Rita Cabaço
Rita cabaço, em O Cinema, é Rose, uma projeccionista que trabalha num cinema de província porque precisa do dinheiro. O espectáculo estreou em Maio no Teatro da Politécnica, com encenação de Pedro Carraca.
Como é que foi construir esta personagem?
O Pedro Carraca convidou-me, já tínhamos trabalhado no Punk Rock e já sabíamos como funcionávamos juntos. Falou-me um bocado do que era o texto e a personagem. Prefiro sempre ler os textos primeiro, mas outra das motivações que tenho são as pessoas com quem estou a trabalhar. O diálogo que construímos no Punk Rock era muito justo, entre a liberdade e a direcção dele.
Fazias de Rose, uma das trabalhadoras de um cinema de província.
Sim, ela era projeccionista. Eram três pessoas que trabalhavam nesse cinema e o espectáculo era sobre a vida dessas três pessoas ou a vida como essas três pessoas descreviam, que eram muito mal resolvidas, e que andavam sempre desencontradas. O Sam estava apaixonado pela Rose, a Rose estava fascinada pelo Avery e o Avery estava mal resolvido ao nível da sua sexualidade e desconfiava-se que estava interessado no Sam. Era um misto de relações.
Ela estava ali porque precisava do dinheiro. Ao contrário de ti, certo?
Exacto... quer dizer, às vezes temos que aceitar coisas devido ao dinheiro. Ali acho que não foi o caso.
Onde te vamos poder ver em 2018?
Vou estar em Janeiro no São Luiz, com uma encenação do Marco Martins, Actores. É a primeira vez que trabalho com o Marco e é um projecto que parte do próprio processo do actor. Vou estar com o Teatro da Cidade, em Abril, [numa peça] que se vai chamar Que boa ideia termos vindo para as montanhas e que está por confirmar o local.