Carmen Garcia
Fotografia de Bruno Cardoso
Fotografia de Bruno Cardoso

Especial Dia da Mulher: Carmen Garcia, Supermulher

Enfermeira, autora e colunista, o alcance de Carmen Garcia não tem fronteiras. Inspire-se com ela no Dia Internacional da Mulher.

Raquel Dias da Silva
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Nasceu em Évora, no dia mais quente do ano de 1986, e vive na aldeia das Ilhas, na freguesia de Arraiolos. Mas não se deixe enganar: o seu alcance – ainda que, aos mais distraídos, possa passar despercebido – não tem fronteiras. Enfermeira há onze anos, Carmen Garcia está agora na linha da frente do combate à pandemia em diferentes serviços, incluindo na Estrutura de Apoio de Retaguarda de Évora, uma antiga residência universitária adaptada para receber utentes com Covid, vindos, por exemplo, de surtos em lares. “Quando entrei de licença de apoio à família, em Janeiro do ano passado, não se ouvia sequer falar do vírus”, partilha. “[Depois] passei de estar em casa para uma loucura de horas em vários sítios.”

É uma heroína, dirá o caro leitor. É, mas não é só por ser profissional de saúde numa altura extraordinária para o mundo inteiro. Com dois filhos, de dois e quatro anos, Carmen também é mãe, ou A Mãe Imperfeita, como ficou conhecida na internet depois de ter criado o blogue homónimo, onde partilha o lado menos romântico da maternidade. “Os miúdos parecem um saco de batatas”, diz-nos. “O pai também é enfermeiro, passamos a vida a tentar desencontrar os nossos turnos e há sempre duas horas onde eles simplesmente não têm para onde ir. É difícil, porque temos de decidir como os trocamos, às vezes é a meio do caminho.” Ainda assim, há sempre tempo para mimos e para lhes contar histórias: foi à hora da sopa que inventou o Era uma vez… Um Vírus, que agora circula por aí em formato digital, para sossegar todas as crianças com perguntas sobre “isto do corona”.

Nas poucas horas livres, das duas, uma: ou está a repor o sono de beleza ou está a espalhar um pouco mais de magia. Apaixonada pelo debate público de questões que interessam ou vão interessando, Carmen é ávida utilizadora das redes sociais e colunista no jornal Público. “Os convites vão surgindo e eu aceito, se fizer sentido. Em breve, vou começar a colaborar num projecto de outro jornal, [dedicado à comunicação de ciência]”, revela. Mais e melhor só se a logística não fosse tão difícil: “Um dia, quem manda ainda vai perceber que uma creche num hospital não é um capricho, é uma necessidade.”

Quem é a mulher que te inspira? “Há tantas [mulheres]. A Florence Nightingale, que mudou o paradigma da enfermagem. E a [socióloga] Maria Filomena Mónica, pela forma despudorada com que sempre viveu e escreveu, incluindo a forma como agora lida com uma doença oncológica.”

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Quem manda aqui?

  • Saúde e beleza

“Sempre fui a gorducha da família”. Mafalda Sena, de 31 anos, cresceu rodeada de irmãos e primos. Nas fotografias de família, recorda, “era sempre aquela que se destacava por ser mais gordinha”. Com a idade, foi percebendo que o excesso de peso lhe era prejudicial. Interiorizou que tinha de mudar, e assim foi. Mas tudo a seu tempo – e com muita paciência.

Se uma Bimby ajuda muito boa gente lá em casa, não define a vida de um cozinheiro e ai de quem se meta com Ana Leão, Leoa para os amigos, e vá para as suas redes sociais dizer que babkas ou brownies se fazem bem no robot de cozinha. Esta fera da cozinha já é conhecida pelas gentes da área no Porto e está agora de passagem em Lisboa, tendo-se juntado ao colectivo New Kids on the Block, de novos chefs criativos e inconformistas.

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  • Coisas para fazer

“Sushi”, “Bússola” e “Tequila” talvez formem a santíssima trindade que faz de Nenny o fenómeno que é hoje. Com 18 anos apenas, esta cantora e compositora portuguesa de raízes cabo-verdianas e a viver no Luxemburgo tem milhões (sim, são mesmo muitos milhões) de visualizações no YouTube.

  • Arte

No último ano, entrou em nossas casas como uma das principais convidadas do Como é que o Bicho Mexe?, de Bruno Nogueira, e conquistou milhares de pessoas, que ficaram a conhecer melhor a actriz portuguesa. Uma mulher do Norte sem papas na língua, divertida, com espírito de criança mas também de guerreira – “éipica” no geral. Mas Inês não chegou agora.

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  • Compras

A tradição portuguesa parece estar em vias de extinção no seio das famílias, mas não na de Joana Duarte. Foi precisamente no momento em que desenterrou o seu enxoval – feito com a avó, que a ensinou a bordar e a costurar –, que nasceu a Béhen, a marca pela qual dá a cara e que põe a moda a circular, transformando o velho em novo. Uma marca feita por mulheres e para mulheres.

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