galeto
Arlindo Camacho
Arlindo Camacho

Restaurantes abertos até tarde em Lisboa

Onde comer em Lisboa depois das 22.00? É fácil, nestes restaurantes abertos até tarde.

Cláudia Lima Carvalho
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Lisboa nunca teve a vida gastronómica que tem actualmente, mas ainda assim quando se trata de comer fora de horas as escolhas reduzem-se radicalmente. Não há assim tantos restaurantes abertos até tarde em Lisboa e é normal. Felizmente, ainda há uns quantos onde é possível reservar mesa depois das 22.00, hora em que começam habitualmente as negas. O Galeto, no Saldanha, é um clássico que dispensa apresentações (e onde tantas vezes se encontram aqueles que trabalham na restauração a comer quando os seus sítios já fecharam), mas há mais nesta lista de restaurantes abertos até tarde em Lisboa, de cozinha de autor a pizzas e hambúrgueres.

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Restaurantes abertos até tarde em Lisboa

  • Hambúrgueres
  • Avenidas Novas

Dificilmente haverá na cidade um balcão com mais vida do que este: funciona 20 horas por dia (leu bem). Abre às 07.30 e só fecha às 03.30, sendo perfeito para ir jantar quando mais nada está aberto – mas atenção que o preço muda às 22.00. O balcão é único, com cerca de 90 metros de comprimento e 150 lugares. Este clássico da Avenida da República foi inaugurado em 1966 como “snack-bar” moderno nos tempos em que a expressão “snack-bar” era moderna. O projecto é dos arquitectos Victor Palla e Bento de Almeida. No menu há mais de 170 opções, mas o dono do restaurante destaca o bife tártaro.

  • Chiado/Cais do Sodré

Um clássico é um clássico, mesmo que entretanto até tenha mudado de mãos. Miguel Garcia, que também tem o Bougain em Cascais, comprou o Café de São Bento em 2022, mas fez-lhe apenas umas obras de renovação, não para mudar alguma coisa, mas para substituir o que já estava marcado pelo tempo. A porta mantém-se fechada, a mística do espaço conhecido pela discrição também e o bife de lombo não perdeu nenhuma das características que fez do prato um dos mais badalados da cidade há já quatro décadas.

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  • Japonês

O espaço é pequeno, mas cheio de pinta. Um balcão para menos de 20 pessoas, iluminado em parte por néons vermelhos. O ambiente é frenético: a música está alta, as pessoas falam alto e na cozinha à nossa frente é difícil acompanhar o ritmo acelerado (mas não menos regrado) com que tudo acontece. É assim o Izakaya, o segundo restaurante de Tiago Penão, a poucos metros do Kappo. E são assim os izakayas no Japão. De forma curta, e simplista até, podem definir-se como sítios onde se serve comida para acompanhar a bebida. Como boa tasca japonesa, não faltam opções de saké para acompanhar a refeição, a copo ou à garrafa, mas também cocktails clássicos dos izakayas. Quanto à comida, há muito por onde escolher, doses pequenas e várias, a pedir uma partilha ao balcão. Ao fim-de-semana, a noite prolonga-se até às duas da manhã.

  • Chiado

Música, arte, copos e boa comida. Assim se resume o Carnal, nascido das mãos dos filhos do 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic. Aqui o chef não entra. São Manuel Maldonado, chef executivo do grupo, que está habitualmente na cozinha do estrelado 100 Maneiras, e Luis Ortiz, chef de cozinha, que tomam conta deste gastrobar mexicano. Há pratos mexicanos clássicos, outros nem tanto. E sempre bons cocktails para acompanhar. Até às duas da manhã é sempre possível comer uns tacos.

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  • Avenida da Liberdade
  • preço 4 de 4

Não será exagero dizer que há um antes e um depois do JNcQUOI em Lisboa. Se hoje são muitos os restaurantes bonitos, cheios de onda, com balcões vistosos, em 2017 não era bem assim. E é preciso acrescentar a qualidade da comida porque com o Amorim Luxury Group não há nada deixado ao acaso e investe-se o que tiver que se investir para se proporcionar a melhor experiência. António Bóia, chef executivo do grupo, é um zelador da cozinha tradicional, mas nem por isso deixa de acrescentar à carta propostas internacionais. Entre o restaurante, onde se destaca o esqueleto de um velociraptor, o Delibar com um balcão com 48 lugares e a esplanada, há menus distintos, mas uma das mais-valias é o facto de tudo poder ser pedido em todo o lado. Até mesmo, aqueles pratos que mensalmente o JNcQUOI recebe de restaurantes regionais de todo o país, da lampreia à cabidela. Uns números abaixo, não é diferente no JNcQUOI Asia, onde se esconde também o chinês Frou Frou. O dinossauro deu lugar ao dragão, a decoração respira motivos asiáticos, e a cozinha, aberta, faz chegar sabores de todo o continente. E a história não se vai ficar por aqui.

  • Português
  • Alcântara
  • preço 2 de 4

De portas abertas desde 1988, o restaurante deve o nome (e a fama) à família Nunes, de origem alentejana. Não é de estranhar por isso a fama de pratos como a perdiz estufada ou a açorda de bacalhau. Há uma secção inteira dedicada aos pratos de caça, e as sobremesas, que aqui se chamam lambarices, incluem sericaia com ameixa de Elvas, encharcada de Mourão e fidalgo real. Não terá sido por acaso que Madonna escolheu o Solar dos Nunes para jantar quando se decidiu mudar para Lisboa. Em 2022, foi até eleito reataurante europeu do ano pelo Conselho Europeu de Confrarias Enogastronómicas, uma organização sem fins lucrativos que tem como objectivo promover a gastronomia de qualidade na União Europeia. O crítico Luís Monteiro não se foz de rogado e passou por lá para tirar as provas. Entrou desconfiado e saiu consolado.

