emoji food
©DR | |
©DR | |

Os cinco emojis que faltam para falarmos de comida portuguesa

Há sushi, tacos, panquecas... E um cozidinho? Perguntámos a cinco conhecedores da comida tradicional portuguesa que emojis faltam

Publicidade

Ultrapassámos a influência anglo-saxónica e nipónica nos emojis de comida e fomos perguntar a quem trabalha com a gastronomia portuguesa que ícones precisamos para que a nossa tradição não fique perdida na tradução.

Neste alfabeto com cinco ícones (para começar) há ingredientes e pratos de sempre e outros que entraram na moda agora, comida que se come todos os dias e até um utensílio que dá o seu nome às receitas. Uma base segura para propor novos emojis à Unicode.

Os cinco emojis que faltam para falarmos de comida portuguesa

O carabineiro

Henrique Sá Pessoa, chef do Alma, escolheu o carabineiro. 

É o bichinho fetiche de muitas das estrelas Michelin que vivem a repensar ingredientes nacionais. “Temos em Portugal a sorte e o privilégio de o ter”, justifica Henrique Sá Pessoa.

Onde Comer? O Ramiro é sempre uma boa referência (81,35€/kg), diz Sá Pessoa. Numa perspectiva gastronómica, “é aquele produto sexy que todos os chefs estão a usar” — por isso é tirar à sorte entre o Belcanto, o Feitoria, o Alma e por aí fora.

A cataplana

Fátima Moura, investigadora e escritora na área da gastronomia, escolheu a cataplana. 

Mundo fora há uns quantos instrumentos para cozinhar lentamente e com poucos líquidos, mas nenhum é igual a esta caixa quase esférica que nasceu nas Beiras, conta Fátima Moura, apaixonada pela história da cataplana e autora do livro Cataplana Experience (Assírio&Alvim).

Onde comer? Para ir às originais de carne, Fátima Moura prefere cozinhar em casa. As de peixe ou marisco estão na Peixaria da Esquina (entre os 18,50€ e os 48,90€).

Publicidade

A broa de milho

Mário Rolando Peres, padeiro e formador, escolheu a broa de milho. 

É tradicional do Douro, Minho e Beira Litoral, mas até já se apanha fora do país. “Há uns dias comi uma na Alemanha. É como o fado, que sendo de Lisboa ou de Coimbra, todo o país reconhece como canção nacional”, compara Mário Rolando Peres, que elege a broa de milho como o pão mais diferenciador entre os portugueses.

Onde comer? Está para breve a Padaria de Esquina, de Mário Rolando Peres e Vítor Sobral. Até lá, há boas broas na Gleba, aconselha o padeiro.

O frango de churrasco

Marlene Vieira, chef do Panorâmico, escolheu o frango de churrasco. 

Custa a crer em como há tanto sítio no mundo (a maior parte do mundo, aliás) a viver sem uma churrasqueira por bairro, no mínimo. “É uma coisa que toda a gente come e que é muito portuguesa, de norte a sul”, justifica a chef Marlene.

Onde Comer? Marlene Vieira não tem dúvidas: Valenciana, que está agora em obras. Na falta deste clássico de Campolide, vá até Alvalade, à churrasqueira Rio de Mel (10,95€/kg).

Publicidade

O bacalhau

Guida da Silva Cândido, investigadora e escritora na área da gastronomia, escolheu o bacalhau. 

Para Guida foi imediata a resposta: o bacalhau está ligado à cultura portuguesa desde pelo menos o século XV, quando era consumido pelas classes pobres e servido nas prisões. “Não podemos esquecer a ideia das 1001 maneiras de cozinhar bacalhau. Há uma grande diversidade de receitas e marca a nossa identidade – somos o povo europeu que mais o consome”, diz a autora de Cinco Séculos à Mesa (D. Quixote).

Onde comer? Na Casa do Bacalhau este peixe é todo aproveitado, das postas mais altas, num bacalhau com broa (18€), aos sames, numa feijoada (32€).

E por falar em comida tradicional portuguesa...

Assado, com todos e com broa encontra-se com facilidade. Não há bairro em Lisboa onde não se coma bacalhau com alguma decência. O pior é quando nos dá a fome de sermos específicos. É difícil encontrar sítio onde se comam línguas de bacalhau, mas calcorreámos a capital à procura destas miudezas panadas, em arrozinho malandro ou numa massada. Prometemos para breve as caras de bacalhau, quando estivermos recuperados dos quilómetros que percorridos.
Do Minho ao Algarve, do interior ao litoral – não é preciso sair de Lisboa para experimentar os melhores sabores da cozinha portuguesa. Açordas, bacalhaus, rissóis e pataniscas. Entremeadas, croquetes, cozidos e empadões – o que não faltam nestes restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa são especialidades do país inteiro.      Recomendado:Os melhores restaurantes em Lisboa até 20 euros
Publicidade
Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade