Príncipe Real
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© Gabriell Vieira

14 paragens obrigatórias no Príncipe Real

No bairro da realeza, há muitas e boas propostas. Estas são as 14 paragens obrigatórias no Príncipe Real.

Beatriz Magalhães
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Eleito pela segunda vez em sete anos um dos bairros mais cool do planeta, o Príncipe Real é daqueles lugares onde os níveis de FOMO (a sigla inglesa que significa fear of missing out”, uma espécie de sensação de estar a perder qualquer coisa incrível) atingem valores elevadíssimos. Um bairro que se vai adaptando às mudanças sem perder a identidade e o carisma. Hoje, tem uma vibe cada vez mais contemporânea e cosmopolita, com lugares como a Praça das Flores, que lhe dão uma nova vida e sempre boa onda. Se o percorrer de uma ponta à outra, vai cruzar-se com restaurantes onde a comida fala por si, bares com bebidas para todos e lojas de onde nem lhe vai apetecer sair (pelo menos, sem um saco na mão). E, fora de quatro paredes, hprogramação cultural e mercados, que costumam abancar aos fins-de-semana no irresistível Jardim do Príncipe Real. Mas o melhor é espreitar o roteiro que preparámos para si. Estas são as 14 paragens obrigatórias no Príncipe Real.

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Paragens obrigatórias no Príncipe Real

  • Princípe Real

Em 2022, o Numa Café abriu na esquina da Rua da Escola Politécnica com a Rua do Arco a S. Mamede. A inspiração vem do Norte da Europa e, tal como a decoração minimalista, a carta também não se quer muito complicada. Os pratos são simples e saudáveis, apenas mais coloridos. Para acordar, o café é de especialidade e acompanha tostas, bagels, bowls, ou então, se estiver mais virado para um doce, uma fatia de tarte ou de bolo. Os smoothies também foram pensados da mesma maneira que o resto do menu, com a vontade de dar a beber o que é saudável e saboroso.

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  • Princípe Real

Na casa desta marca portuguesa, criada em 2014, sustentabilidade, aproveitamento, ecologia e comércio justo são as palavras de ordem. A Stró tem em mente preocupações ambientais e obedece a uma produção sustentável e controlada. Confeccionadas em lã, linho ou algodão, as colecções incluem artigos de casa, como capas de almofada e mantas, e acessórios, como chapéus, cachecóis e chinelos.

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  • Princípe Real

A Mateo, marca de joalharia fundada por Matthew Harris em Nova Iorque, poderia ter-se instalado com toda a sofisticação importada do outro lado do Atlântico. Em vez disso, evoca o território que agora pisa através de elementos perfeitamente diluídos na decoração. O espaço é estreito, dividido por duas salas, descidas as escadas, e uma terceira, quando subimos até ao andar de cima. As diferentes colecções estão espalhadas, divididas entre vitrines. A primeira de todas, inspirada por uma caixa de ferramentas, continua a estar entre as mais procuradas. Mas outras vieram – as pequenas letras em diamantes encapsuladas em quartzos límpidos, as linhas ondeantes da colecção Curve, as pérolas no seu estado mais bruto ou a explosão de cor, com o uso de topázios azuis, ametistas, citrinos e malaquites, onde Matthew recupera a tonalidade que o transporta para o seu país-natal: o turquesa.

  • Princípe Real

Quando as novidades pareciam ir para um lado, Luís Gaspar virou para outro e abriu um restaurante de comida tradicional. Ainda assim, não deixou de lhe dar um toque contemporâneo. Não há dia em que o Pica-Pau não esteja cheio, provando que a aposta em bons pratos de conforto, seguindo os mandamentos de Maria de Lourdes Modesto, estava certa. Os pratos fixos do dia, bandeira do restaurante, servidos tanto ao almoço como ao jantar, são a grande aposta. E não faltam os petiscos como os pastéis de bacalhau, os rissóis de leitão ou o pica-pau do lombo.

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  • Princípe Real

Nesta livraria de bairro, que chegou do Brasil há alguns anos, os livros vão da ficção e biografia aos campos das artes e ciências humanas. Há autores estrangeiros, entre eles muitos brasileiros – como Jorge Amado, Machado de Assis, Vinicius de Moraes e Caetano Veloso. Mas também encontra por lá literatura portuguesa, escrita por Miguel Torga, Eça de Queirós, ou Alexandra Lucas Coelho. A secção infantil não foi esquecida, tal como a programação cultural, que costuma incluir lançamentos de livros, conversas e debates.

  • Chiado/Cais do Sodré

Na esquina da Rua Dom Pedro V, a nova inquilina especializa-se apenas e somente em sangria. O vinho do Porto vem dos tempos do bisavô de Luís Osório, o proprietário, mas agora é a sangria que dá que falar. Produzida com base numa receita antiga, que o proprietário encontrou no sótão de casa, é servida tinta ou branca. A ideia é entrar, pedir e sair de copo na mão, que pode aproveitar para beber nas redondezas, costumam estar sempre animadas.

