Frango Assado
Fotografia: Arlindo Camacho
Fotografia: Arlindo Camacho

O melhor frango assado em Lisboa

Levámos sete churrasqueiras a teste numa prova cega de frango assado e dizemos-lhe quem levou a melhor.

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Não há época para um bom frango assado: serve o Verão e o Inverno e nunca será um petisco obsoleto. Além de que esta iguaria típica da nossa gastronomia é das melhores na arte do desenrasca. Para fugir a frases como “Amor, hoje cozinhas tu?” ou “Puto, por mim mandávamos vir pizzas”, o frango assado é um trunfo de ouro, que tem de colar em todos aqueles que os rodeiam (e não só pela gordurosa pele). 

Mandámos vir frangos de sete churrasqueiras e confrontámos os mais modernos com os clássicos do take-away lisboeta.

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Os melhores frangos assados de Lisboa

  • Churrasco
  • Alvalade

10,95/kg

Esta churrasqueira é um clássico em Alvalade. Os frangos são marinados em alho, limão e outros temperos. Depois seguem para grelhas rotativas onde são assados com carvão vegetal. Foram os tais temperos extra que mais elogios arrancaram nesta prova, fazendo deste franguinho “suculento” o mais consensual e pontuado, ainda que, para alguns, lhe faltasse um certo estaladiço na pele. “Tem massa de pimentão, não estava à espera"; “isto tem uma cobertura? Fiquei apaixonado porque tem qualquer coisa a mais”, comentaram sobre este frango. 

  • Princípe Real

10,60€/kg

Saíram da esquina da Rua da Imprensa Nacional com a Rua da Escola Politécnica e foram virar frangos uns metros mais abaixo. Chegou bem quente à redacção e com mais molho que qualquer um dos outros frangos, facto elogiado pelos jurados. "Nota-se aqui uma produção qualquer. Tem alguma erva?", questionaram. “Incrível” e “espectacular” foram os comentários ouvidos sobre a cor e sabor; “tenrinha”, sobre a carne. Os mais exigentes notaram que a grelha deve ser usada para mais do que frango. 

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  • Churrasco
  • Campolide

16€

Levou um extreme makeover no restaurante – ganhou, até, um moderno jardim vertical – mas o frango mantém-se o de sempre. Os nossos provadores oficiais avaliaram-no de forma positiva, destacando a carne “nem muito salgada nem muito seca”, “no ponto”. Destacaram também o aspecto “consistente” do frango, com as partes equilibradas. Os olhares mais atentos notaram sinais de queimado nas extremidades e houve quem tentasse adivinhar que esta dose era de “uma casa especialista”.

  • São Sebastião

10,90€

Um dos mais recentes (e instagramados) frangos de Lisboa ficou ex aequo com um dos mais clássicos e famosos da cidade, a Valenciana. A primeira impressão não foi das melhores por causa de uma pele escura aqui e ali mas, depois da prova, o sabor, o sal e a carne tenra “no ponto” foram as características mais elogiadas no frango do Chickinho. É, como foi resumido por um dos nossos gurus, “um frango como manda a lei e feito com um bom carvão”.

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  • Beato

13€

O principal problema deste frango foram alguns pedaços de pele queimada. Um dos membros do júri lembrou que nunca a ponta de uma perna pode aparecer assim chamuscada – é a parte preferida de muita gente. Ultrapassada a pele, foi destacado o sabor clássico a frango assado – “sabe ao que cheira”. “Foi alguém que sabe assar que tratou disto, mas está mal cortado”, comentou-se, já que meio frango vinha partido apenas em dois. Ficou por provar o frango no espeto, também famoso no Primavera.

  • Churrasco
  • Campo de Ourique

7€

Os grandes especialistas em frango assado adivinharam alguns problemas técnicos: “o carvão não parece ser assim tão bom e o frango é farinhento”, disse um; “tem sabor a grelha e vê-se até na pele, porque tem este queimado que provavelmente é de uma grelha por limpar”, completou o outro.  A proposta desta nova casa em Campo de Ourique não ganhou com a comparação com os restantes frangos. Foi unanimemente o mais insonso – “parece de hospital”. 

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  • Alcântara

13€

É uma das novas churrasqueiras da cidade, na Lx Factory, e tem um look moderno – mas nada disso importa numa prova cega. O facto de só grelharem frangos do campo (de pernas mais magras que os outros) não convenceu os provadores, que o acharam seco e rijo, embora alguns destacassem a cor bonita, a pele estaladiça, o bom sabor do animal e um “sal bom”. Último ponto negativo: foi o que aguentou menos tempo quente, talvez por vir numa embalagem de cartão. 

Três sítios para comer...

O prato parece simples, pobre até, mas só aos olhos menos cautelosos. Os outros sabem que é um consolo. Se o que procura é comida de conforto à boa maneira portuguesa estes são três restaurantes para encontrar açorda de gambas. 

Foi tudo um acidente daqueles que ou resultava em desastre ou numa invenção luminosa. Henri Charpentier incendiou uns crepes e o seu molho, enquanto preparava uma refeição para Eduardo VII, o futuro rei do Reino Unido. Sem tempo para repetir todo o processo provou o molho doce e achou que melhor era difícil. Até eram para ser baptizados com o nome do príncipe, mas — lei universal — para impressionar uma mulher há que lhe dar o seu nome a uns crepes. Se esta jogada correu bem ou não é especulação. Para os crepes sabemos como correu: replicaram-se, tornaram-se famosos ao ponto de a receita original — com raspa de tangerina — ser constantemente modificada. Em Lisboa comem-se aproximações desta sobremesa com diferentes misturas de espirituosas e laranja. Conheça três sítios para comer estes crepes do século VII que ainda deixam pares românticos de boca aberta.

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  • Chinês

Antes de chegar à mesa, o pato à Pequim passa por uma data de processos rigorosos, não googláveis por mentes sensíveis. (Não continue a ler se estiver nesse lote: não somos de meias medidas e contamos-lhe tudo). Com uma ou outra alteração à receita, ao nível dos recheios, a regra é mais ou menos esta: depois de depenado, é feito um corte debaixo da asa para não destruir a aparência redonda e bonita do pato, limpam-se as vísceras e durante cerca de oito horas é soprado com ventoínhas para ficar seco e manter essa forma. Depois é lacado com uma calda de açúcar ou de mel, novamente seco para a calda ficar estabelecida, recheado com legumes e especiarias, que ficam a marinar outras oito horas e só depois vai ao forno. Quando chega à mesa, é só enrolar no crepe, com alho francês, pepino e molho a gosto.

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