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©Tânia Neves
©Tânia Neves

Tudo o que tem que saber sobre o Brunch Electronik 2017

A segunda edição de Brunch Electronik decorre de 23 de Julho a 8 de Outubro, sempre ao domingo, a partir das 14.00, na Tapada da Ajuda. Falámos com Vítor Silveira (Ramboiage), da organização, e damos-lhe toda a programação do festival

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Já nos estava a causar espécie: era Junho e nada de Brunch Electronik. Mas depressa a organização tratou de lançar o line-up e as datas em questão. Ufa, respirámos de alívio, o que seria de nós sem esta opção domingueira, para nos tornar as segundas mais complexas (também, mal por mal, mais vale ir-se com dificuldades) e os domingos menos monótonos. De 23 de Julho a 8 de Outubro, o Brunch Electronik regressa à Tapada da Ajuda. Despachemo-nos para ver nomes como Âme DJ, Gui Boratto, Jackmaster, Magda, Michael Mayer, Miss Kittin, Nic Fanciulli, Paul Ritch e Talaboman, entre tantos outros.

A primeira pergunta que nos sentimos obrigados a fazer a Vítor Silveira (que também é DJ e produtor: Ramboiage), membro da organização, foi se este ano podia correr melhor. “Claro que sim, este é o ano de afirmação. O Facebook é uma grande montra daquilo que pode vir a ser o sucesso da coisa, e, em uma hora, depois de partilharmos o line-up, tínhamos 1500 likes. Foi um hype gigante”, confessa. Isto antes de explicar o motivo da modificação das datas em relação ao ano passado (que arrancou em Junho). “O mês de Junho, com as Festas em Lisboa, é um mês onde toda a gente anda em arraiais e assim. Depois é, por norma, a altura em que chega a primeira vaga de calor e a malta não quer saber de mais nada do que a praia. O nosso maior concorrente é a praia. Depois, em Julho, há o NOS Alive e o Super Bock Super Rock. Decidimos deixar passar esta altura para arrancar”, diz.

Mas há mais novidades. É que ainda que se mantenha dentro da Tapada da Ajuda, o recinto vai mudar de local: “Dentro da Tapada há um antigo lago, chamado Lago Branco, é um sítio muito giro, no meio de rochas, a pista fica mais cozy. O terreno antigo era meio inclinado, não era muito confortável para dançar, como era em terra também levantava algum pó. Agora é em cimento, sobre o qual vamos colocar relva sintética (em 80% do recinto)”, contextualiza Silveira.

E o melhor está para vir. Está a ver aquela subida infernal que o fazia rogar todas as pragas ao festival, dado o calor vigente na maior parte dos domingos em que este decorreu? Esqueça. A entrada também muda. “Agora é pela parte do Alvito, um bocado antes do Parque do Alvito, e a partir do momento em que entras na Agronomia são 100 metros até ao recinto. Quando estás a subir a Tapada da Ajuda com o muro do teu lado esquerdo, passas o Estádio da Tapadinha e mesmo ali antes de chegares ao clube de ténis, há um portão à esquerda. É aí. Dá acessos melhores, cria-se menos confusão, não quisemos perturbar os moradores”, avisa.

Por fim, falar do palco, que é novo, tem uma construção “linda” capaz de gerar sombra, segundo o organizador, e vai ter, nas laterais, ventoinhas com aspersores de água. Tudo o que se quer. Marque na agenda: a partir de 23 de Julho não mais nos agarram.

23 de Julho

20.00-22.00: Gui Boratto

18.00-20.00: Robag Weuhme

16.00-18.00: Gunjah

14.00-16.00: Scharre

Vamos com a força toda ou entramos de mansinho? É sempre uma indecisão quando surge o primeiro dia. Gunjah, um produtor e empresário alemão, dono do clube Stormboxx, em Berlim, é um dos destaques do dia. Que se fará noite, às 20.00, com a entrada do brasileiro Gui Boratto, visita regular do nosso país, mas que nunca é em excesso. Techno e minimal para todos.

30 de Julho

19.30-22.00: Dubfire

17.30-19.30: Vera

16.00-17.30: Gusta-vo

14.00-16.00: Kaeser b2b Cruz

Vera é uma produtora alemã que desde 2011 se mudou para Berlim, ainda que seja residente da discoteca de Robert Johnson em Offenbach. E sobra, para terminar em grande, o irreverente Dubfire, sempre em busca de texturas meio obscuras na house e no techno.

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6 de Agosto

20.00-22.00: Dave Clarke

18.00-20.00: Maelstorm

16.00-18.00: Coro Novoa

14.00-16.00: VIL

Dave Clarke cresceu em Brighton, mas quando se fez mudou-se para Amesterdão, onde ainda reside. Faz techno com sangue gótico e é um louco por tecnologia, levando os seus sets a um anarquismo eloquente e expansivo. Coisa curiosa, certamente.

