Miolo
RITA CHANTRE
RITA CHANTRE

Os melhores brunches em Lisboa

Se há refeição que não passa de moda é o brunch, cada vez mais diversificado.

Cláudia Lima Carvalho
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Não são moda de agora – ainda nos lembramos de ver mimosas e mesas fartas em séries como O Sexo e a Cidade –, mas continuam a ser uma tendência em Lisboa. Um maravilhoso mundo de possibilidades que tanto serve de pequeno-almoço reforçado como almoço ou refeição para qualquer hora. Se começaram por ser uma opção de fim-de-semana, são cada vez mais os sítios com cartas para qualquer dia, afinal um prato de ovos ou panquecas sabe sempre bem. Mas nem só disso se faz o brunch. À carta ou em menus faustosos, são cada vez mais e melhores os brunches em Lisboa, alguns até com dedo de chef. 

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Os melhores brunches em Lisboa

  • São Sebastião

Talvez não seja um brunch para todos os fins-de-semana, nem sequer para todos os meses, mas é uma experiência à medida de uma celebração especial. O requinte, o serviço atencioso (sem nunca ser intrusivo) e a sala imponente aliados à cozinha do novo chef, Carlos Cardoso, e às criações delicadas do chef pasteleiro Diogo Lopes fazem do brunch do Ritz Four Seasons um dos melhores da cidade, irresistível até para aqueles que torcem o nariz a esta refeição. Por exemplo, sabia que há sempre uma estação de sushi com o peixe e o arroz a serem preparados ao vivo? Há ainda uma zona dedicada à padaria e pastelaria e outra aos queijos e à charcutaria. Nos quentes, há pratos de peixe e de carne, além de opções vegetarianas, e não falta nenhum clássico do brunch, como as panquecas ou os ovos Benedict do Ritz. Nas sobremesas, a selecção é vasta e o nosso conselho é que não deixe passar o mil-folhas. 

105€ (crianças até aos 5 anos não pagam e dos 6 aos 12 anos têm 50% de desconto)

  • Xabregas
  • Recomendado

Palco de pequenos produtores desde o seu início, a Praça, no Hub Criativo do Beato, é aposta certeira para qualquer dia da semana. Talvez seja, no entanto, o brunch, ao fim-de-semana, uma das suas grandes montras. O pão de massa mãe feito em casa com farinhas artesanais não podia acompanhar melhor a selecção de charcutaria e queijaria e a pastelaria também caseira não fica nada atrás (fazem sucesso os croissants e o caracol de canela). Há saladas, pratos quentes, pizzas, quiches, ovos e tostas – e os sumos naturais são à descrição. Para os miúdos (e, na verdade, para os pais, que bem vão agradecer), há ainda a "Pracinha", onde as crianças podem brincar à vontade e participar em workshops, sempre acompanhadas.

30€ (crianças dos 5 aos 12 anos pagam metade)

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  • Cafés
  • Chiado/Cais do Sodré

É um clássico que não passa de moda e que se tem vindo até a saber reinventar. Com a esplanada virada para a Praça das Flores e para um pequeno parque infantil, preserva o ambiente de café de bairro e é um ponto de encontro da vizinhança. A pastelaria é boa e recomenda-se, com destaque para os croissants, os scones e os brioches, bem como os bolos do dia que dão cor ao balcão. O brunch, que antigamente estava apenas disponível ao fim-de-semana em buffet, pode agora ser pedido diariamente na mesa para um mínimo de quatro pessoas (19€) e inclui croissants, pão e panquecas; queijo, fiambre e manteiga; compota, mel e nutella; ovos mexidos e bacon; banana bread e uma taça de fruta. Inclui ainda uma bebida quente à escolha e um jarro de sumo natural. 

