O prólogo ao livro de poemas Os conjurados (1985), a derradeira obra de Jorge Luís Borges, é tão precioso e iluminador como o melhor dos seus poemas. Escreve Borges, do alto da infinita sabedoria dos seus 86 anos: “Com o correr dos anos, observei que a beleza, tal como a felicidade, é frequente. Não se passa um dia em que não estejamos, um instante, no paraíso. Não há poeta, por medíocre que seja, que não tenha escrito o melhor verso da literatura, mas também os mais infelizes. A beleza não é privilégio de uns quantos nomes ilustres”.
Seguem-se dez comprovativos, não de como mesmo poetas medíocres são capazes de magníficos versos, mas de que existem criadores talentosos a viver longe dos holofotes, porque, pura e simplesmente, não existe uma relação entre talento e reconhecimento. São 10 músicas pop que poucos conhecem, mas todos deviam conhecer.