Corleone
Francisco Romão Pereira Carbonara
Francisco Romão Pereira

Tia mia! Os melhores restaurantes italianos em Cascais

Atravessar Itália sem sair da mesa? Sim, é possível nestes restaurantes italianos em Cascais onde as pizzas e as pastas são rainhas.

Vera Moura
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No final dos anos 80 abriram os primeiros restaurantes italianos em Cascais. Sítios com ementas clássicas, a respeitar o receituário que Itália tinha feito viajar até outros países da Europa, com pizzas de massa fina, massas simples e os irresistíveis bifes cozinhados em molhos italianos. Mais tarde chegaram as variações: as pizzas napolitanas, com bordas grossas, cozinhadas em fornos de lenha que atingem altas temperaturas, e depois as massas frescas caseiras, uma das maiores paixões dos veros fanáticos da cozinha italiana. Para diferentes gostos e bolsos, saiba quais são os melhores restaurantes italianos em Cascais.

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Os melhores restaurantes italianos em Cascais

Já existia no Rio de Janeiro e abriu em Março de 2024 bem no centro de Cascais. Idealizado pelo chef brasileiro Nelson Soares, aposta na culinária italiana, sobretudo de inspiração transalpina, mas com um conceito influenciado pelo minimalismo nórdico, em que cada prato tem, no máximo, cinco ingredientes base. No Rio de Janeiro, a cozinha é completamente aberta. Ali, como não puderam deitar abaixo a parede estrutural que separa a cozinha da sala, optaram por uma solução diferenciadora: têm uma mesa triangular às portas da cozinha onde finalizam a preparação e o empratamento de todos os pratos, à vista dos clientes. O Sult conta ainda com uma ampla carta de vinhos, com muitas referências de pequenos produtores.

  • Italiano

Há uns bons anos, Humberto, o brasileiro dono desta Lambrettazzurra Pizzeria, deixou o negócio dos biquínis que o tornou famoso na vila de Cascais e resolveu ir estudar para Nápoles para ser um pizzaiolo a sério. No regresso aplicou tudo o que sabe numa das primeiras pizzarias de inspiração napolitana a abrir em Cascais – isto é: pizzas de bordas grossas e massa húmida no centro. Cedo o espaço se tornou pequeno para a enorme procura e Humberto e a família decidiram abrir um restaurante ligeiramente maior (leve a sério a expressão "ligeiramente" – continua a ser pequenino e acolhedor, mas agora até tem uma micro esplanada). Os produtos vêm de Itália, os frescos são portugueses e a massa da pizza é, sem rodeios, viciante. O que comer? A jóia da coroa é a pizza Pulcinella, com cogumelos porcini, tomate seco, pasta de trufa branca, queijo taleggio, queijo pecorino e azeite. Mas também sai feliz com a Vegetariana, com curgete, beringela, alcachofra e tomate chucha; ou a Prosciutto di San Daniele, com lascas finíssimas de presunto, parmesão e rúcula. Tudo para acompanhar com cerveja italiana à pressão.

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  • Grande Lisboa

Da rua, a esplanada chama imediatamente à atenção. Não é para menos: a varanda do hotel Villa Cascais, onde fica o Corleone, é bonita. As cores sóbrias, mas vivas, chamam por quem passa. E não é diferente no interior, onde reinam os tons amarelos e azuis, veranis, como Cascais, mas também como o sul de Itália, que inspiraram Miguel Garcia a fazer um restaurante italiano como ainda não existia na vila. O nome nada tem a ver com a máfia, é antes uma referência directa a Corleone, na Sicília. É essa a inspiração também por trás da carta de cocktails – nos vinhos o foco mantém-se em Itália. "Um restaurante italiano idealizado e com menu feito por um chef italiano é algo que não existia em Cascais", defende Miguel. O chef é Rodolfo de Santis. Natural de Puglia, foi no Brasil que fez nome na última década, quando criou o restaurante italiano Nino, que depressa deu que falar, multiplicando-se pelo país. Como num italiano clássico, a carta divide-se entre antipasti, primi e secondi e dolci – “tudo feito com as receitas tradicionais do sul de Itália”, assegura o responsável. Nas entradas, há, por exemplo, vitello tonnato (16€) ou uns irresistíveis arancini (12€). Nos primi, estão as massas como a carbonara (22€) ou o vistoso spaghetti all’aragosta (35€), com bisque de crustáceos, tomate fresco, rúcula e cauda de lagosta grelhada. Já nos secondi, tanto é possível pedir um risoto de limão com camarão grelhado (28€), como uma costeleta de vitela panada, com rúcula, tomate fresco e mozzarella (28€) – a famosa milanese. Nas sobremesas, o mesmo cuidado e atenção.

É o grande restaurante do One Market. Conhecido pelas massas e pizzas, este italiano que já existia nas Avenidas Novas e em Alvalade chegou pela primeira vez a Cascais. É o prolongamento da expansão do grupo pela região, que já tinha aberto o Madrasta em Paço de Arcos e o Margarida em Carnaxide. O novo Pasta Non Basta conta com cerca de 100 lugares, entre o interior e a esplanada. 