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  • Japonês
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Goste-se ou não, há poucas coisas que Olivier faça que não reluzam. Tem olho para o negócio e o Yakuza é disso prova (já são cinco as moradas: Lisboa, Cascais, Albufeira, Porto e Paris). O restaurante japonês já teve várias vidas e vive desde 2021 junto à Avenida da Liberdade, onde chegou a ser o Olivier Avenida. Continua a ser uma paragem para os amantes de sushi de fusão com os combinados a serem o melhor exemplar do que aqui se faz, mas não só – há tacos e propostas a sair da grelha japonesa robata, bem como pratos quentes como um caril japonês. 

  • Italiano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Maria Paola Porru, dona dos gigantes Casanostra e Casanova, atirou-se, em 2010, para um estilo de pizza pouco comum entre os lisboetas, mas muito apreciado em Itália: a pizza al taglio. Isto é, em fatias rectangulares ou quadradas, do tamanho que o cliente quiser, vendidas a peso. Entre as nossas favoritas estão a de batata com alecrim, a caprese, com mozzarella de búfala, e a de ricotta com salsicha napolitana. Pode comer ali ou pedi-las em formato take-away até às 02.00.

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  • Português
  • Chiado

Passando a agitação habitual do Bairro do Avillez, escondida naquela que parece uma simples estante fica a porta que dá acesso ao Mini Bar, que se mudou para aqui vindo do teatro São Luiz – e só isso é já motivo para se marcar um jantar. A comida é o que se espera de um restaurante de José Avillez, embora longe do que faz no Belcanto, com duas estrelas Michelin. No Mini Bar fica-se a conhecer a comida do chef, de forma mais descontraída, mas ainda assim com toda a técnica. O ambiente é festivo (há DJ e animação ao vivo) e até às 23.30 é sempre possível marcar mesa. A cozinha fecha à 01.00. 

  • Português
  • Castelo de São Jorge
  • preço 3 de 4

Hoje, não há quem não fale da sazonalidade, dos produtores e da sustentabilidade, mas há seis anos já era isso que movia António Galapito no Prado. E é por isso que o restaurante junto à Sé conquistou facilmente uma legião de fãs, entre os quais boa parte daqueles que apreciam uma boa refeição e profissionais da área. Com uma carta curta, é o produto, quase sempre vindo de pequenos produtores, a ditar os pratos, sem artimanhas. Agora, há também um menu de degustação (75€), sem grandes pretensões a não ser a da boa comida com atenção ao produto e às técnicas. O último turno senta às 22.00.

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  • Chiado

O tempo passa, a família cresce e evolui, mas mantém-se sempre certeiro o Bistro 100 Maneiras, que Ljubomir Stanisic inaugurou em 2010, no Chiado, já depois de ter o 100 Maneiras, estrela Michelin desde 2020, ali ao lado, no Bairro Alto. O nome é mesmo bistro (e não bistrô com sotaque francês). Há uma razão para isso, significa “limpo” em sérvio – no fundo, limpo de preconceitos e de ideias pré-concebidas, à semelhança do seu chef. Na carta, fundem-se as influências do chef em pratos pouco convencionais. De destacar o bar, logo à entrada, que não existe para complementar o restaurante, mas que vale por si com uma aposta forte em cocktails de autor.

  • São Vicente 

A zona está em estado de sítio devido às obras que tomaram conta de Santa Apolónia, mas a verdade é que o Casanova se mantém de pedra e cal num cais aonde chegou quando só o Lux existia – duas décadas depois, curiosamente, a discoteca e a pizzaria são os últimos residentes. As pizzas, essas, mantêm-se motivo de romaria. Hoje não parece nada de extraordinário, mas é sempre bom lembrar que em 2000 quando Maria Paola Porru abriu o Casanova, não era assim tão comum encontrar boas pizzas, de massa fina e estaladiça, feitas em forno de lenha – apesar da massificação, ainda não é. 

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  • Steakhouse
  • Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

São mais de 100 lugares, entre sala, balcão e uma esplanada interior. O restaurante especializado em carne maturada, que conta com Luís Gaspar nos comandos da cozinha, é uma referência nacional para os apreciadores de carne, mas mais do que isso é uma das melhores steakhouses do mundo – falamos do World's Best Steak Restaurants, que em 2023 colocou o restaurante na 34.ª posição. A justificação? “No menu, é possível encontrar diferentes cortes tentadores, oriundos principalmente da Península Ibérica, que são maturados na câmara de maturação do restaurante e depois cozinhados profissionalmente em carvão num forno Josper. Um endereço altamente recomendado”, defendem. E não estão errados.

Lisboa gastronómica

A salivar por um bom bife? E já sabe como é que o vai querer? Mal passado, médio ou médio-bem? O que não falta em Lisboa são bons nacos de carne, daqueles suculentos e tenrinhos, que até se desfazem na boca. Já tínhamos desmistificado a carne maturada e mostrado os melhores sítios para a comer, mas estava a faltar uma lista essencial dos melhores restaurantes de carne em Lisboa. Entre os mais tradicionais e os mais sofisticados, há até uma das melhores steakhouses do mundo.

Se é verdade que o marisco parece saber sempre melhor no Verão, especialmente depois de uns mergulhos no mar, também é verdade que as mariscadas nunca são demais – apesar de pesarem na carteira. Há que aproveitar o facto de sermos um país costeiro, rico em matéria-prima. E que belos exemplares têm estas mariscadas que lhe sugerimos aqui. Nesta lista de restaurantes de marisco em Lisboa e arredores, encontra verdadeiras instituições, clássicos reinventados e algumas novidades. O melhor é pedir um babete, sem vergonha, e deixar-se lambuzar.

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