19€

  • Avenida da Liberdade

Estávamos em 2017 quando o casal Yasmine Van-Dúnem e Ricardo Manita, chegados a Portugal não há muito tempo, apostavam num pequeno restaurante no Príncipe Real que decidiram baptizar de RUA. Chamaram Manuel André Fernandes, vencedor do MasterChef dois anos antes, para tomar conta da cozinha e em pouco tempo a casa conquistou o seu espaço. Sete anos depois, tudo mudou. O RUA fechou, já depois do chef ter saído do projecto, e Yasmine e Ricardo abriram o Addiction, junto à Avenida da Liberdade. A aposta na street food asiática mantém-se, bem como alguns pratos estrelas, mas a carta de brunch, disponível só ao fim-de-semana e até as 17.30, é uma novidade. Ora há uns ovos benedict com salmão curado (16€), como há uns ovos Addiction com lagosta e vieira grelhadas na manteiga de ervas (19€). Há ainda umas opções de panquecas salgadas (14€-16€) e outras doces (12€-14€). 

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  • Campolide

A localização não é um acaso, embora tenha sido praticamente um golpe de sorte. Ao passear na zona, onde têm os filhos no Liceu Francês, Sandra Castro e Pedro Oliveira viram num empreendimento prestes a nascer o espaço perfeito para dar forma ao sonho de criarem um negócio próprio. O casal, vindo de França há cerca de três anos, sentia falta de uma pastelaria à boa maneira francesa. Apesar de virem de áreas completamente distintas, atiram-se de cabeça e criaram a BomBom Pâtisserie, em Campolide. O espaço é amplo e bonito, colorido e contemporâneo. Na montra, saltam imediatamente à vista as cores dos choux e das finas tartes de assinatura, além dos croissants e dos pains au chocolat. Ao sábado, há um menu de brunch (19,50€) que acaba por ser uma boa montra do que aqui se faz. Inclui iogurte e granola, uma fatia de bolo, um croissant recheado (que tanto pode ser com abacate e salmão ou fiambre e queijo), uns ovos mexidos ou à la coque e, por fim, um chou (uma das especialidades da casa), além de uma bebida quente e um sumo. 

19,50€

  • Chiado/Cais do Sodré

Numa zona onde surpreendentemente não havia grandes opções para os fãs de brunch, o JAC tornou-se numa paragem concorrida. Os pratos são o que se esperam de um sítio de brunches, e é mesmo essa a ambição. Fazer bem o que há para fazer. Da tosta de salmão (13,50€), com salmão fumado e marinado em casa, labneh e torradas, à qual se pode acrescentar extras como abacate (2€), ovos (2€) ou batatas fritas caseiras (2,50€), aos clássicos ovos benedict (10,90€) ou às panquecas, disponíveis em três versões: velvet (9,90€), com base de banana, doce caseiro de frutos vermelhos, queijo cremoso e fruta da época; salgadas (10,50€), com base de ricotta, bacon caramelizado, caramelo salgado e pipocas; e nutella (9,90€). Mas há também opções menos comuns como a tosta de cogumelos (12,00€) ou a sandes de cachaço (13,90€). O sítio, em tons claros, é luminoso, as portadas sempre abertas convidam a entrar e a ficar.

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  • Chiado/Cais do Sodré

Foi durante muitos anos a morada da Farmácia Confiança e é com confiança que as norte-americanas, Mickey e Mindie Spencer, se têm proposto a conquistar a Praça das Flores. Depois de terem aberto o bar Royal Vessel, a menos de 200 metros daqui, abriram a Cantina Flores, inspirada nas cantinas mexicanas que tão bem conhecem e das quais sentiam já falta. A proposta é servir comida de rua mexicana autêntica, sem fechar a porta à rua e à praça onde estão instaladas. À carta de tacos e quesadillas junta-se outra dedicada ao brunch. Há “huevos rancheros” (12€), onde o ovo estrelado acompanha com tortilha de milho coberta com feijão preto, molho de chili, natas ácidas, queijo, abacate e pico de gallo, mas também uns “chilaquilles” (12€), que mais não são do que umas tortilhas de milho frescas cozinhadas em salsa vermelha picante e queijo, servidas com feijão preto, natas ácidas, abacate, pico de gallo e ovo estrelado. Há ainda uma opção na carta de brunch que é um menu composto e que por 15€ inclui uma sala de frutas mexicana, um dos pratos da carta, como os já mencionados, e um sumo ou água.

