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Time Out Lisboa
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Três espumantes portugueses que transformam qualquer momento numa celebração

As bolhas nacionais estão cada vez mais presentes na mesa dos portugueses. Conheça três espumantes de diferentes regiões do país perfeitos para qualquer tipo de ocasião.

Liana Saldanha
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A combinação com diversos tipos de pratos e momentos, a refrescância das bolhas e a beleza das garrafas faz dos vinhos espumantes produzidos pelo método clássico (ou tradicional) uma verdadeira obra-prima da enologia. Originários da fria região de Champagne, em França, no século XVII, monges beneditinos aprimoraram a técnica da fermentação secundária em garrafa, responsável pelas nossas tão amadas bolhas e pelos deliciosos aromas de panificação. Um processo longo, minucioso, que justifica o todo o esforço.

Em Portugal, com destaque para a região da Bairrada e de Távora Varosa, a tradição dos espumantes também está mais que estabelecida. Uma notícia para ser comemorada é que a comercialização de bolhas nacionais aumentou de 8,1 milhões de litros em 2014 para mais de 12 milhões em 2022 (dados do IVV – Instituto da Vinha e do Vinho). O que aconteceu, muito provavelmente, pela crescente qualidade dos espumantes nacionais e também pelo consumo destes vinhos em momentos diversos e não apenas em datas festivas.

Dica das boas: quanto mais aberta a boca do copo, mais se enaltece a experiência com os espumantes, pois desta forma consegue sentir-se melhor os especiais aromas da bebida. Ou seja, o tradicional copo flute pode não ser a melhor escolha. Deixamos três indicações de espumantes portuguesas que transformam qualquer momento numa celebração

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Três espumantes portugueses

Espumante Luís Pato Maria Gomes Bruto

Bairrada 

Começamos com um produtor clássico e muito querido da Bairrada. Este espumante tem uma excelente relação qualidade-preço. Com 95% da casta Maria Gomes e 5% Sercialinho, possui aromas florais, frutados e de pão torrado. Acidez viva que deixa o vinho super refrescante. O próprio Luis Pato diz ser um vinho de Verão, mas também de convívio.

PVP 9,95€

Murganheira espumante Super Reserva Bruto 2018

Távora Varosa 

Com as castas Malvasia Fina, Cerceal e Tinta Roriz, este espumante consegue unir a riqueza dos aromas de baunilha e panificação com a refrescância no paladar que só as bolhas podem oferecer. Fim de boca agradável e longo. Eu indicaria este vinho para acompanhar um peixe mais gordo ou pratos do mar com molhos especiados.

PVP 15,95€

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Espumante Soalheiro Barrica Bruto 2019

Vinhos Verdes 

Este espumante possui a peculiaridade de ter a casta alvarinho a fermentar em barricas de carvalho e a estagiar por mais 12 meses antes da segunda fermentação em garrafa. O vinho possui bolhas finas e uma textura cremosa em boca. A frescura do Alvarinho e das bolhas equilibra muito bem as notas mais quentes e complexas de tosta e baunilha. Excelente para acompanhar queijos curados ou pratos mais intensos como carne de vaca ou borrego estufados.

PVP 21,95€

Outros copos

O mundo do vinho já é suficientemente complexo pelas extensas terminologias, diversos modos de produção possíveis e outros mil motivos que não cabem neste texto. Na hora de apreciar uma refeição, na maioria das vezes, nós só queremos relaxar, desfrutar o momento, com vinho que sabe bem no copo e comida cheia de sabor no prato – sem nos sentirmos obrigados a seguir regras e mais regras. Vinho branco com peixe, vinho tinto com carne… É o que a já ultrapassada “regra de ouro da harmonização” nos diz. Mas imaginem a cena: um jantar entre amigos que desejam pedir apenas uma garrafa. Duas pessoas pediram carne e as outras duas pediram peixe. O que devem fazer? 

O vinho é vivo e possui a magia de estar em constante evolução. É emocionante quando abrimos uma garrafa com alguns aninhos e percebemos que os aromas e os sabores evoluíram belissimamente. Emociona também quando nos faz relembrar de um ano especial na nossa vida ou de alguma data histórica importante para o mundo. A emoção tomou conta, mas é fundamental esclarecer um ponto muito importante: existem vinhos de qualidade com todas as idades, não é mérito apenas dos vinhos antigos.

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  • Compras

Já lá vai o tempo em que os vinhos das marcas próprias dos super e hipermercados eram maus ou não compensavam a compra, sobretudo porque, na mesma prateleira, havia outros bastante melhores e pouco mais caros, de várias empresas populares. O cenário mudou – e muito, não só porque o vinho em Portugal deu um salto qualitativo gigante nos últimos 20 anos, apoiado numa maior profissionalização e formação técnica e académica dos enólogos, mas também porque as próprias cadeias de supermercado têm investido generosamente em responsáveis acreditados e em consultorias para vários departamentos, não sendo o do vinho uma excepção. Os fornecedores são, assim, mais bem escolhidos; foram feitos bons rebrandings às marcas próprias; e várias provas anuais de benchmarking asseguram produtos com uma cada vez maior qualidade.

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