Dolce Campo Real
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Dolce CampoReal Lisboa: dar um tempo em Torres Vedras

Este hotel tem tudo para ser uma canseira de tão grande que é e de tantos serviços que tem, mas é na verdade óptimo para esquecer a cidade.

Cláudia Lima Carvalho
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Vamos ser honestos: não viemos aqui tanto pelo passeio, foi mesmo para descansar. O Dolce CampoReal Lisboa é, no melhor cliché, um bom destino para fugir da cidade. Fica muito perto de Lisboa, mas estamos longe o suficiente para nem nos lembrarmos que ela existe. E temos tudo aqui para não precisarmos de pegar no carro para nada.

Dolce Campo Real Lisboa

Três restaurantes, um bar, um spa, uma piscina interior e outra exterior (com um jacuzzi de água aquecida), um campo de golfe, campos de ténis e de futebol, um espaço de actividades para os miúdos, quartos espaçosos e até apartamentos. Sim, estamos a falar de um hotel de grandes dimensões, propício até a alguma confusão, mas não se assuste já porque há espaço para tudo e todos.

“Conseguimos conciliar tudo”, garante Patrícia Silva, marketing manager do hotel, explicando que é habitual receberem grupos durante a semana e casais e famílias ao fim-de-semana.

Situado no Turcifal, junto a Torres Vedras – nem 40 minutos de caminho –, o DolceCampo Real é o destino certo para quem quer dar um tempo na vida. Para fazer uma pausa, digamos. É chegar, pousar malas, sair para jantar no Garden Terrace – o mais despretensioso dos três restaurantes disponíveis, sempre com uma sugestão do dia e um peixe fresco – e voltar para o quarto. Seja para se estender nas camas enormes e confortáveis, seja para ficar na varanda a ouvir o nada e a contemplar o céu (que pode ou não estar estrelado, afinal estamos no Oeste), seja apenas para encher a banheira e ficar a melar – todos os quartos têm um chuveiro e uma banheira daquelas que até encosto para a cabeça tem. Escusado será dizer que fizemos isto tudo para lhe podermos falar de tudo, que não queremos que nada lhe falte. 

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O pequeno-almoço segue o registo habitual num hotel do género, ou seja, começa e acaba cedo, das 07.00 às 10.30, mas não falta praticamente nada. Terá de acordar cedo, mas poderá logo de seguida dormitar numa das espreguiçadeiras à volta da piscina.

Se o tempo não permitir, vista o roupão e vá até ao Mandalay Spa, onde terá acesso a um enorme jacuzzi com vista para o campo de golfe e a serra ao fundo. Pode ainda usufruir do banho turco e da sauna a vapor com ervas medicinais. Tem a piscina interior, também com vista para a rua, e pode sempre experimentar um dos tratamentos do spa, que segue a medicina indiana e tailandesa – experimentámos a massagem Abhyanga, com óleo quente, e por nós ainda lá estávamos.

“O spa foi reaberto em Abril e tem sido uma aposta ganha, gerou mais uma motivação de estadia”, conta Patrícia Silva, destacando como este “é diferente do spa habitual de hotel, que costuma ser fechado”. O spa é virado para o exterior e todos os hóspedes têm acesso ao circuito das águas (jacuzzi, sauna e banho turco). “É um miminho que damos.”

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Outro miminho é o jantar vínico que acontece mediante reserva no restaurante Manjapão, onde é servido o pequeno-almoço. Na nossa estadia, fomos guiados, digamos assim, pelo chefe de sala Adão Esteves, que apresentou cada prato e cada vinho com um entusiasmo contagiante. Provámos um carpaccio de salmão com vinagrete de manga, acompanhado por um Cerejeiras branco colheita selecionada 2016; um risoto de camarão, com branco Quinta das Hortênsias 2013; e um arroz de coelho com queijo de figo, com tinto Dory 2015. É tudo da região, como diria Adão Esteves, orgulhoso. A carta, essa, é do chef Rui Fernandes.

É do chef também o brunch, servido apenas aos domingos no Grande Escolha, com uma cozinha aberta para a sala e onde se destaca a mesa das ostras e do champanhe. Um alerta: o brunch (30€ por pessoa) só se vai manter até ao final de Outubro e só volta na Primavera. Porquê? “Porque entramos na época em que somos procurados por outro segmento, ou seja, pelos hóspedes que vêm para jogar golfe.”

E você, que tipo de hóspede vai ser?

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Como chegar
Apanhar a A8 e sair em direcção a Torres Vedras Sul. Seguir para a Rua General Humberto Delgado e virar depois para Rua do Campo

Preços
Quartos a partir dos 95€ (atenção aos pacotes promocionais)

GPS

Para comer

Já percebeu que não precisa de ir muito longe para comer bem. Neste hotel tem à sua disposição três restaurantes: o Grand Terrace (Seg-Dom 09.00 às 22.00), o Manjapão (Seg-Dom 19.30 às 22.00) e o Grande Escolha (Qua-Sab, 19.00 às 22.00. Dom. 12.00-16.00). Mas se estiver numa de sair e dar uma volta pela zona, vá até Santa Cruz e espreite o Boca Santa (Esplanada Antero de Quental 7, Praia de Santa Cruz. 261 931 514. Dom-Qui 11.00-00.00. Sex-Sab 11.00- 01.00). Tem uma sala interior pequenina mas acolhedora e uma esplanada com vista para a praia. É o sítio ideal para petiscar. O marisco é fresco e nada é fora de preços normais.

Para fazer

Mais uma vez, tem muito para fazer por aqui. Jogar golfe (e se não sabe, pode aprender, é só marcar), ténis ou futebol. Para os miúdos há o Dolce Clube Aventura (Seg-Dom 10.00- 13.00 e 14.00-19.00), onde não faltam coisas para fazer (jogos tradicionais, pinturas, passeios). Se quiser pegar no carro, então vá passear por Santa Cruz, é sempre um bom plano, faça sol ou nem por isso. Passeie pelo paredão que percorre a praia e corra as ruas da vila com algumas lojas castiças. Aventure-se na Rota Histórica das Linhas de Torres e descubra como as linhas de defesa mandadas construir pelo 1º Duque de Wellington, em 1809, chefe das tropas inglesas de quem Portugal era aliado, foram decisivas na defesa de Lisboa contra as tropas francesas de Napoleão. Mas deixamos um aviso: o caminho entre as fortificações faz-se a pé.

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