  • Chiado
  • Recomendado

A história começa na Ericeira, onde o sonho de Alex Horbenko de chefiar um restaurante ucraniano de fine dining foi ganhando forma. Dois anos depois, a ambição do chef está mais perto de se cumprir com a abertura em Lisboa do Capsule Neo-Bistro. Em plena Baixa, o restaurante não tem só melhores condições e tamanho, como chega a um público mais diverso, que faltava na Ericeira. Na cozinha aberta para a sala, Horbenko ganhou um novo fôlego para as suas “experiências loucas”, muito à volta das fermentações, mas conseguiu sobretudo um espaço para dar palco à gastronomia do seu país, numa fusão com o produto e os sabores portugueses. O brunch é, provavelmente, dos mais fora da caixa da cidade. Fugindo ao óbvio e procurando ir buscar os sabores ucranianos, há uma enguia fumada com kimchi e batata (15€), uma omelete com salsicha de sangue, chips lacto e tinta de lula (14€) ou uns crepes com três texturas de trigo-sarraceno, fruta da época, gel de raspas de citrinos e kombucha (12€). Resta dizer que nas bebidas, o trabalho é igualmente criativo, com destaque para as infusões, a soda caseira e demais opções, como a tónica de hibisco e mirtilo (6€) ou na de jasmim e sabugueiro (6€). Uma autêntica experiência.

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  • Hotéis
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Foi com os jantares que acabam em festa que o Mama Shelter começou a dar nas vistas (e muito ajudou também a decoração excêntrica e instagramável), mas justiça seja feita aos brunches de domingo, motivo de romaria para os lados do Rato. É o buffet, com uma selecção de pratos quentes e frios e propostas que combinam sabores locais e internacionais, o grande chamariz. Ora há pizza, ora há tacos, ora há coxinhas, sem esquecer os grandes clássicos do pequeno-almoço almoçarado: pão, ovos, croissants, crepes e panquecas, queijos, charcutaria, iogurtes e fruta. Na zona dos doces, pratos de vários andares com profiteroles de chocolate, frutos vermelhos ou avelã competem com mousses, éclairs, dónutes e até uma fonte de chocolate – uma tentação, especialmente para os mais pequenos. Para os pais, há bar aberto de mimosas (leu bem). Falando nisso, não há data especial que não seja celebrada à altura e pode já apontar a próxima: o Dia do Pai celebra-se com um festim temático a 23 de Março (40€/crianças dos quatro aos 12 anos pagam 15€). 

35€ (crianças dos crianças dos quatro aos 12 anos pagam 15€)

  • Hotéis
  • São Sebastião
  • preço 3 de 4
  • Recomendado

Imagine um brunch que inclui um pequeno parque de insufláveis, piscina de bolas, legos, desenhos e tatuagens. Os miúdos de um lado, os pais no outro. Os mais pequenos em grande excitação e os adultos tranquilamente a aproveitar o sossego. Não imagine mais e rume ao Sheraton Lisboa. Numa sala do hotel, no andar acima do restaurante, há três insufláveis, piscina de bolas, mesas com legos e material de desenho, música animada e monitores que garantem a ordem e a segurança da pequenada. Os pais podem entrar e brincar com os filhos, mas também podem ficar-se pelos muitos sofás do hotel – à porta desta zona, há até uma área com café e pequenos doces para que nada falte. O brunch é servido das 12.30 às 15.00, mas a área infantil abre logo às 10.30 (e termina à mesma hora do brunch). Quanto à refeição, é buffet e não falta nada.

48€ (crianças dos três aos 12 pagam metade)

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  • Chiado
  • preço 4 de 4
  • Recomendado

Desde que abriu que o restaurante do Bairro Alto Hotel fez bandeira do seu brunch, especialmente por não fazer buffet. Na base tudo, estava a diferença, mas mais do que isso, a preparação no momento que um pedido à carta exige. E se há coisa que não mudou, entre mudanças de chefias na cozinha, foi isso mesmo. Hoje é Fábio Pereira quem comanda, depois de oito anos no Ritz Four Seasons como sous-chef e sous-chef executivo. Antes, passou antes por restaurantes como a Bica do Sapato e o 100 Maneiras. O novo chef não quer quebrar com o passado e mantém o foco na qualidade dos produtos, na sazonalidade e nos pequenos produtores. No brunch, servido apenas aos fins-de-semana, já introduziu algumas novidades, como os ovos estrelados com batatas crocantes e iogurte com especiarias (15€). Funcionando à carta e sendo as opções bem distintas, é possível fazer um belo banquete que inclua coisas como croquetes de carne e mostarda portuguesa (6,50€/duas unidadades) ou até um prego do lombo com molho de pica-pau em pão saloio (20€). Com sol, peça uma mesa no terraço, que continua com uma vista imbatível para o Tejo.

