A Lello & Irmão, no Porto, domina os tops das livrarias mais bonitas do mundo – com toda a justiça. Lisboa tem a Bertrand, a mais antiga em actividade neste planeta, mas há outra loja de livros a chamar a atenção de quem nos visita: a centenária Sá da Costa, no coração do Chiado. Fundada em 1913 na Calçada do Combro, hoje fica perto dos famosos croissants e ambiente de luxo da Bénard e da multi-hiper-extra-fotografada estátua de Fernando Pessoa, sentado na esplanada do café A Brasileira. Sobre a livraria em si, é uma das maiores alfarrabistas do país, onde se podem encontrar livros raros dos séculos XV ao XX. É também uma espécie de gabinete de curiosidades, com mapas e globos antigos, objectos ligados à leitura e pinturas espalhadas pelo espaço. O único problema é que pode ficar horas perdido por aqui.
Em casa de ferreiro, espeto de pau, já diz o ditado, justificando o quão maus turistas conseguimos por vezes ser na nossa própria cidade. Adiar a visita a um momento, bairro, pastelaria ou museu, porque o tempo em Lisboa nos parece ilimitado é uma das principais desculpas para não se partir cidade afora em jeito de exploração. Mas essa coisa do tempo ilimitado, já se sabe, é um mito. Não perca, por isso, mais minutos e tente lembrar-se do que faria se estivesse de férias em Paris, Praga ou Barcelona. É replicar o espírito e aproveitar para se divertir. Com este pequeno guia, ajudamo-lo a ir aos clássicos e óbvios, mas também a enfrentar o desconhecido.
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