Foi tudo um acidente daqueles que ou resultava em desastre ou numa invenção luminosa. Henri Charpentier incendiou uns crepes e o seu molho, enquanto preparava uma refeição para Eduardo VII, o futuro rei do Reino Unido. Sem tempo para repetir todo o processo provou o molho doce e achou que melhor era difícil. Até eram para ser baptizados com o nome do príncipe, mas — lei universal — para impressionar uma mulher há que lhe dar o seu nome a uns crepes. Se esta jogada correu bem ou não é especulação. Para os crepes sabemos como correu: replicaram-se, tornaram-se famosos ao ponto de a receita original — com raspa de tangerina — ser constantemente modificada.
Em Lisboa comem-se aproximações desta sobremesa com diferentes misturas de espirituosas e laranja. Conheça três sítios para comer estes crepes do século VII que ainda deixam pares românticos de boca aberta.