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©Gabriell VieiraMercearia da Mila
©Gabriell Vieira

As melhores mercearias em Lisboa

Tradicionais ou modernas, nunca nos abandonaram quando precisámos delas. Estas são as melhores mercearias em Lisboa.

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O verbo “aviar” é perfeito para ser empregue em contexto merceeiro. É uma pena que se tenha perdido o hábito de dizer “vou ali aviar-me à mercearia da esquina”, por isso estamos aqui para trazer de volta essa máxima, ainda que nestas mercearias consiga encontrar mais que um quilinho de laranjas ou um ramalhete de brócolos (há quem faça chutneys e picles caseiros, tenha nutellas das boas e até arranjinhos de flores). Nestas lojas existe o melhor dos dois mundos, o tradicional a casar bem com o moderno – os enchidos transmontanos a darem a mão aos queijos franceses, a bola de Mafra e o pão de fermentação natural, os doces conventuais e os de frasco. Na hora de encher a despensa abasteça-se nas melhores mercearias de Lisboa.

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As melhores mercearias em Lisboa

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  • Alcântara

As irmãs Rolim abriram a Mercearia Saloia em 2014, na Rua de São Bento, com uma parte de cafetaria, numa altura em que surgiam as “lojas gourmet” e sentiam falta de um sítio “mais íntimo e bairrista”. Depois de encher muitas despensas e dar a provar muitos produtos, em 2021 muda de poiso e instala-se na Lx Factory sem a parte de café mas com as prateleiras bem recheadas de produtos “tradicionais e contemporâneos”: doces e licores Donanna, bolachas Paupério, chás do Cantinho das Aromáticas, enchidos de Alpalhão e legumes de produtores locais. Têm também o Cabaz à Saloia (15€), que reúne uma selecção variada de frutas, vegetais e legumes, que muda de semana para semana. As encomendas são feitas até terça e as entregas acontecem sempre às quintas-feiras.

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  • Cascais

Constança Raposo Cordeiro, da Toca da Raposa, percebeu que o seu bairro, em São Pedro do Estoril, não tinha muita oferta de mercearias. Encontrou um espaço praticamente à porta de casa e meteu mãos à obra a meias com o namorado, também da área da restauração. “Produtos portugueses, frescos, temos de tudo. Mas também temos frutas tropicais, pastilhas Gorila, Cerelac, tudo o que uma mercearia de bairro deve ter, não somos puristas”, conta, enquanto garante que tem feito uma vida de “merceeira” à séria. “Ir ao MARL [Mercado Abastecedor da região de Lisboa] é uma aventura. Pedi dicas às minhas senhoras dos mercados”, acrescenta. Os frescos vêm de uma parceria com a Quinta do Vale das Dúvidas, tem uma selecção de queijos da queijaria francesa Maître Renard, de Campo de Ourique, pão do Isco ou da Taleiga, brioches da BRI_O e ainda uma gama de produtos próprios, feitos com os perecíveis: pickles, manteigas, chutneys e doces. Também têm flores frescas, vinhos naturais e outras bebidas. “Queremos dar vida ao bairro”, diz. E parece que conseguiu, até porque pintou as paredes da mercearia de cor-de-rosa, “bem kitsch”. Dá logo vontade de espreitar e de encher o saquinho.

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  • Mercearias finas
  • Santos

Antes de abrir a Comida Independente, Rita Santos andou a viajar pelo país, a conhecer produtores, os seus métodos e os seus produtos, a saltar de um queijeiro para um produtor de azeite e deste para o criador de gado de cada zona. A sua mercearia em Santos, que é também bar de vinhos (tomara que o bicho volte a permitir depressa ir lá), já dispensa apresentações e é um verdadeiro palco para produtores de Portugal inteiro, com legumes e frutos frescos, garrafeira, chás, enchidos, pão e um sem fim de outros produtos nacionais. Além da loja, que tem também petiscos de Marcela Ghirelli (faça o que fizer, não saia de lá sem o seu kit pastrami), organizam todos os sábados o Mercado de Produtores na Praça de São Paulo, entre as 10.00 e as 14.00.

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  • Mercearias
  • Estrela/Lapa/Santos

Na porta ao lado da Boulangerie, que nos conquista logo à entrada com o aroma dos croissants de massa folhada e estaladiça (mas não só), abriu em Janeiro uma mercearia. Neste minimercado dos mesmos donos da pastelaria há produtos frescos portugueses, 70% dos quais biológicos, com as frutas e legumes da época sempre a rodar, produtos de higiene e cosmética, charcutaria e pão bom da vizinha e irmã. “Todos os produtos foram seleccionados à lupa”, explica o responsável Bernardo D’Orey, para garantir uma maioria de embalagens sustentáveis, em vidro, com o plástico em doses muito, muito reduzidas e só em produtos que ainda não conseguiram arranjar alternativa. Têm também uma garrafeira e uma secção de venda a granel, onde estão, por exemplo, especiarias, leguminosas e o grão de café Flor da Selva, da torrefacção do bairro da Madragoa, que pode ser moído ali mesmo antes de o levar para casa, no seu saquinho de pano, claro está.