  • Cascais

Depois de se ter estreado no brunch em Cascais, numa parceria com a Milkees, a Gleba segue agora sozinha com um menu onde se destacam as tostas abertas, como a de ovos mexidos (6,95€), a de trigo barbela com creme de requeijão da Queijaria Simões (6,95€) ou a de focaccia de tomate, manjericão e stracciatella Il Bocconcino (7,95€). O princípio é simples: aproveitar os produtos que já são vendidos habitualmente nas padarias, vindos de marcas e produtores parceiros da Gleba há muito tempo. Há também uma oferta de cafetaria mais tradicional, onde nem a escolha da manteiga é descurada. O iogurte leva a granola da Gleba e mirtilos (4,45€) e, para acompanhar, o café de especialidade d'A Sgt. Martinho. Em Telheiras, também há um menu disponível, mas mais curto. 

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  • Oeiras

O Hemisfério é só um restaurante, mas são vários os lugares que o fazem. De um lado, as mesas e os bancos embutidos em pedra rodeiam o bar, do outro, ladeiam o caminho em direcção a um solário com a sala do restaurante e a cozinha. Tal como o espaço, a carta também se divide – durante o dia, o menu vira-se para o brunch, à noite, imperam os cocktails. Mas o brunch é mesmo a estrela deste sítio. Um dos favoritos dos clientes é o mil-folhas de batata, com maionese de trufa e queijo parmesão (6€), mas não se ficam atrás outras entradas como o crudo de salmão com ponju, pickle de cebola, alcaparras, tofu, endro e sésamo (13€). Os good morning eggs (7€), ovos mexidos, creme de abacate, requeijão fresco, tomate, crumble de sementes, salada de agrião e rebentos em pão brioche tostado, também são populares e as panquecas com mascarpone, maple syrup, compota de fruta da época e açúcar em pó (7,50€) são uma das opções mais doces. Nas bebidas, há café de especialidade da Buraca Roasters, sumos naturais (3€-4€) e smoothies (4,50€-6€). 

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Denis Nikiforov chegou da Rússia em 2023, com ideias de abrir um restaurante. E assim foi. No final de Outubro de 2024, ao lado de Nikita Pirogov, deu a conhecer o Alba Bistro. Fica no Largo do Rato e dedica-se ao brunch, mas quer mostrar que este grande pequeno-almoço tem mais para dar do que tostas de abacate. A carta não é longa e vai mudando, mais ou menos, a cada dois meses, mas mantêm-se sempre alguns pratos. As omeletes (14€) são populares: há de cogumelos e trufa, de camarão, e de espinafres e espargos. Outras opções incluem os croquetes de batata e queijo, com queijo creme azedo e caviar vermellho (12€), o roti com salmão, queijo creme de limão, espargos e ovo cozido (12€) e a croque madame com molho de trufa (13€), que leva presunto, queijo gouda e ovos mexidos. O café é da Torra e da Kawa, mas a verdadeira especialidade do Alba é o matcha, que pode ser pedido em shot ou numa versão maior. Além de ser servido quente, com pinhão, nozes ou algas e feijão edamame, também é servido frio, como acontece no bumble matcha (6€), com sumo de laranja e xarope de agave. Para os mais indecisos, há um set de degustação de até três variedades de matcha (7€).

