Joker (2019)
©Warner Bros | | Joker de Todd Philips
©Warner Bros | |

Conheça os nomeados ao Óscar de Melhor Filme este ano

Quem será o grande vencedor dos Óscares 2020? Cada um terá a sua opinião, mas os nomeados ao Óscar de Melhor Filme são nove

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Depois de mais um ano cheio de bom cinema, feitos todos os balanços e atribuídos quase todos os prémios, está prestes a chegar a altura de passar uma longa noite à frente da televisão para saber qual foi o melhor filme do ano que passou para a Academia das Artes e das Ciências de Hollywood. Joker, de Todd Phillips, é grande o favorito ao nível das nomeações, mas isso vale o que vale. Vai ser necessário esperar pela madrugada de 9 para 10 de Fevereiro para saber quem recebe o Óscar de Melhor Filme. Eis os nomeados.

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Conheça os nomeados ao Óscar de Melhor Filme este ano

'1917', de Sam Mendes

Sam Mendes conta a história de dois soldados incumbidos de uma missão aparentemente suicida, e com o tempo contado, na I Guerra Mundial, neste filme candidato a dez Óscares e que simula ser rodado num único plano-sequência. Este dispositivo formal esconde sem dúvida um grande e exaustivo trabalho de direcção artística, técnico e com os actores, mas a intenção de Mendes e do director de fotografia, o mestre Roger Deakins, não é chamar a atenção para ele nem andar a fazer malabarismos visuais para embasbacar o espectador (embora por vezes seja inevitável que a câmara em falsa continuidade faça sentir a sua presença).

'Era Uma Vez em... Hollywood', de Quentin Tarantino

Hollywood, 1969. Leonardo DiCaprio é Rick Dalton, uma antiga vedeta da televisão que não consegue singrar no cinema, e Brad Pitt é Cliff Booth, o seu “duplo”, melhor amigo e fiel assistente, neste formidável filme de Quentin Tarantino. O realizador de Pulp Fiction e Jackie Brown conta uma história de amizade masculina sólida como betão, ao mesmo tempo que recria ao milímetro a Los Angeles de há 50 anos, onde viveu desde muito novo, exprime o seu amor pelo cinema, pela música pop, pela cultura consumista e pelos automóveis, e propõe um fim diferente para uma tragédia ocorrida em Agosto desse fatídico ano de 1969.

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'Jojo Rabbit', de Taika Waititi

Entre a comédia satírica e o drama pungente, o novo filme de Taika Waititi é a história pueril de um miúdo de dez anos, o Jojo do título, que vive na Alemanha nazi e não só é um entusiástico adepto do regime como tem o próprio Adolf Hitler como amigo imaginário. Uma história que se complica quando o petiz descobre que a mãe se opõe secretamente ao regime e esconde uma adolescente judia em casa. E complica-se ainda mais quando ele começa a gostar da hóspede e a questionar o seu próprio anti-semitismo.

'Joker', de Todd Phillips

Apesar de supostamente retratar o arqui-inimigo do Batman e um grandes vilões da banda desenhada americana, o Joker de Todd Phillips não é um filme de super-heróis. De todo. É um thriller psicológico e social, inspirado nalgum cinema americano dos anos 70 (de Taxi Driver a O Justiceiro da Noite ou Network – Escândalo na TV), passado na década 80 e reflectindo o nosso presente neoliberal e profundamente solitário. É a história de um homem, Arthur Fleck, que quebra depois de uma vida de abuso e exploração, e vê na violência o único escape. E é o grande favorito dos Óscares.

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'Le Mans '66: O Duelo', de James Mangold

James Mangold realiza esta fita que recria o célebre duelo travado entre a Ford e a Ferrari pela supremacia nas pistas de corrida americanas e europeias, e muito em especial pela vitória nas 24 Horas de Le Mans. Uma celebração da velocidade, da competição e da excelência técnica e humana, com Christian Bale muito bem no castiço piloto ingles Ken Miles, um sobredotado da mecânica e da condução, e Matt Damon a fazer de Carroll Shelby, o antigo piloto e construtor independente a quem a Ford confiou o aperfeiçoamento do lendário GT40, que em 1966 alcançaria os três primeiros lugares em Le Mans.

'Marriage Story', de Noah Baumbach

Seria difícil imaginar outra forma para Noah Baumbach abrir o jogo do que com doçura. Foi exactamente isso que aconteceu em Marriage Story, o drama agitado e profundo que, arriscamo-nos a dizer, é uma das melhores obras da sua carreira. Nicole (Scarlett Johansson) e Charlie (Adam Driver), um casal de Brooklyn, apresentam-se por meio de um diário duplo, co-narrado, à medida que vamos assistindo a trechos das suas vidas: fatias de pizza, histórias contadas à hora de dormir, metros perdidos na estação.

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'Mulherzinhas', de Greta Gerwig

Apesar de ser a sétima adaptação de Mulherzinhas, de Louisa May Alcott, para o cinema, a mais recente realização de Greta Gerwig consegue ser o seu próprio filme. E a realizadora faz todo o jus emocional, cinematográfico e evocativo ao clássico de Alcott sobre a vida entre irmãs, o fim da infância e a queda na maturidade, o porto seguro da família e sobretudo a vontade ardente da arrapazada, inquieta, imaginativa e impetuosa Jo ser independente, escritora reconhecida, feliz nos termos que deseja.

'O Irlandês', de Martin Scorsese

Em O Irlandês, o Scorsese de Tudo Bons Rapazes e Casino encontra o Scorsese de A Última Tentação de Cristo e Silêncio. Na hora da despedida a uma geração extinta de mafiosos, a sobreexcitação visual e a violência espectacular são substituídos pela calma, pela compostura, pela melancolia, pelo peso do tempo, pela agonia moral e pelo sentimento de culpa. Com Robert De Niro no papel de Frank Sheeran, o irlandês do título, e também Al Pacino num Jimmy Hoffa espalha-brasas e Joe Pesci surpreendente num chefe mafioso todo ele ponderação, bom senso e discrição

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'Parasitas', de Bong Joon-ho

O sul-coreano Bong Joon-ho ganhou este ano o Festival de Cannes com este filme parte drama familiar de fundo social, parte comédia negra satírica, parte filme de terror político, que põe em cena as tensões, idiossincrasias, desigualdades e fantasmas colectivos da Coreia do Sul. Uma família pobre que vive de pequenos trabalhos e esquemas consegue infiltrar-se na luxuosa casa de uma família rica e frívola, e tudo corre bem até a história dar uma reviravolta quebra-costas. Joon-hoo dá a esta história local uma ressonância universal, e passa em Parasitas uma visão pessimista da natureza humana.

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Antes da cerimónia de entrega dos Óscares, que se realiza a 9 de Fevereiro, em Los Angeles, recordamos alguns dos filmes com o maior número de estatuetas no currículo. O clássico Ben-Hur, realizado em 1959 por William Wyler, Titanic (1997), de James Cameron, e a terceira parte da trilogia O Senhor dos Anéis, rodada por Peter Jackson e estreada em 2003, lideram a lista dos recordistas de Óscares na história do cinema, com 11 prémios.

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