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  • Mercearias finas
  • Oeiras

Sofia Oliveira e Fábio Gomes abriram a Comvida em Oeiras para promover uma cozinha e um consumo sustentáveis, com produtos nacionais e sazonais, tudo de produções locais. É cafetaria e mercearia e nesta fase mantêm a mercearia aberta para os fregueses se abastecerem, ao mesmo tempo que têm um menu de take-away com propostas para pequenos-almoços, almoços equilibrados ou lanches. Têm os legumes e fruta do Libério Alcobio, da Casa das Cerejeiras ou da Prazeres da Terra, leguminosas do Mercado do Campo Pequeno, pão da padaria Massa Mãe, de Benfica, azeite, vinagre e azeitonas da Herdade da Escrivão... E podíamos continuar a enumerar produtores, uma vez que é essa uma das vertentes que mais querem valorizar. Há também cabazes prontos para encomenda (a partir de 15€) – o Da Horta (fruta e legumes), o Essencial (fruta, legumes, sopa e pão) e o Petisco (queijo, pesto e vinho) – entregues às quintas e sábados, entre as 16.00 e as 19.00, num raio de 15 km da loja.

  • Mercearias finas
  • Areeiro/Alameda

Tem ar moderno, mas espírito antigo, com muitos produtos difíceis de encontrar noutro lado. Conte com queijos artesanais e enchidos de diferentes regiões, azeites, legumes e fruta biológica da época, manteigas, pão de vários negócios da cidade (todos os dias recebem de uma padaria diferente), ostras da Ria Formosa, amêndoas, mel, conservas e muxama algarvia – e está sempre a acrescentar mais produtos às prateleiras. Também têm produção própria de empadas e madalenas e ajudam a montar cabazes para oferecer, basta ir até lá ou telefonar e encaminhar o pedido. Fazem entregas ao domicílio de segunda a sábado.

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  • Santos

O sonho de Tiago Rodrigues e Mila era abrir um “deli”, mas cresceu e tornou-se muito mais do que isso. Mercearia fina, mercearia orgânica, charcutaria e cafetaria, agora com os menus disponíveis para take-away logo pela fresca (aproveite para beber o seu cafezinho do bom, de especialidade, ao postigo). Para encher as prateleiras, trabalham com padarias e produtores de frutas e legumes locais, peixarias, talhos e outros negócios independentes. Também vendem as suas produções, que usam na cozinha, como hummus ou baba ghanoush, ou molhos caseiros, granolas e muffins.

  • Mercearias finas
  • Chiado/Cais do Sodré
  • preço 2 de 4

Há um bocadinho do país inteiro na mercearia governada por Maria Carvalho e Eduardo Cuadros. Enchidos de porco preto do Alentejo ou de bísaro de Trás-os-Montes, queijos de norte a sul do país e ilhas, manteigas frescas de vaca e de cabra, doces caseiros e molhos picantes artesanais. Isto sem falar do batalhão de frascos com frutos secos e outros desidratados, como pinhões, cajus, tâmaras de Israel, bagas goji, gengibre e flores de hibisco. Nas prateleiras há ainda vinhos, garrafas de ginjinha, frascos com mel de rosmaninho, outros com codorniz em escabeche ou polvo em conserva, vários azeites, latas de sardinha, bolachinhas para o chá e ainda pão fresco, do Alentejo às broas do Fundão. É certo que sai de lá com material do bom para a despensa e o estômago.

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  • Compras
  • Mercearias
  • Castelo de São Jorge
  • preço 2 de 4

Primeiro veio o Prado, depois a Mercearia, carregadinha de fornecedores portugueses, como o restaurante com o mesmo nome que fica na porta ao lado, e uma vertente de cafetaria que agora está suspensa. Há os legumes e frutas do Hortelão do Oeste, Quinta do Poial ou Pomar do Príncipe, uma variedade considerável de enchidos de porco preto da salsicharia estremocense SEL, o café da Café da Fábrica – Coffee Roasters, uma selecção de queijos jeitosa, conservas, ovos caseiros, vinagres premiados, azeites, chocolates, vinhos biológicos, naturais e biodinâmicos. Também têm mercearia online, qual catálogo do bom produto, e entregas ao domicílio, caso lhe seja mais cómodo.

  • Compras
  • Mercearias
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

O projecto inicial da jornalista de moda brasileira Adriana Bechara era abrir um “welcome & wellness center” que acolhesse viajantes no período pré e pós-check in, onde pudessem descansar tranquilamente, guardar as malas, fazer uma massagem antes de voltar a embarcar, por exemplo. Mas meteu-se a pandemia pelo caminho e foi altura de arregaçar as mangas e ao café já previsto, juntou-se uma mercearia gourmet com uma curadoria de produtos artesanais, frescos e feitos em Lisboa, muitos deles de novos negócios que também surgiram durante a pandemia. Tem uma agenda semanal de produtos a chegar à mercearia: às segundas chegam as burratas Il Bocconcino, à terça é dia dos cabazes de mini-legumes biológicos e quiches Kiche.me, à quarta chega o Pão do Pastor quentinho e as kombuchas Homelab, à quinta os bolos com óleos essenciais da Baru.ba, às sextas as massas da La Pasta Fresca. Ao sábado volta a haver Pão do Pastor e tiramisú Nipote e ao domingo pizzas e buquês florais para alegrar o lar. Há também uma zona de loja com peças de decoração e moda e no café há refeições leves a serem servidas. Em Julho e Agosto de 2021 abrem os espaços de concierge, com guarda-malas e atendimento humanizado e a parte de wellness, com um menu semanal de terapias corporais para descomprimir corpo e mente, tal como estava previsto inicialmente. 

Lisboa tradicional

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