Esta oficina é tão velhinha, tão velhinha que o nome sobreviveu a quase todos os acordos ortográficos. Anterior à chegada da electricidade a Lisboa, vai na sexta geração de família Sá Pereira. O alvará para a sua abertura exigia que a loja tivesse duas tochas acesas à noite para iluminar a rua, numa altura em que a cidade era bem mais escura quando o sol se punha. Nesses tempos, as velas eram de sebo e tinham um cheiro pouco simpático. De França, o fundador Domingos Sá Pereira trouxe a técnica de fabricar velas com cera de abelha, ainda hoje o ex-líbris da casa, perdão, caza. Há opções para todos os gostos e orçamentos, mas nem só das velas vive o negócio. Aqui ainda se fazem pavios para lamparinas de azeite.
Lisboa é uma cidade em constante mutação e o futuro não pára de ser anunciado. Seja em projectos para a frente ribeirinha, no aumento dos espaços verdes e ciclovias ou mesmo no crescimento do turismo que tem mudado a vida na cidade, para o melhor e para o pior. Mas a vida de outrora continua representada nos mais diversos espaços da cidade. Nesta lista, damos uma sugestão para cada década do século XX, até aos anos 80, não esquecendo duas estrelas do século XVIII e XIX. Entre na cápsula do tempo e viva uma Lisboa que embora desaparecida ainda tem ecos nesta Grande Alface.
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