Sítios para beber um copo fora do centro de Lisboa

O Cobaia é o restaurante inserido no Poolside Hub, a nova casa de projectos Web3, em Alvalade.  O espaço interior – amplo, simples, bonito e com uma vibe industrial –, tem lugar para mais de 80 pessoas, divididas entre duas zonas. No piso de cima, a zona é reservada a grupos, com apoio de bar. É aqui que fica o DJ, que às sextas e sábados anima todo o restaurante. A carta de sabores mediterrâneos desenhada por Jorge Redondo junta as cozinhas de Portugal, Espanha e França, e os cocktails de autor de Gustavo Viana são inspirados na tabela periódica. É um espaço para comer e para se deixar ficar por mais umas boas horas de copo na mão. 

Tem sofás de veludo vermelho e, em cada lugar, um botão para chamar o empregado e outro para regular a luz do candeeiro. É assim o Old Vic, um pedaço importado do Reino Unido que desde 1982 traz a Alvalade um recanto vintage. Conte com uma vasta carta de cocktails, snooker e uma atmosfera que não implica gritar de um lugar para o outro.

É uma sala de jogos que mais parece um clube secreto: entra-se por um insuspeito edifício de escritórios, na antiga zona industrial de Alvalade, sobe-se umas escadas e toca-se à campainha. Lá dentro encontramos a juventude de Alvalade agremiada à volta de mesas de snooker ou a beber copos durante uma partida de Scrabble.

Mais bares em Alvalade

A esplanada branca, com uma fantástica vista para o rio e com uma carta de cocktails bastante simpática – e de petiscos idem – é sempre uma boa opção para beber um copo a qualquer hora do dia. Se andar pela beira-Tejo, sente-se e fique literalmente a ver navios.

O grupo Sana renovou os edifícios da antiga discoteca BBC e do Piazza di Mare, na vizinhança do MAAT. No espaço da BBC nasceu um local para receber grandes eventos privados e festas temáticas, o SUD Lisboa Hall; no Piazza di Mare está o Sud Lisboa Terrazza, com uma piscina e pool bar à noite no primeiro andar, e um restaurante com dois espaços diferentes, esplanada e quiosque no rés-do-chão. A sala do restaurante é gigante – são 240 lugares e cerca de 30 pessoas na cozinha. À entrada há um forno com os pizzaiolos ao lado e um bar onde se bebe qualquer coisa enquanto se espera ou se faz tempo até ao jantar; há uma sala com um ambiente mais calmo e recolhido e outra com muita luz e com o tecto coberto de folhas. 

Um auditório completamente renovado, um bar com finger food e videojogos, e um restaurante (minhoto) especializado em francesinhas. A terceira vida do Turim arrancou em Setembro de 2023 depois de uma profunda remodelação. Inaugurado em 1984, o espaço cultural é uma cápsula do tempo, com decoração e programação muito devedora dos anos 1980 e 1990, embora esteja também pensado como um local de acolhimento e de descoberta de novas criações e de novos artistas. Cinema, teatro, dança, música, stand-up, tudo.

Abriu no início de 2023, pela mão de três amigos, e já tem clientes fiéis, a maior parte deles bairristas encantados com o novo ponto de encontro de Benfica, que “bem fica” ali na Avenida Gomes Pereira. Localizado junto ao Auditório Carlos Paredes, não só é abençoado pelo sol, como – diz quem lá vai de propósito só para isso, como nos conta Mariana Oliveira, uma das responsáveis – “tem a melhor tosta-pizza da cidade”, a Diavola. Para acompanhar, há cerveja, vinho e até caipirinhas. 

Fica no Jardim da Amnistia Internacional, em Campolide, paragem habitual de ciclistas e outros atletas a caminho de Monsanto. Tornou-se popular pelos sumos naturais, poke e taças de açaí. A esplanada, bem grande, é um chamariz para os jovens que lá pousam a beber cerveja e a petiscar. E tem a vantagem de estar dividida em dois espaços, um coberto e outro no exterior.

É mais um elemento elegante, mas descontraído, no Campo Grande. Um gastrobar dedicado às conservas chamado BarNeário, caiado a tinta branca, com uma esplanada aquecida, aprazível, com espaço para cerca de 75 pessoas; e um interior cheio de luz, capaz de servir 25 comensais. E como nem só de conservas se faz um gastrobar, há vinhos e cervejas artesanais.

