Outono em Lisboa
© Lex Sirikiat
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Bem-vindo, Outono: sete sítios para ver o cair das folhas em Lisboa

O que nos cobria as cabeças está agora a quebrar por baixo dos nossos pés. Aprecie o cair das folhas em Lisboa

Raquel Dias da Silva
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Quando mais alto está, maior é a queda. O provérbio português tanto é verdade metafórica como literal – é o caso das folhas e dos seus flutuantes saltos para o precipício. Quem de baixo olha, bonito lhe parece. Também deve haver um adágio nacional equivalente. Por isso, fomos à procura dos melhores sítios para a prática deste desporto outonal e contemplativo: ver as folhas, no seu vetusto castanho avermelhado, a desprenderem-se dos ramos e a regressar à terra, para dali vir vida nova. Descubra sete sítios para ver o cair das folhas em Lisboa.

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Sete sítios para ver o cair das folhas em Lisboa

  • Coisas para fazer
  • Alvalade

Nasceu em terrenos de antigas quintas da cidade, como a de Alvalade, Charca e Narigão, e por isso mesmo grande parte da vegetação é anterior ao projecto do arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, que transformou este espaço verde, também conhecido como Mata de Alvalade, em 1951. Além de ser uma zona densamente arborizada, com bastante vegetação nativa e uma clareira na zona de vale, também serve de refúgio a várias espécies de aves.

  • Coisas para fazer
  • Benfica/Monsanto

O pulmão de Lisboa tem uma grande diversidade de fauna e flora e, por isso, é o melhor sítio da cidade para ouvir as folhas a quebrar por baixo dos nossos pés. Se quiser, até há uma lista de todo o arvoredo que lá poderá ver. Aproveite e passe pelo Panorâmico, um ovni desenhado pelo arquitecto Chaves da Costa, que ganhou uma nova vida em 2017 e desde então oferece uma vista de 360º para toda a cidade.

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  • Atracções
  • São Sebastião

Desenhado pelos arquitectos paisagistas Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto e concluído em 1969, o Jardim Gulbenkian é um dos símbolos da capital, como lugar de descanso e leitura. E há muitas faias, árvores de folha caduca, neste jardim. O que significa que haverá muita folha a cometer suicídio e a atirar-se do topo dos ramos para o chão. Já para não falar da agenda para famílias: o que não falta no Outono são actividades temáticas, como impressão de folhas em tecido ou produção de tinta a partir de bugalhos.

  • Atracções
  • Parques e jardins
  • Estrela/Lapa/Santos
Tapada das Necessidades
Tapada das Necessidades

Terá inspirado Manet para pintar o famoso Almoço na Relva, e continua a ser um dos melhores sítios da cidade para passar fins-de-semana com bom tempo. Com a chegada do Outono, as pessoas são cada vez menos. Ficam as folhas que caem e os gansos, que fazem parte da mobília. Se quer tranquilidade para a contemplação, é aqui que tem de apreciar o cair das folhas.

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  • Atracções
  • Estrela/Lapa/Santos

Plantado no coração de Lisboa, tem um bom parque infantil onde os miúdos se podem espojar, meia dúzia de clareiras relvadas a pedir piqueniques e tardes de sorna com um livro enquanto o frio não chega. A servir de apoio, duas esplanadas. O Quiosque Gengibre da Estrela é uma boa opção para pequenos-almoços bucólicos a dar migalhas aos patos-reais, embora se aconselhe antes um lanche, a ver as folhas a cair.

  • Atracções
  • Parques e jardins
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

O Jardim do Torel é agora um jardim do amor. Foi alvo de uma requalificação verde e muito bem cheirosa que devolveu à cidade um conceito de jardim que juntou muitos casais alfacinhas. As zonas de estadia foram renovadas e plantadas diferentes espécies, como lavanda, verbena, maçaroco (orgulho-da-Madeira) ou mesmo papiro, que envolvem os utilizadores com plantas aromáticas, cheiros, cores e texturas diferentes. Um miradouro para a cidade que oferece aquela nostalgia de Outono, enquanto as folhas vão caindo e nos sentimos num filme.

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  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos
  • Avenida da Liberdade

É uma das vias mais movimentadas da cidade, mas também é zona de estadia. E uma das mais antigas da cidade. Considerada a Champs-Elysées de Portugal, começou a ser construída entre 1879 e 1886 e chamava-se Passeio Público. Centro de cortejos, festividades e manifestações é ponto de eleição de escritórios, lojas de renome internacional e também de árvores centenárias. No Outono, as suas folhas tapam as pedras da calçada e pode apreciar o fenómeno num banco de jardim ou numa das muitas esplanadas que encontra entre o Marquês e os Restauradores.

Lisboa ao ar livre

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