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  • Baixa Pombalina

Quando em 2019, João Luc e Catarina Terenas abriam o Miolo no Bairro Alto, num espaço tão pequenino que mal dava para sentar clientes, dificilmente imaginariam que seis anos depois estariam com duas casas bem vistosas em duas das zonas mais movimentadas da cidade: Belém e Baixa. O café na Rua dos Fanqueiros é a mais recente novidade e chama à atenção logo desde a rua. Mantêm-se os tons rosa e o ambiente acolhedor, mas mais do que isso, o propósito com que tudo foi criado: "ter comida de qualidade”. À mesa chegam sempre pratos bonitos (e bem instagramáveis). Tudo o que pode é feito em casa. Dos tempos do Bairro Alto, mantém-se também o brioche artesanal com bochecha de porco estufada em vinho do Porto, cebola roxa caramelizada, bacon crocante, lascas de parmesão e puré de batata doce (13€). As novidades também não são de se ignorar, ora atente nesta descrição: creme de tomate e pimento assado, ovo escalfado, cogumelos salteados, parmesão e cheddar em focaccia artesanal (12,50€). Isto para além dos ovos e das tostas mais clássicas, das panquecas e do afamado bolo de cenoura e queijo-creme. Para aqueles que gostam de decisões simples, há um menu composto (19€).

  • Hotéis
  • São Sebastião

Se há coisa que o grupo SANA valoriza são os brunches e nem por acaso tem nos seus hotéis autênticos banquetes, pensados sempre para se ir em família. É assim no Epic SANA Lisboa, junto às Amoreiras, e é assim no Myriad, na Torre Vasco da Gama. E, agora, é assim também no SANA Metropolitan, perto de Entrecampos, mais modesto que a restante família, tal como o preço (35€). Já a oferta não é comedida. Pelo contrário. O brunch é buffet, com todas as estações habituais (pão, pastelaria, saladas, charcutaria e queijos, saladas, crepes e waffles) e ainda pratos quentes onde poderá apanhar algumas sugestões mais tradicionais como chocos grelhados ou bifinhos de frango com limão e tomilho. Para as crianças, há mini hambúrgueres e mini pizzas e um espaço infantil para longas brincadeiras. Nas sobremesas, têm dado que falar as farófias e os pastéis de nata. No preço, estão incluídas as bebidas (vinho e tudo). E nem tem de se preocupar com estacionamento: tem direito a quatro horas gratuitas.

35€ (crianças dos 5 aos 12 anos pagam metade)

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  • Santos

Quando os irmãos Lourenço e António Mello abriram a do Beco, já tinham alugado um espaço em Santos, que iria acolher a sua primeira padaria. Mas com atrasos nas obras, acabaram por abrir primeiro em Arroios. No passado mês de Outubro, deram, finalmente, a conhecer o segundo espaço, que é bem mais espaçoso e luminoso. O grande destaque vai para a cozinha visível da sala, onde se fabrica toda a pastelaria. Aqui, tanto a carta, como os objectivos da marca continuam a ser os mesmos – qualidade, simplicidade e o toque português que, acredita Lourenço, distingue esta das restantes padarias do género. Com as novas estações, chegam sempre novos pratos, mas nos clássicos não se mexe. É o caso do ovo tornado (12€), dois ovos em brioche recheado de batata, brócolos assados e molho camembert, acompanhados de coleslaw caseira, ou da croque monsieur (10€), com bechamel, queijo gouda, fiambre e cebolinho. Há uma opção de brunch para duas pessoas (32€), com um prato, duas pastelarias, iogurte, cesto de pão com manteiga e duas bebidas, mas os pratos também podem ser pedidos à parte. Destaca-se o do Beco (15€), que leva ovos, bacon ou salmão, gouda, fiambre artesanal, hash browns com brócolos, pak-choi grelhado com “hot honey”, tomate assado, pão e manteiga.

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Não, não perdemos a cabeça para recomendar um brunch de pizza (embora acreditemos que houvesse quem apreciasse). Ainda não é isso, mas dependendo da hora até pode ser que consiga acrescentar uma pizza, já que a nova Jezzus, na Rua de Santa Marta, aproveitou o facto de ter finalmente uma cozinha com espaço para se dedicar também aos pequenos-almoços e aos brunchs com toda uma linha de padaria e pastelaria bem tentadora (e sem vacilar, já que margarina não entra no restaurante), do pain au chocolat (2,30€) ao croissant de amêndoa (3€) ou ao cruffin de pistáchio (3€). É até ao meio-dia que a carta de pequeno-almoço funciona e é aí que se encontram algumas das grandes novidades como o brioche de ovo e papada de porco preto (8€), o croque monsieur “aka tosta mística” (9,50€) ou os ovos cocotte servidos com torradas (8€). Já entre as 11.30 e as 18.30, fica também disponível a carta de sandes e focaccias – há uma com presunto de porco preto alentejano com 30 meses de cura (11€) e há um brioche com chambão (10€). Nos doces, além da pastelaria, destaca-se a rabanada com coalhada de iogurte, maçã e raspa de lima (6€). Imperdível. 

