Restaurante, Cozinha Italiana, Margarida
©Mariana Valle Lima
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Margarida, o italiano que lhe chega a casa depressa e bem

Margarida é italiana, mora em Carnaxide e serve a velocidade turbo. Fomos conhecer a nova proeza do grupo Non Basta.

Teresa David
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É-nos fácil gostar dos repastos italianos, calorosos e aconchegantes, como um forte abraço no estômago. Por razões óbvias, as entregas ao domicílio e o take-away são a escolha de muitos e opções não faltam. Até por isso, pode ser difícil marcar a diferença, mas o novo Margarida, o mais recente projecto do grupo Non Basta, acredita que a chave está na qualidade. Para isso, aceleram-se os processos de produção e entrega e substituem-se os ingredientes, para que sobrevivam à viagem (não descurando nunca a sua frescura). O restaurante, em Carnaxide, senta quase 30 pessoas, mas o foco está mesmo nas refeições que chegam ao conforto do lar. “É a nossa primeira aventura fora do centro de Lisboa e é também a nossa primeira aventura mais direccionada para o delivery e take-away, apesar de as pessoas também poderem ter uma experiência na loja”, diz Frederico Seixas, um dos sócios do Grupo Non Basta, que com este Margarida detém já cinco restaurantes. 

Restaurante, Cozinha Italiana, Margarida
©Mariana Valle LimaMargarida

A nova casa propõe-se, então, a ter “comida de qualidade, mas de execução rápida e com entrega bem feita”, revela o responsável. Parece fácil, mas só com o saber e a experiência acumulados dos outros restaurantes foi possível. “Começámos a trabalhar com o Uber Eats mal eles abriram em Portugal. Como trabalhamos com pizza de massa fina, sempre tivemos algum receio em enviar para casa, medo de o produto não chegar nas melhores condições aos clientes. Mas depois testámos e, de facto, tivemos uma boa surpresa. Foi nessa altura que começámos a pensar que faria sentido uma marca direccionada para esse mercado”, conta. Do desejo de um negócio que chega a casa e também da necessidade de responder à procura dos clientes da zona de Oeiras nasceu o Margarida, depois de muitos testes na cozinha. O objectivo era “perceber quais eram as massas que aguentavam melhor”, explica. “Temos aqui alguns tipos de massa que nem usamos nos outros restaurantes, como o paccheri ou a mafaldine. Foi tudo pensado e testado para os produtos não serem consumidos logo e aguentarem o mais possível”, acrescenta. 

Margarida
Mariana Valle Lima

Definindo-se como “italian fast foodie”, que é como quem diz um “italiano de fast food, mas com qualidade”, sublinha o sócio do grupo Non Basta, foi também preciso assegurar a rapidez do processo. “Escolhemos equipamentos que nos permitem dar uma resposta muito melhor. Temos um que estende a massa da pizza, e que não exige manuseamento humano. O processo fica logo muito mais rápido”, detalha. Além disso, criaram um site próprio para a venda das refeições, a par do Uber Eats. Esta vertente mais tecnológica do Margarida, desenhada para as entregas em casa, também é bem visível na loja. Há ecrãs coloridos que anunciam os pratos a complementarem o vermelho, o branco e o azul das paredes, das mesas e do chão. Aqui também não há serviço de mesa – é chegar, pedir ao balcão e só depois sentar. Mas este espaço não serve apenas o Margarida. Se entrarmos pela cozinha e seguirmos caminho somos surpreendidos com uma enorme área que em breve se irá transformar numa cozinha central para a distribuição dos restaurantes do grupo – além do Margarida, o Pasta Non Basta, o Memória e o Província. “Vai abastecer os nossos restaurantes todos”, garante.

O nome, Margarida, resulta do aportuguesamento do nome da pizza mais popular do mundo. Margherita, margarita? “Ninguém sabe escrever, por isso escrevam Margarida”, sugere Frederico. Para comer não falta, claro, a tradicional “margarida”, mas não ficamos por aqui. No arranque da refeição pode optar por uma das cinco variedades de focaccias (3,90-4,50€) ou pela burrata al pesto (11,50€). Na secção das pizzas, são doze as sugestões, entre as quais a diavolini (12,50€), uma pizza picante, e a rústica (10,90€), com cogumelos e fiambre. Entre as massas frescas, preparadas a partir das farinhas de moleiro Paulino Horta e servidas numa tigela em inox para preservar o calor, encontra a carbonara (10,90€), aqui preparada com penne, para que não perca qualidade na viagem, e um linguini com tomate e camarão (12,90€). Para terminar, escolha entre o clássico tiramisù (2,90€) e os vários sabores de gelados artesanais da marca O Gelado (d’A Tarte), desenvolvidos especialmente para esta loja de Carnaxide, como o de nutella (4,90€), o de morango e manjericão (4,90€) ou o de chocolate vegan (7,90€). 