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  • Chiado/Cais do Sodré

Podíamos falar-lhe da incrível história da bósnia que chegou a Portugal para dar largas à sua paixão pela moda, mas, para já, o centro das atenções vai ser a sua loja no Príncipe Real, onde o sentido estético de Lidija Kolovrat paira por todo o lado. Há peças das últimas colecções e vestígios de outras marcas convidadas pela designer a partilhar o espaço. Se conseguir, suba as escadas e veja o que é um sótão a sério (só não vai encontrar nenhuma receita de sangria).

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  • Princípe Real

Lençóis mais brancos não há, esta loja que o diga. Em tempos já satisfez os caprichos de clientela bem mais selecta, dos Kennedy a casas reais por toda a Europa. Também vende toalhas, camisas de noite e aqueles vestidos para baptizar crianças indefesas. Tudo imaculado e bordado ao gosto do freguês. Escusado será dizer que a Príncipe Real Enxovais é uma Loja com História – e cheia de história. 

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  • Princípe Real

Nesta casa da Benamôr, que no próximo ano sopra 100 velas, presta-se homenagem ao creme de rosto da marca, um dos mais vendidos e cuja fórmula se mantém desde 1925, agora sem parabenos. A loja veste-se de cor-de-rosa de alto a baixo e os mosaicos do chão inspiram-se no friso das bisnagas. Mesmo que já tenha entrado noutras, vale sempre a pena mais uma visita, já que todas têm estéticas diferentes. Os produtos, esses, são os mesmos: cremes hidratantes, séruns e desmaquilhantes, géis de duche, sabonetes e colónias.

  • Princípe Real

Ao final da tarde, há lá coisa melhor do que sentar numa esplanada enquanto se bebe e petisca qualquer coisa. E é para isso que temos este quiosque. Chama-se Quiosque Príncipe Real mas toda a gente o conhece por “O Oliveira” – e não precisa de estar nos roteiros da cidade para estar sempre cheio. É uma instituição castiça que acolhe turistas, taxistas, estudantes, políticos e outros artistas com o mesmo entusiasmo. 

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  • Princípe Real
  • preço 3 de 4

Começou a dar nas vistas com uma cozinha mais descontraída, mas nos últimos tempos, e já depois de ter conquistado em França em 2022 o programa Top Chef, Louise Bourrat está cada vez mais focada no fine dining. No BouBou’s apresenta agora dois menus de degustação (95€-125€), ambos com os mesmos momentos, mas um vegetariano. E não há melhor forma de conhecer a chef. A cozinha é internacional com mão francesa. Há uns meses, o crítico Alfredo Lacerda rendeu-se e acabou a refeição com cinco estrelas. Se não conseguir reserva, vá umas portas acima, ao BouBou’s Sandwich Club, onde a chef dá a provar sandes.

  • Noite
  • Chiado/Cais do Sodré

Foi inaugurado a 18 de Fevereiro de 1986 e reúne nas cinco salas uma inacreditável colecção de objectos do seu fundador, Luís Pinto Coelho. De capacetes da Segunda Guerra Mundial a soldadinhos de chumbo, de aviões em miniatura a peças únicas de Bordalo Pinheiro, passando por exemplares de Betty Boop e Action Men. Tem uma mesa de snooker, empregados vestidos a rigor, como já não se vê por aí, e é, por isso, uma paragem obrigatória para quem quer passar a noite em bem no Príncipe Real.

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  • Princípe Real

Se há coisa que hoje em dia não falta na cidade – aqui, na verdade, como em qualquer outra – são lojas de kebab abertas até tarde. São tantas que fica difícil saber onde é que se comem realmente bons exemplares. Não se engane, nem procure mais: estes são dos melhores kebabs de Lisboa. E tudo porque aqui não se inventa, sabe-se o que se está a fazer e respeita-se o produto. Dez euros chegam e sobram.

  • Noite
  • Princípe Real

É uma das discotecas gay mais famosas do país e por boas razões. A funcionar desde Janeiro de 1981, é casa de noites animadas ao som de música house, funk, ou pop. Quem lá está para ajudar à festa são as drag queens, vestidas a rigor e sempre prontas a dar um passinho de dança. Costuma haver noites temáticas e não se pode negar que é o lugar ideal para acabar a noite.

Outros bairros da cidade

  • Coisas para fazer

Poucas zonas de Lisboa já tiveram tantas vidas como o Cais do Sodré. Sobre uma herança noctívaga, os últimos anos construíram um bairro mais convidativo, seja para visitar uma loja,  tomar um brunch em família ou para um jantar de amigos, daqueles que podem ou não descambar para uma noite de copos. Se assim for, não faltam bares para beber cocktails, cerveja artesanal ou até vinhos naturais. Mais diverso e multicultural do que nunca (e quase sempre polémico), este Cais pede para ser usufruído a qualquer hora do dia, por locais e visitantes – e foi eleito o segundo bairro mais cool do mundo pela Time Out Global em 2022. 

Quando se pensa em comer fora, Marvila não é provavelmente a primeira zona que vem à cabeça, mas nem por isso faltam novidades. À boleia das cervejeiras que aqui foram fazendo vida, novos negócios foram aparecendo, tornando o bairro cada vez mais atractivo. Ajuda que o Hub Criativo do Beato tenha nascido aqui ao lado, bem como o 8 Marvila, o novo pólo cultural e também gastronómico da cidade. Nestes restaurantes em Marvila, encontra um pouco de tudo, da comida mais criativa e inventiva à mais tradicional.

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