O menu é exactamente igual ao de Lisboa. “Já queríamos vir para Cascais”, explica à Time Out Frederico Seixas, um dos sócios do grupo. “É um mercado que tem uma lacuna onde uma marca como a nossa pode encaixar muito bem. Somos um restaurante de família e amigos, com muitos clientes habituais, e gostamos de ficar em zonas residenciais. Este também encaixa nessa filosofia.”

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  • Cascais

A Souldough, que durante a sua longa estadia na Aldeia da Praia, em Colares, Sintra, conquistou muitos estômagos, mudou-se para o Legasea, em Cascais, e levou tudo consigo, inclusive o imponente forno a lenha amarelo. Entre as entradas estão as bruschettas, como a de creme de queijo azul de búfala, cebola caramelizada e redução de vinagre balsâmico e também os arancini, bolinhos fritos recheados com risotto. As pizzas napolitanas são de fermentação lenta, o que ajuda na digestão. “É uma fermentação de 48 a 72 horas. Os queijos, a farinha, o molho de tomate vêm de Itália, mas vegetais são daqui. No fundo, tentamos respeitar os ingredientes sazonais”, esclarece o pizzaiolo. La Dolce Vita, com molho de tomate, grana padano, queijo straciatella, pesto e manjericão é uma das opções. Não conte com refrigerantes e carne – e nem mesmo com talheres. Chega à mesa uma tesoura para ajudar a cortar e depois... Bem, depois come-se à mão.

  • Italiano

A italiana Romina Lamassa (podia ser piada, mas não – o apelido é mesmo Lamassa) nasceu na Apúlia, passou a adolescência na Campânia, tirou Veterinária em Nápoles e ainda trabalhou em Roma. Depois, casou com um português e hoje o casal tem um restaurante de massa fresca entre o Estoril e São Pedro do Estoril. As massas que servem seguem esse mesmo percurso e influências, atravessando Itália quase de norte a sul. É tudo feito à mão, de manhãzinha, para comer no restaurante ou levar para casa. Do tagliatelle ao pappardelle, do corzetti aos ravioli, há uma infinidade de formatos e sabores, para misturar com diferentes molhos, em pratos fixos da ementa ou sugestões do dia.

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  • Cascais

O ambiente é descontraído e espaço ao ar livre para soltar os miúdos entre os picadeiros da Quinta da Marinha é coisa que não falta. No menu, as estrelas são as pizzas cozinhadas em forno de lenha ("como deve de ser", lê-se no menu), de massa alta e fofa, com recheios como burratta, pepperoni, cogumelos ostra ou portobello – e até nas sobremesas vai encontrar uma, bonita e gulosa, de creme de chocolate e avelã com nozes picadas. Há outros doces, porém, que também merecem alguma atenção: o tiramisu caseiro ou os gelados artesanais, de sabores como caramelo salgado, pistachio ou limoncello.  

  • Italiano

A tradição napolitana chegou em força a Cascais. Em Outubro de 2019, abriu nas Fontainhas mais um italiano que segue esta escola – “aprendida com um dos melhores pizzaiolos do estilo do mundo”, garante José Maria Beleza, o dono. Se ainda não está familiarizado com o género, espere pizzas de bordas grossas e interior mais húmido, a embeber o molho de tomate, com o seu quê de acidez. Cozinhadas num forno de lenha napolitano, a altas temperaturas, tem as clássicas Margherita e Diavola, por exemplo, a par de outras de assinatura, como a Magic Mushrooms, com mozzarella fumada e cogumelos ostra; a Kill Bill, com presunto Di Parma curado 18 meses, stracciatella, rúcula selvagem e tomate cherry; a Barreiros (dedicada ao lendário Quim Barreiros), com mozzarella fumada artesanal, bacalhau fumado, stracciatella, azeitonas pretas, cebola roxa, pimenta vermelho e azeite de coentros; ou a New Lemon Haze, com mozzarella fumada artesanal, salmão fumado, guacamole, queijo burrata artesanal, tomate cherry, azeite de coentros e raspas de limão. Exceptuando alguns frescos, os produtos vêm todos de Itália, o que é de si um atestado de vera qualitá.

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  • Italiano

O Caffé Itália, no centro de Cascais, também responde pelo nome Pizza Itália e é um clássico da vila. Com um pátio transformado em esplanada – concorridíssima nas noites de Verão – fica a dois passos da Praia da Ribeira (aka Baía de Cascais) e tem um daqueles menus que nunca muda e preenche todos os requisitos de um italiano a servir em Portugal. Carpaccios, saladas, bifes cozinhados à boa moda de Itália (como por exemplo com vinho marsala ou al limone), pastas e pizzas de massa fina. Nos dias frios acendem a lareira, tornando o local também num acolhedor destino de Inverno.

A Pinsetti é um restaurante tipicamente italiano que se dedica às pinsas romanas, uma versão diferente da pizza que surgiu nos anos 80. É um projecto da família Mazzetti, italianos que vivem em Portugal há vários anos, com experiência na área. A grande maioria dos ingredientes chega directamente de Roma e tudo o que ali se serve é autêntico. Com um registo informal, a Pinsetti aposta sobretudo no take-away e nas entregas.

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