Daddy’s Highway, The Bats
Ano: 1987
A fascinante mescla de pop, folk, psicadelismo e rendilhados de guitarras cristalinas criada na Califórnia de meados da década de 1960 pelos Byrds andou anos à deriva, cruzando todo o Oceano Pacífico até, na viragem dos anos 70-80, dar à costa em Sydney, na Austrália – com The Church – e em Dunedin, na Nova Zelândia – com o Dunedin Sound, um termo que designa várias bandas associadas à cidade universitário de Dunedin, a segunda maior cidade da Ilha Sul, quase todas elas editadas pela etiqueta neo-zelandesa Flying Nun. Na complexa e subjectiva taxonomia pop-rock, o Dunedin Sound pode ser visto como uma variante neo-zelandesa – e, no seu início, tendencialmente lo-fi – do “jangle pop”.
Entre as bandas mais dignas de nota do Dunedin Sound estão The Bats, com alguns membros originários de Christchurch, a maior cidade da Ilha Sul, mas com fortes laços com Dunedin – até porque Robert Scott, o guitarra-ritmo, era à data baixista nos “dunedinenses” The Clean. Foi em Dunedin que os The Bats deram o seu primeiro espectáculo em 1982 e dois anos depois lançavam o primeiro EP, By Night. A estreia no formato longa duração deu-se com Daddy’s Highway, parcialmente gravado, de forma artesanal, num gravador de oito pistas, em Glasgow, a meio da primeira tournée britânica da banda.
Os The Bats cessaram actividade em 1995 – Robert Scott reassumiu funções de baixista nos The Clean – mas dez anos depois, após alguns reencontros pontuais, voltaram a lançar um álbum de originais e têm-se mantido em actividade regular desde então, mantendo os quatro membros da formação inicial.
[“Treason”]