Margarida
Mariana Valle Lima

Para já, o raio de entregas do Margarida abrange as localidades de Carnaxide, Linda-a-Velha, Algés, Restelo, Queijas, Alfragide, Ajuda e Miraflores. “A ideia é que possamos ter vários Margarida na cidade o mais rapidamente possível”, diz Frederico. Mas o próximo passo do grupo Non Basta é outro. “Temos um projecto que já está a andar para Paço de Arcos. À partida será um Pasta Non Basta”, revela. Até lá, desfrutamos de Itália à mesa a partir de Carnaxide. 

Rua Manuel António Rodrigues 6. Seg-Dom. 12.00-22.30.

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Outras novidades de trazer por casa

  • Sete Rios/Praça de Espanha

Há sempre dias em que não sabemos o que fazer para jantar, ou porque não preparámos nada, ou porque não fomos às compras. E, muitas vezes, também nesses dias já nem sabemos o que pedir para casa. Se ao menos pudéssemos mandar vir a comida da mãe, da sogra ou dos avós… Felizmente, a MOM apareceu no final do ano passado para resolver este dilema. Arroz de pato (12€), bochechas de porco com redução de balsâmico (12€), rolo de carne com espinafres e queijo (12€), gratinado de pescada e noisette de couve-flor (10€), bacalhau com natas (11€), bacalhau espiritual com crumble de parmesão (12€) ou lasanha de espinafres (12€) são alguns dos pratos que pode encomendar para duas pessoas. A casa chegam congelados, com todas as indicações necessárias para que na hora da refeição saiba tudo a comida da mãe – que é na verdade feita por Manuel Perestrelo, chef do Boato e do LouQura. Finalizar os pratos em casa é muito simples: às vezes basta pôr a embalagem no forno. Pensadas para seis a oito pessoas, há várias opções de empadas (24€-27€) e quiches (21€-22€). E claro que não faltam entradas e sobremesas. As encomendas são feitas via telefone (969 770 060) ou e-mail. Para entregas em Lisboa e Amadora a taxa de entrega tem o custo de 5€ (gratuita em compras acima de 80€). Já em Oeiras e Cascais a taxa sobe para 10€ (gratuita acima de 150€).

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Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
  • Sete Rios/Praça de Espanha

Quando parece que já tudo nos chega a casa, surge o Pescatore para mostrar que ainda há caminho para inovar nas entregas de comida. Este restaurante virtual é o primeiro do novo colectivo Lisbon Street Kitchen (LSK), que promete deixar uma marca no delivery com refeições que apostam na qualidade do produto sem puxar pelos preços e com foco na sustentabilidade e no zero desperdício. O nome indicia e não engana: neste Pescatore tudo o que vem à rede é peixe – e nada se perde, tudo se transforma. Na cozinha está o chef italiano Silvio Armanni, que conta no currículo com passagens por restaurantes com estrela Michelin, em Hong Kong, Xangai e Tóquio. No menu há combinações singulares como a sopa de abóbora e cenoura com alecrim fresco, avelãs picadas e vieiras da Galiza (6€), peixe-espada do Atlântico, acompanhado por um esparguete frio com pesto caseiro, tomates cereja semi-secos, raspas de limão e pinhões biológicos tostados (13€) e uma bowl com camarão e lula cozidos, tártaro de atum, cuscuz de trigo integral e uma emulsão de abacate e algas marinhas (13€). Para quem gosta de coisas mais práticas, há uma tentadora sandes de atum dos Açores, feita com puccia, um pão arredondado da região italiana de Puglia, recheada com tártaro de atum, pesto caseiro, stracciatella, rúcula, tomate heirloom e cebola roxa em conserva (13€). As sobremesas são igualmente surpreendentes, havendo diferentes menus que facilitam a escolha. O Pescatore está disponível de terça a sábado através Kitch ou das plataformas habituais de entrega de comida.

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Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa

À procura de sugestões de restaurantes?

Não são moda de agora – ainda nos lembramos de ver as mimosas e mesas fartas em séries como O Sexo e a Cidade –, mas continuam a ser uma tendência na cidade. Um maravilhoso mundo de possibilidades que tanto serve de pequeno-almoço reforçado como almoço ou refeição para qualquer hora. Se começaram por ser uma opção de fim-de-semana, são cada vez mais os sítios com cartas para qualquer dia, afinal um prato de ovos ou panquecas sabe sempre bem.

As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Felizmente, os projectos que tinham ficado em suspenso dão-se agora a conhecer. Há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa, abertos nos últimos meses.

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