13 de Agosto

20.00-22.00: Claptone

18.30-20.00: dOP (live)

16.30-18.30: Sheri Vari

Sabe-se pouco sobre Claptone. Sabe-se que actua com uma máscara da Commedia Dell'Arte chamada Scaramouche, com um digno nariz a rigor, sabe-se que agita toda a pista de dança por onde passa, sabe-se que é para não perder a sua performance no Brunch Electronik.

 

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20 de Agosto

16.30-20.00: Miss Kittin b3b Oxia

14.00-16.30: John-e b2b HENRIQ

A francesa Miss Kittin é uma mulher e tanto. No sentido da força com que actua, uma robustez expansiva, que se materializa num techno e electro rijo sem deixar de ser dançante. Junta-se ao amigo Oxia, que tal como Kittin nasceu em Grenoble, e que farão um b2b que ninguém vai querer perder. 

27 de Agosto

20.00-22.00: Nic Fanciulli

18.00-20.00: ANNA

16.00-18.00: Gonçalo

14.00-16.00: Vasco Valente

O nome é italiano, mas Nic Fanciulli é um dos melhores produtos (e produtores) que o Reino Unido tem. E que deu ao mundo. Já esteve nomeado para um Grammy e é dono da Saved Records, um selo distinto no techno underground.

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3 de Setembro

20.00-22.00: Jackmaster

18.15-20.00: Peggy Gou

16.30-18.15: Jasper James

14.00-16:30: Spencer

Eis um nome para levar muito a sério neste cardápio do Brunch: Jackmaster. Homem que se dormir duas noites por ano em casa é muito. Daqueles produtores em que não se pode confiar, mas apenas na medida em que tanto nos atira um set repleto de deep techno, como nos traz à tona com um disco por muitos esquecido. Esteve recentemente no pódio dos melhores DJs para a Resident Advisor. Ponto.

10 de Setembro

20.00-22.00: Magda

18.30-20.00: Mathew Johnson (live)

16.30-18.30: Curses

14.00-16.30: Kosme

Há nomes incontornáveis neste meio. Um deles é, sem lugar para dúvida, Magda. Nascida na Polónia, mas criada em Detroit, de onde bebeu dessa perspectiva do techno, a produtora começou a carreira no final dos 90s, como actuação de abertura para Richie Hawtin. Antes disto, o alemão Mathew Johnson é outro a não perder.

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17 de Setembro

20.15-22.00: Michael Mayer 

18.30-20.15: Kölsch

17.00-18.30: Rex the dog (live)

15.30-17.00: Emauz

Há poucas personagens tão importantes como Michael Mayer no palco da música de dança. Um dos donos da Kompakt, uma das mais significativas labels mundiais, regressa a Portugal para a mais imperdível de todas as sessões do Brunch Electronik – diz-lhe quem já o viu em caves apertadas e em open airs expansivos. Michael Mayer é quando for, onde for. Ficará sempre tudo bem.

24 de Setembro

20.15-22.00: Paul Ritch

18.30-20.15: Radio Slave

17.00-18.30: Dense & Pika

14.00-17.00: Mvria

O melhor, como se tem visto, fica para o fim. Depois de Mayer temos o francês Paul Ritch, que, a partir de Paris, traz minimal techno em doses muito bem trabalhadas. Não é o típico techno mandão, robusto, pelo contrário, viaja pelas partículas da atmosfera numa alma soul que nem sempre se esperaria encontrar por aqui.

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1 de Outubro

20.00-22.00: Talaboman

18.30-20.00: Samo DJ

17.00-18.30: Wolf Müller

14.00-17.00: Saoirse

Vencedor, por certo, este projecto artístico que une o espanhol John Talabot e o sueco Alex Boman. Talaboman editou, em 2015, Sideral, disco com bastante crédito na crítica, que lhes garantiu digressões que, pelos vistos, tendem em não terminar. Sintetizadores, bateria a pontapé, influências africanas. Tudo isto num banho de techno e house que vai agradar aos aventureiros da Tapada da Ajuda. 

8 de Outubro

20.00-22.00: Âme DJ

18.30-20.00: Trikk

17.00-18.30: Marvin & Guy

14.00-17.00: Pena

Kristian Beyer e Frank Wiedemann (ou Âme) têm, desde 2003, um dos duos mais apreciados das pistas. Onde quer que vão há assobios de desejo. Ultimamente têm andado cada um para seu lado, com tours distintas, como é o caso desta vinda a Lisboa, onde Beyer tratará do assunto. Mas não se preocupe: não é por isso que não é uma maravilha.

Verão em Lisboa

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Receitamos-lhe inúmeras doses para repor os níveis de vitamina D. Quiosques, rooftops, esplanadas de rua, interiores, enfim, as opções abundam consoante a vontade e também pode contar com sítios para abanar o corpo nestas que são as melhores esplanadas em Lisboa (e não só).

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