1. Ariane, de Massenet
Estreia: 1906
Libreto: Catulle Mendès
Duas irmãs apaixonadas pelo mesmo homem é coisa que só pode acabar mal. Hesitando entre Ariana e Fedra, Teseu escolhe a segunda. Quando sabe que não foi ela a escolhida, Ariana desfalece. Quando acorda recebe a notícia de que a irmã morreu esmagada pela queda de uma estátua de Adónis. O amor fraternal sobrepõe-se então à paixão por Teseu e Ariana desce ao Inferno para convencer Perséfone, a rainha do Submundo, a deixar a irmã regressar ao mundo dos vivos. As súplicas de Ariana acabam por comover Perséfone e as duas irmãs voltam a subir à superfície, na ilha de Naxos, onde encontram Teseu. Este e Fedra desfazem-se em agradecimentos a Ariana e elogiam a sua abnegação, mas a paixão entre Teseu e Fedra acaba por reavivar-se e Ariane fica a ver navios – literalmente, pois o casalinho zarpa num navio.
Desconsolada, Ariana atira-se ao mar. Embora seja hoje lembrado só por Manon e Werther, Massenet desfrutou de grande popularidade na viragem dos séculos XIX-XX e compôs uma quarentena de óperas – entre elas conta-se Bacchus (1909), também de temática mitológica e que funciona como sequela de Ariane.
[Recitativo e ária “C’Était Si Beau”, por Rima Tawil e a Donauphilharmonie Wien, com direcção de Manfred Müssauer]