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  • Marvila

Depois do Dear Breakfast, com quatro espaços em Lisboa, e da Taqueria Paloma, Julien Garrec decidiu abrir o The Marvila Bakehouse. Ao contrário do Dear Breakfast, em que tudo gira à volta dos ovos, neste novo café no 8 Marvila reina o pão de massa mãe. O espaço é grande, com uma esplanada à entrada, e está dividido em dois – de um lado, o café, do outro, o bar, com vinhos, cocktails e cerveja artesanal. Quase tudo é produzido na casa, aliás a cozinha do The Marvila Bakehouse fornece também o Dear Breakfast e a Taqueria Paloma, sendo que os ingredientes vêm da Equal Food. Na carta, destacam-se as sandes e os bagels (8,50€-10,50€), que podem levar frango, ovos mexidos, bacon, salmão, trufas ou burrata, e a torrada (10€), com ovos mexidos, salmão, crème fraîche e cebolinha, ou ovos mexidos, abacate, bacon e polpa de tomate. Na pastelaria, há desde rolo de canela (4,50€), croissant com pistáchio (4€) e brownie (4,20€) à tarte basca (5€). O menu de brunch fica por 24€ e inclui uma bebida fria ou cocktail, uma pastelaria e um prato principal. O café é da Flor da Selva e o chá da Companhia Portugueza do Chá. Mas o brunch não é tudo, já que todos os meses o espaço acolhe um pop-up com pratos de outros restaurantes e bebidas de marcas locais.

  • Chiado/Cais do Sodré

Em italiano, salotto significa sala de estar e é como Filippo Macchi nos quer receber no seu restaurante, ainda que se trate de uma sala de estar bem requintada. O brunch não é sequer o que se espera encontrar num sítio assim, mas também nisso o Salotto Divino é diferente. Chamam-lhe brunch, mas é na verdade um convite para conhecer o restaurante de forma mais acessível com um menu de 35€ que é uma verdadeira amostra da sua cozinha. Começa com umas entradas: uma tábua mista de queijos e enchidos, uma focaccia com mortadela, stracciatella de burrata e pistáchio e ovos mexidos com burrata e tomate cherry. No prato principal, é preciso escolher entre lasanha, salada de rúcula com burrata, rigatoni com pesto de pistáchio, e polvo cozido com batata, salsa e limão-siciliano. Na sobremesa, um pijama: tiramisù, cannoli de pistáchio e gelado artesanal. Para acompanhar, há uma carta impressionante de vinhos italianos e Filippo Macchi não descarta a possibilidade de vir a incluir o vinho no brunch, só disponível aos domingos. 

  • Baixa Pombalina

Se é daqueles que gosta de estar actualizado, sempre em cima dos rankings e das listas que dão que falar, saiba que o 7g Roaster, em Vila Nova de Gaia, e o The Folks, em Lisboa, entraram para a lista dos 100 Melhores Cafés do Mundo, revelada em Fevereiro durante o CoffeeFest Madrid, em 29.º e a 74.º lugares, respectivamente. Para a distinção, que conta com uma parte de votação do público e outra de um júri especializado, importa não só a qualidade do café e a expertise do barista, como a qualidade da comida.

O Heim ganhou uma nova casa

É impossível falar de brunch e não mencionar o Heim, que durante anos conquistou uma legião de fãs. Essa casa está agora fechada para obras de renovação, mas a boa notícia é que o Heim abriu uma segunda morada, mesmo junto ao Parque Eduardo VII, e continua a ser os seus saborosos brunches. Rua Dom Francisco Manuel de Melo 3B (Parque). Seg-Sex 08.00-18.00, Sáb-Dom 09.00-18.00

Lisboa à mesa

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