1. ‘O Meu Tio’, de Jacques Tati (1958)
O “tio” do título é o Sr. Hulot, a tão genial quanto gentil e distraída personagem interpretada por Jacques Tati, que também funciona como o seu alter ego cinematográfico. Hulot vai visitar o sobrinho de nove anos, que vive com os pais numa vivenda ultramoderna num novo subúrbio de Paris, e esta situação familiar serve para Tati fazer uma sátira minuciosa, certeira, irresistível, à sociedade de consumo, de massas e da inovação tecnológica que despontava em França, passados os anos duros do pós-guerra, e confrontar Hulot com ela.