São 200 hectares de jardins e floresta em redor do emblemático Palácio da Pena. À primeira vista, até parece que se trata de autêntica floresta nativa, mas é uma paisagem desenhada, combinando o exotismo e imponência das espécies vegetais com o dramatismo das vistas dos picos a que os caminhos sinuosos nos conduzem. Isto enquanto se passa por grutas e ruínas falsas, lagos e fontes, tudo numa eloquente estética romântica.
O interesse pela botânica de D. Fernando II, o responsável por isto tudo, trouxe para o parque espécies florestais nativas de todos os continentes, bem como uma colecção de camélias da China e Japão, que foram plantadas no Jardim das Camélias na década de 1840 e se tornaram o ex-líbris do Inverno de Sintra, estação em que deve visitar o parque para as ver.
Uma visita completa ao parque é coisinha para umas três horas; se não tem todo esse tempo disponível: 1) vai lamentar; e 2) deixamos umas dicas. Escolha a entrada do Vale dos Lagos e percorra o caminho ao longo dos cinco lagos ligados por cascatas e rodeados de árvores e vegetação frondosa, até à Fonte dos Passarinhos, uma casa de fresco neomourisca de planta hexagonal e cúpula abobadada que amplifica o som da água que corre de uma pequena fonte.
Nas vistas, a Cruz Alta é o ponto mais elevado da serra, a 528 metros, e de lá avista Lisboa e Cascais, o oceano e a região saloia. Nos recantos, procure a Gruta do Monge, um antigo local de recolhimento. E não se vá embora sem passar pela Feteira da Rainha: é lá que vai encontrar uma das árvores mais notáveis do parque, uma tuia gigante, rodeada de luxuriantes fetos arbóreos oriundos da Austrália e da Nova Zelândia. Sem surpresas, o Parque da Pena pertence à Rota Europeia dos Jardins Históricos.
Seg-Dom 09.00-19.00 (só parque). Preço normal: 10€ (só parque; gratuito ao domingo para residentes no concelho; inclui Chalet e Jardim da Condessa d’Edla