Cinco, seis, sete hectares? Isso é coisa de meninos. A área total da Quinta das Conchas, incluindo a vizinha Quinta dos Lilases e a mata, é de 26 hectares. Na principal mancha verde do concelho a seguir a Monsanto, encontrar lugar para estender a toalha é garantido, mas para quem prefere ter a papinha toda feita, o melhor é sentar-se numa das esplanadas. 

Vai uma Avenida? Uma Galáxia? Pode não parecer mas são nomes de cervejas, clássicos modernos que facilmente encontra na Dois Corvos, uma já instituição de Marvila. Mas muito melhor que palavras, admitimos, é testar as valias da cerveja artesanal, uma coqueluche alfacinha.

Onde antes morava a cervejeira Lince, que entretanto se extinguiu, vive agora a Fermentage Brewpub, um laboratório onde se brinca com a fermentação para criar cervejas singulares. Há 14 torneiras no total, e muito para explorar, mas a prata da casa é a fumos de Primavera, uma pilsner que chega ao copo a partir de um serviço tradicional checo, que lhe confere um sabor e uma textura especiais. É um espaço para se deixar estar, seja na esplanada ou no interior, com jogos de tabuleiro, arcade, noites de quiz e até wrestling para entreter. 

Com vista para o Jardim das Tágides no Parque das Nações, o Irish & Co. é um sports bar de coração lisboeta e alma irlandesa, graças ao estilo de pub. O sítio certo para beber uma cerveja artesanal e comer um hambúrguer com os olhos postos nos canais de desporto (ou lá fora, se for mais de ver as vistas do que torcer pelas suas equipas preferidas).

O Tivoli Oriente desempoeirou o terraço e abriu um Sky Bar no 16.º piso do hotel – é mais alto que o da Avenida da Liberdade (que fica no 9.º andar), tem vista desafogada para o Tejo e ponte Vasco da Gama (com o Montijo e Alcochete ao fundo), petiscos, combinados de sushi de fusão e cocktails. Este rooftop dispõe ainda de uma zona central coberta que permite o funcionamento ao longo de todo o ano.

Se há coisa que não falta a Lisboa são vistas arrebatadoras, mas nenhuma se compara à do miradouro da Torre Vasco da Gama, no Parque das Nações, construído para a Expo 98. Afinal, estamos a falar do edifício mais alto do país, com 145 metros de altura, e do topo avista-se o Tejo, a zona oriental, a margem sul e muitos outros pontos da cidade – uma perspectiva 360º que estava inacessível há mais de duas décadas, mas que é agora devolvida a lisboetas e visitantes pelo grupo SANA, que lhe acrescentou uma cúpula, um jardim natural vertical, e um bar com cocktails inspirados nas especiarias vindas do Oriente.

Inaugurado em outubro de 2012, entre Sete Rios e a Praça de Espanha, é um restaurante/bar com dois pisos – rés do chão e primeiro andar – e conta ainda com uma agradável esplanada para refeições e copos ao ar livre. É um espaço descontraído que fica aberto até tarde. 

Já se sabe que um dos maiores ex-libris de Telheiras, a par dos simpáticos jardins e de uma generosa ciclovia, são os cafés. Ocupam uma rua inteira (a rua Professor João Barreira), com as suas esplanadas cheias de jovens que ali aterram a beber cervejas e a conviver. Qualquer uma é boa para se sentar (menos em dia de jogo, quando enchem), mas o Kaffa é sempre uma opção segura. 

Situado no bonito jardim junto ao metro de Telheiras, o Jungle é um belo sítio para beber um copo tarde e a más horas. É que este bar está aberto todos os dias da semana, até às 02.00, e tem uma carta de bebidas bem completa, além de vários petiscos para forrar o estômago. O melhor é mesmo é ficar na esplanada, que no Inverno é coberta para que ninguém passe frio. 

Abriu em 2007, é um clássico da zona de Telheiras, e um porto seguro para os apreciadores de sisha. Há vários sabores para experimentar e uma longa lista de chás e bebidas alcoólicas.