustentabilidade é um dos lemas inscrito na agenda. Marcas naturais como a Kevin Murphy são privilegiadas.

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  • Cabeleireiros
  • Bairro Alto

Aos 32 anos, este é o projecto de vida de João, depois de ter começado a trabalhar numa barbearia e de ter passado pelo Toni & Guy. A pandemia não o demoveu, pelo contrário. Alugou um espaço e abriu portas em Outubro de 2020. Entre vizinhos e turistas, garante que a agenda tem estado quase sempre cheia. Cortar, pintar, pentear, tingir madeixas ou afinar a cobiçada balayage – João vai tendo mãos para todo o serviço e usando uma única marca, a italiana Davines, cujos produtos são compostos maioritariamente por ingredientes naturais.

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  • Cabeleireiros
  • Avenidas Novas

No Arco do Cego, entre a Praça de Londres e o Saldanha, são raros os negócios de rua, mas desde o início da pandemia que existe o Sala – um salão alojado no piso térreo de uma das moradias do bairro construído na década de 1930. O espaço desafia as expectativas do visual de um salão comum, com uma disposição de sala de estar, com mobiliário confortável, uma estante pejada de livros e quadros nas paredes. Com formação na reputada escola Vidal Sassoon, em Londres, e experiência em solo português, Maria Castello Branco desafiou Sara, ex-colega, para se juntar a ela enquanto dupla. No Sala, o corte varia entre os 20€-28€, no caso de cabelo curto, e 30€-38€ no caso de cabelo comprido (com lavagem, secagem, brushing e produtos).

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  • Lisboa

O projecto tem a assinatura de Olga Ferreira-Hilário, a art-director do Slash, que permite escolher com quem quer tratar do cabelo, seja com ela ou com um dos stylists de serviço (o preço varia, claro). O espaço tem-se tornado cada vez mais sustentável, tanto através das marcas que utiliza como dos procedimentos, eliminando quase na totalidade os produtos descartáveis. A grande especialidade, essa, continua a ser a cor, sobretudo os tons mais berrantes. Aqui, a técnica da coloração é dominada na perfeição.

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  • Chiado/Cais do Sodré

O WIP é para almas determinadas, daquelas que abrem o Instagram da casa, abrem a boca de espanto com as fotografias em destaque e fazem-se ao caminho para reproduzir algo do género no seu próprio cabelo. Claro que ninguém leva a mal se aparecer para algo menos arrojado, mas vá por nós: dizer algo como é só para aparar as pontas é quase sacrilégio. Se é fã dos cortes assimétricos e das tons menos ortodoxos, vai encontrar aqui uma alma gémea de escova na mão.

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  • Estrela/Lapa/Santos

O sonho de Diego Morais ganhou forma ali para os lados da Lapa. O Zero35 é um pequeno salão dedicado a cabelos e unhas, onde o atendimento tem requintes de exclusividade. O espaço foi transformado para dar lugar a um salão acolhedor e minimal, onde as paredes têm um ar inacabado e a paleta de beges domina até o mobiliário. No total, trabalham cinco pessoas no Zero35, embora a prioridade seja sempre não juntar demasiados clientes à mesma hora. O salão não funciona à porta fechada, mas Diego quer manter uma atmosfera de exclusividade e evitar a lotação esgotada.

Digas-nos o que quer comprar, dizemos-lhe onde encontrar

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  • Joalharia

Com cada vez mais marcas de jóias portuguesas, não há desculpas para não brilhar – no dia-a-dia ou numa ocasião para lá de especial. Nesta lista, apresentamos as melhores lojas e ateliers para comprar jóias em Lisboa. Mas o melhor é mesmo não ser preciso endividar-se para levar uma peça para casa: há espaço para jóias acessíveis, sem descurar o design, mais orgânico ou mais geométrico, e para investimentos de uma vida. Brincos, pulseiras, colares, de todas as formas e feitios, em materiais nobres, mas não só. Tome nota da nossa selecção – é totalmente portuguesa.

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  • Moda

Poucas peças são tão democráticas e transversais a géneros, idades e estilos como um par de ténis. Dão para ir trabalhar, para ir jantar fora, para sair à noite e até para dar nas vistas numa festa (e o melhor de tudo é que servem para palmilhar Lisboa e as suas sete colinas) – e não só para fazer desporto, como noutros tempos. Mas têm de ser especiais e, em Lisboa, há um punhado de lojas que se especializaram na matéria. Dos modelos mais raros das marcas que todos conhecemos a etiquetas que só os entendidos sonham ter, sem esquecer as marcas portuguesas, estas são as melhores lojas para comprar ténis em Lisboa.

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Quem disse que a ilustração é o parente pobre da arte? Em Lisboa, conseguimos encontrar lojas e galerias que provam o contrário, com o melhor que anda a ser feito nas áreas da ilustração e da serigrafia. Dos jovens artistas que ainda agora começaram a dar os primeiros passos aos nomes sonantes, dos autores portugueses aos génios criativos internacionais, esta arte é para todas as carteiras, dos 10€ aos 100€. Dos pequenos formatos, que ficam bem até na mesa de cabeceira, às ilustrações maiores para decorar a sala ou o quarto. Transforme a casa e dê-lhe mais cor e autor.  

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  • Compras

Faça chuva ou faça sol, há sempre um chapéu adequado para cada ocasião (nem que seja o guarda-chuva). É certo que as modas vão e voltam, mas o tempo de não poder sair de casa sem um destes na cabeça dificilmente voltará. Ainda assim, há lojas que se mantêm fiéis à tradição e enchem as montras e prateleiras de chapéus de todas as formas e feitios – de abas largas, fedoras, ao estilo cowboy, gorros, bonés, boinas ou tipo bucket. Traçamos um roteiro onde encontra estes e outros modelos, até porque estas lojas são de se lhes tirar o chapéu.

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